Cap. 2 Tentativa de fuga

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Aos poucos minha visão começava a clarear, minhas pálpebras ainda cansadas, abrem aos poucos. Até que meus olhos se abrem por completo, e eu avisto um rosto feminino sobre mim.

Era ela, Luísa, aquela vaca. Eu vou matar ela. Mais antes tenho que sair daqui.

— Olha só quem acordou. Já estava na hora, meu querido.

Ela sorri.

— Posso voltar a dormir de novo, sua bruxa?

— Olha que selvagem, assim eu vou perder a cabeça.

Sinceramente eu poderia perguntar sobre diversas coisas, mas naquele momento só me veio uma pergunta a mente.

— Como o Pedro está?

— A achei que seria algo mais interessante.

A mulher ri.

— Me responda!

Jon reprende.

— Calma, ele vai bem. Pelo menos por enquanto.

Naquele instante, eu só pensava que tinha que sair dali, e dar um jeito de salvar o garoto. Mas como eu faria isso?

E em um lampejo de uma memória. Eu me recordo da fala do velho. "Essa não era a intenção meu jovem, eu só queria te mostrar que você tem o controle! E que esse não é o seu único poder..."

Com certeza essa informação foi muito útil, nem para o velho ser específico!

— No que você está pensando, meu querido? Posso te ajudar com esse sonho.

Ela sorri com malícia.

— Sim, chega mais perto!

Nesse momento Luísa, estava vindo na minha direção, e olho para as minhas mãos. Ambas presas pela corrente, mas tenho que tentar algo. Ou não vamos conseguir sair daqui! Ela para abruptamente!

— Meu querido Jon, queria muito te usar agora. Mas você vai ter que esperar um pouquinho, os deveres me chamam!

Luísa desaparece em questão de segundos.

"Será que ela percebeu meu plano? Eu tinha um plano? Seria muito útil desaparecer assim, nem precisaria de um carro."

Começo a rir com esses devaneios da minha mente...

Vou aproveitar para tentar utilizar algum outro poder. Me concentro para tentar quebrar a corrente, mas nada acontece. Super força não é meu superpoder.

Me imagino em outro comado, mas nada. Permaneço na cama. Teletransporte também não.

"Qual foi, nem para o Pedro ter poderes também. Iria ajudar bastante''.

Me pego reclamando pela tentativa falha.

Observo o quarto para tentar achar algo que eu possa utilizar. Nada de muito útil, só uma janela trancada, uma escrivaninha cheia de poeira, com nada por cima. O quarto estava escuro, exceto por alguns raios de sol, invadindo a janela fechada, que indicava que estava de dia... Sou um idiota, burro essa ânsia de ajudar os outros uma hora vai acabar comigo, mas eu não consigo evitar.

Desde mais novo, eu sempre me importei mais com os outros do que comigo mesmo, queria ajudar sempre quem eu podia, e nem sempre faziam o mesmo por mim. Mas eu não me importava, lembro de uma vez que um coleguinha de classe, não havia trazido o lanche, e ele estava isolado, observando a gente comendo. Vendo aquilo, algo, um senso, não sei explicar, me fez ajudar ele. Ele ficou tão feliz quando eu repartir a minha merenda com ele. Ou quando uma garota não se dava bem com as outras, não sei o motivo até hoje, e eu me propus a ficar junto dela por um ano inteirinho para que ela não ficasse só, depois disso ela se mudou de cidade, entretanto se fosse necessário eu ficaria mais um, dois anos, juntos dela...

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