Cap. 19 - Acampamento

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Já estamos a caminho do acampamento, e como de costume, minha mãe tem todo o planejamento desse fim de semana, de tudo que vamos fazer para aproveitar ao máximo. Uma vez eu e meu pai tentamos planejar para aliviar as coisas, e não deu muito certo, então minha mãe sempre assume essa árdua tarefa, na verdade ela até gosta de ter o controle das coisas.

— E aí Jon, animado para o dia de hoje? Meu pai pergunta em um tom animado!

— Pode apostar que sim, vai ser incrível.

Falo sorrindo.

— Já tenho aqui toda a programação do que vamos fazer hoje.

— É claro que você tem mãe. Todos começamos a rir!

Minha mãe tira uma agenda do bolso, e começa a citar todo o planejamento, dos três dias que vamos ficar na floresta, e ela leva um tempo para dizer tudo.

— A gente vai aproveitar esse momento ao máximo, amo muito vocês, e obrigado por serem os melhores pais que eu poderia ter.

Meus pais se olham e por fim falam.

— Nos também te amamos muito, e estamos orgulhosos de você. Permanecemos em silencio o resto da viagem que pareceu perdura por uma eternidade, e por fim chegamos finalmente!

Sob o manto dourado do sol, a floresta se estende majestosamente, um reino verdejante que parece pulsar com vida. Os raios de luz dançam entre as folhas, criando padrões mágicos no chão coberto por uma almofada de musgo macio. O aroma fresco de pinheiros mistura-se com a doçura das flores silvestres, enchendo o ar com uma fragrância que é um convite à serenidade.

Árvores gigantescas se erguem, suas copas formando uma cúpula verde que parece tocar o céu. Troncos centenários, vestidos em musgo e liquens, contam histórias silenciosas de séculos passados. À medida que o vento balança suas folhas, um murmúrio suave ecoa, como se a floresta estivesse sussurrando segredos ancestrais para quem se dispõe a ouvir.

Caminhos serpenteiam entre as árvores, marcados pelo suave carpete de folhas caídas. Aqui e ali, raízes expostas criam pequenas pontes naturais sobre riachos cristalinos que serpenteiam por entre pedras polidas pelo tempo. Os pássaros, em uma sinfonia melodiosa, tecem um fundo sonoro que é ao mesmo tempo calmante e inspirador. Pequenas clareiras surgem ocasionalmente, cobertas por uma manta de flores silvestres em tons vibrantes. Borboletas dançam entre elas, suas asas um festival de cores em movimento. Esquilos brincam entre as folhas caídas, e esquilos-voadores desenham arabescos no céu azul.

A luz dourada filtrada pelas folhas cria um jogo de sombras e reflexos, adicionando uma qualidade etérea a esse santuário verde. Parece que cada folha, cada raio de sol, é um pequeno milagre, celebrando a beleza intrínseca da natureza.

— Uau, vocês escolheram muito bem dessa vez!

Digo admirado!

— Dê crédito a sua mãe, ela planejou até onde ficaríamos.

Meu pai diz em um tom calmo, com um sorriso enorme olhando a sua esposa, e ela o devolve outro.

— Digamos que eu tive algumas ajudas, o Eduardo, colega do trabalho, veio com sua família, e me disse que aqui é lindo na primavera!

— Agradeça a ele depois mãe, isso aqui é incrível.

Meus pais estão ainda mais animados, e começamos a tirar as coisas do carro, e começar a montar as barracas, meu pai trouxe duas. Ficamos um bom tempo, tentando amontar! E por fim conseguimos... Minha mãe chega com um lanchinho que ela preparava enquanto trabalhávamos. Era um sanduiche, estava uma delícia!

Agente OcultoOnde histórias criam vida. Descubra agora