Cap. 3 - Treinamento

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Finalmente luz do sol... Vou sair daqui antes que me meta em mais problemas. Pedro, ainda está desmaiado. Por outro lado, meus braços doem, ele está ficando mais pesado.

Continuo caminhando pela estrada, não tem mais viaturas, nem bandidos.

— Quanto tempo ficamos presos?

— Jon, onde estamos?

— Estamos longe de Luísa, conseguimos sair dessas vivos. Você está bem Pedro?

— Estou mais o menos. Estou bem cansado, e minha cabeça dói, meu corpo... Pode me dizer o que aconteceu lá?

— Isso é história para outro dia, agora vou te levar para casa...

— E você sabe onde eu moro?

Pedro pergunta.

— Na verdade não.

Ambos começam a rir!

— Claro que você não sabe. Segue essa rua reto, e vire à esquerda. Moro perto da pracinha...

Continuo caminhando, com o Pedro em volto nos meus braços. Não quero soltar ele, temo que ainda corremos perigo.

— Chegamos!

Jon afirma.

Pedro desce do meu colo, e diz:

— Vêm, vou te apresentar para a minha mãe, você é meu herói Jon! Obrigado.

A criança me abraça, e segura minha mão. Me guiando! Enquanto caminho pela pracinha ao lado de Pedro, sou envolvido pela beleza do ambiente ao meu redor. O local é um verdadeiro refúgio da agitação urbana, com diversas árvores exuberantes que cercam a praça e criam um ambiente acolhedor e tranquilo. Os raios de sol que passam pelas folhagens dançam sobre o chão, criando padrões de luz e sombra que mudam a cada passo que damos. Observo os bancos que ficam sob as árvores e imagino a tranquilidade de sentar-se ali, ouvindo os pássaros cantando e sentindo a brisa suave que sopra pela área. As ruas ao redor da praça são de paralelepípedos, formando um mosaico com várias cores e texturas, criando uma cena encantadora e pitoresca. Não havia percebido antes como os padrões e as nuances das pedras formam um desenho tão bonito e harmonioso.

Enquanto caminhamos pela praça, percebo pequenas coisas que não havia notado antes, como as flores vibrantes que crescem nas bordas da praça e o cheiro adocicado das árvores que paira no ar. Sinto-me grato por ter a oportunidade de experimentar essa beleza natural.

— É ali, aquela casa azul! Pedro sorri.

Ele corre em direção e toca a campainha, uma mulher atende, e ele diz.

— Mãe, sou eu. E estou com um amigo que me trouxe de volta.

A porta se abre, e sai uma mulher, não aparenta ser velha, com os cabelos pretos como a noite, ela está usando um vestido vermelho. Assim que ela avista Pedro, ela corre para abrir o portão.

A mulher outrora com um rosto sem expressão, abre um sorriso de ponta a ponta, e abraça o seu filho.

— Que bom que você está bem, eu pensei o pior. Onde você estava? Você está bem? Se machucou? Eu te procurei, mas não o encontrei em lugar algum.

— Não mãe, estou bem, esse é o Jon. Ele cuidou de mim. A mulher olha em minha direção, e diz.

— Oi Jon, sou a Estela. É um prazer te conhecer, e obrigado por cuidar do meu filho.

Ela vem em minha direção e me dá um abraço também, dá para ver a quão grata ela está.

— Ah como estão meus modos, entrem. Vou preparar algo para vocês comerem.

Agente OcultoOnde histórias criam vida. Descubra agora