Cap. 13 - Consequências

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Meu pai e eu já estávamos no carro indo para casa de Júlio. A viagem foi silenciosa, até meu pai parar próximo de um apartamento na zona norte de frente para a praia e dizer.

— Qualquer problema que tiver, me liga imediatamente, não liga para sua mãe, ela vai ficar muito preocupada, e vai me matar, afinal eu a convenci de você vir. Entendeu?

Meu pai me instruí.

— Tudo bem pai, não vai ter problemas, Júlio e eu somos amigos a tanto tempo.

— Mas as pessoas mudam Jon, fica atento, e não vai usar drogas garoto. Sei que já é adulto, e pode tomar suas decisões, mas não quero que use essas coisas, já peguei casos de jovens usuários, que destruíram suas próprias famílias por causa desse vício. Está me entendendo?

— Sim senhor, não vou usar, pode ficar tranquilo. Você criou um filho que influencia os outros, e não um que é influenciado. Vai ficar tudo bem!

— Esse é o meu filho, pode ir agora, é naquele apartamento no último andar. Qualquer coisa, já sabe o que fazer.

— Sei sim pai, até mais. E bom trabalho.

Antes que eu saia ele me puxa para um abraço e comunica.

— Busco você por volta do meio-dia! Até daqui a pouco.

Assinto e abro a porta do carro, vou em direção ao apartamento, abro a porta de vidro e vejo um recepcionista em um balcão, ele sorri para mim e me cumprimenta.

— Bom dia senhor, como posso ajudar jovem?

— Bom dia, poderia comunicar ao último andar que vou ir fazer uma visita?

— Quer ir à casa dos Wilfer?

— Isso mesmo senhor!

— Só um instante.

O senhor pega o telefone de fio e digita alguns números e leva ao ouvido.

— Bom dia senhora Wilfer, estou com um rapaz aqui na portaria e ele disse que quer visitar vocês!

Ele tira o telefone do ouvido e me pergunta.

— Qual seu nome meu rapaz?

— Jon, Jon Ferrat.

Volta a colocar o aparelho na orelha e expressa.

— Ele se chama Jon Ferrat, pode liberar a subida senhora?

O senhor para de falar, esperando uma resposta do outro lado. Esse tempo de silencio pareceu uma eternidade.

— Ela disse que você pode subir!

— Obrigado, meu senhor, tenha um bom dia.

O sorriso dele fica maior e ele mostra por onde devo ir.

Escada ou elevador? Escolhi a escada, é um treino para fortalecer ainda mais meu físico. Afinal escolhas difíceis criam tempos fáceis, escolhas fáceis criam tempos difíceis. Vi isso em algum lugar que não me recordo.

Subir tantos andares pode ser um desafio, especialmente quando as escadas são tão longas e íngremes. Sinto meu coração batendo mais rápido à medida que subo os degraus, mas ainda estou longe de ficar completamente exausto. Finalmente chego ao último andar, o décimo terceiro. Suspiro aliviado, ansioso por uma refrescante água gelada. Sem hesitação, bato na única porta deste andar, esperando que alguém me atenda.

Para minha surpresa, é a mãe de Júlio, a senhora Elena Wilfor, quem abre a porta. Ela está vestida de maneira formal, seus cabelos predominantemente brancos contrastando com seus olhos negros que brilham ao me ver. Com um sorriso gentil, ela me cumprimenta.

Agente OcultoOnde histórias criam vida. Descubra agora