Cap. 8 - Magia dos Ancestrais

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A voz dos três me chamavam, será que dessa vez é real?

Mantenho meus olhos fechados, com medo de abrir...

Eu disse para eles não falarem nada, será que já acabou? Mas se tiver terminado, eles não deveriam falar, eu disse para não falarem.

— Você é bem esperto pirralho.

A voz sombria retorna, e dá uma gargalhada que faz todo o meu corpo gelar.

E desaparece.

Agora ficamos em silencio por mais tempo, e sinto alguém me sacudir. Logo após, minha mão é erguida, e mãos se fecham sobre as minhas. E por fim abro meus olhos, e Augusto me salda com um sorriso. Gustavo estava fazendo o mesmo por Jace, que decide abrir seus olhos. E sorri ao ver o amigo bem.

— Obrigado Jon, teríamos morrido, se você não tivesse dito nada.

Gustavo agradece.

— Obrigado mesmo garoto, você salvou a gente.

Augusto fala com uma expressão sombria.

— Aliás, o que vocês viram? Tive a impressão de alguém gemer.

Jace diz.

— Você deve ter ouvido a voz, seu paspalho.

Gustavo cutuca o amigo com o ombro.

— Nada disso, eu ouvi e não estou ficando doido.

Jace insiste nisso.

— Vamos continuar pessoal? Antes de encontrar ou ser estranho e poderoso.

Falo indicando minha preocupação.

— Viu Gustavo, o gemido era desse garoto, quando falei sobre ele, segundos depois ele desviou o olhar, e agora quer nos apressar para mudarmos de assunto.

Jace diz, apontando para mim.

Não pude evitar que uma risada escapasse dos meus lábios.

— Na idade dele, eu também tinha muito tesão acumulado. Deixa o garoto.

Gustavo sai em minha defesa.

— Pessoal! Acho que tem algo de errado comigo.

Augusto fala, e despenca no chão.

"Algum de vocês, está unha e carne com a morte". Não pode ser verdade, não ele.

Nos aproximamos rapidamente, e rasgo a camisa na área da ferida, e como na outra noite, estava tomado por escamas... Jace e Gustavo arregalam os olhos preocupados com que estão vendo.

— O que está acontecendo pessoal?

Ele pergunta com dificuldade.

— Você só está cansado Augusto, fica tranquilo, que tudo vai ficar bem.

Gustavo fala, tentando soar confiante. Mas Augusto percebe sua voz falhando e indaga.

— Não mintam para mim, sei que esse papo de "tudo vai ficar bem", é só para me enrolar. É o machucado né?

Ele olha em minha direção, e eu assinto com receio do pior acontecer.

— Foi bom ter esse momento com vocês, principalmente com você garoto, não esqueça das regras, lembra delas?

Assinto em concordância.

— Recite elas para mim.

— Regra número um, nunca ataque um inimigo sem ter um plano. Regra número dois, jamais, em hipótese alguma, tire os olhos do seu oponente, ou pode ser um erro fatal. Regra número três, esteja pronto para tudo, as pessoas ou criaturas que você irá enfrentar aqui, tem poderes e podem te pegar desprevenido se você não estiver atento a todas as possibilidades. Regra número 4, acredite na sua intuição, isso vai te salvar.

Agente OcultoOnde histórias criam vida. Descubra agora