Cap. 6 - Problemas inesperados

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Algumas horas se passaram, já estava exausto, minhas roupas ensopadas de suor, e só faltava dar mais uma volta, e finalmente poderia descansar. A lua já estava subindo, conseguia enxergar a lareira que os outros haviam acendido. Daria tudo por uma cama quente, e um banho.

Já estava voltando para a lareira, quando um rosnar de dentes chamou minha atenção, e parei para olhar, vi olhos vermelhos escarlate, a silhueta era de um enorme lobo com pelos escuros, que começou avançar em minha direção lentamente, nesse momento havia esquecido completamente da minha magia, meu corpo começou a tremer, meu coração acelerou, e eu só pensava em correr, e foi o que eu fiz. Já exausto do treinamento, não sei como encontrei forças, mas disparei em direção a fogueira.

E o lobo percebeu meu medo, pois começou a correr me perseguindo, não sei por quanto tempo corri, mas pareceu uma eternidade, sentia que a criatura estava próxima de mim, e eu gritei, gritei na esperança deles me escutarem... E a ajuda não tardou, Augusto surgiu ao meu lado me parando, e disparou um grito estridente que acertou o enorme lobo, fazendo com que ele voasse para trás como uma folha ao vento. Logo após os rapazes se juntam a nós, eu não conseguia falar, minha respiração, estava irregular, eu estava com medo... Algo nos olhos do lobo, fez com que meu instinto de sobrevivência me levasse a fugir o mais rápido possível. Minha visão estava turva, mas vi os braços de Augusto segurando meus ombros firmemente, e ele começou a dizer.

— Quero que respire fundo garoto, vamos lá, respire, ele já está morto, respira garoto, respire e solta.

Ele repetiu isso algumas vezes, e eu me acalmei. Logo após Augusto deu umas batidinhas nas minhas costas e disse.

— Garoto, achei que era o Jace correndo, você estava bem rápido.

— Eu fiquei com muito medo, nem com aquelas criaturas sombrias temi tanto, mas algo me disse para correr dele, e eu o fiz.

Ele sorri e fala.

— Regra número 4, acredite na sua intuição, isso vai te salvar.

— Você está inventando essas regras?

Pergunto com um sorriso de canto.

— Jamais faria isso, são todas reais, me mantiveram vivo em minhas missões, não esqueça delas garoto.

— Augusto vem ver isso!

Gustavo o chama.

Ele e Jace, estavam próximos ao lobo. E Augusto vai em direção deles, e gesticula para que eu me junte a eles também, com um pouco de receio me aproximo com cuidado, olhando aquele enorme lobo se contorcendo.

Ele parecia estar em agonia, se debatia contra o chão e uivava, olhei para os seus olhos, que tinham se tornado pretos opacos, o que não fazia sentido algum já que eles eram vermelhos. E de repente Augusto quebra o silencio.

— Gustavo, vamos acabar com o sofrimento dele.

Gustavo o olha e assente, segundo depois o entrega sua espada. Augusto a segura firmemente, e acerta o enorme lobo no peito, que arfa uma última vez, e para de se debater.

Voltamos para a lareira por fim, e eles falam sobre o que acabará de acontecer, e combinam de ficar de vigia a noite, enquanto os outros dormiam. E obvio, não fui escalado para vigiar, e sim para dormir, Augusto me passa um pedaço de pão, que como, e me direciono para dentro de uma tenda grande azul com alguns cobertores e quatro colchonetes, bom era o que parecia ser. Escolho um da ponta e me deito, começo a pegar no sono.

Enquanto minha mente repassa tudo o que vem acontecendo, e eu finalmente durmo.

***

Fui acordado por Gustavo.

Agente OcultoOnde histórias criam vida. Descubra agora