𝐀 𝐀𝐥𝐯𝐨𝐫𝐚𝐝𝐚

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Mais um dia começava em Porto Real, com o pequeno conselho se reunindo pela primeira vez depois da volta de Driftmark.

Daena estava saindo da reunião, quando sua filha Vaera a parou no meio do corredor, com um semblante nada contente.

- Aenys e Rhaegel me disseram que a senhora deu uma espada para eles. - Disse a Targaryen mais nova. - Por que você também não me deu uma? - Questionou, e Daena pode entender o motivo da raiva da filha. A mais velha apenas sorriu, e se abaixou na frente da filha.

- Quer saber por quê não lhe dei uma espada? - Vaera acenou, esperando a resposta da mãe. - Quando a hora chegar, você portará a minha espada. - Daena se levantou, tirando a espada da capa, e erguendo ela para a filha, segurando com as duas mãos. - A Amor Negro será sua depois de mim. - A mulher ergueu mais a espada, para que a filha pegasse. A mais nova pegou, do mesmo jeito que a mãe, analisando a espada. Vaera sentiu o peso da espada, oscilando um pouco.

- Por que ela será passada para mim? E não para Aenys? - A menina perguntou, sem tirar os olhos da espada de aço valiriano.

- Porque você é minha primogênita. - A platinada levou a mãos aos cabelos da filha, enrolando eles em seu dedo indicador. - É a minha herança para você. - Vaera ergueu o olhar para a mãe, sorrindo para ela. - Foi um presente de meu pai para mim. Ele mandou forja-la quando eu era criança. - Daena tinha um sorriso nostálgico ao se lembrar do pai.

- O vô parecia ser incrível. - Disse a menina, entregando a espada de volta para a mãe.

- Ele era. - Embainhou sua espada de volta. - Baelon, o Bravo. - A mais velha segurou o ombro da filha, e começaram a andar. - Meu pai morreu quando eu era apenas uma criança. Mas ele deixou boas lembranças para mim e para meus irmãos.

Vaera sempre se mostrou muito interessada pelas histórias de seu avô. De sua bravura e valentia. Quando ela ouvia sobre ele, ela percebia o quanto sua mãe era parecida com o pai.

- Olhe, Vaera. - Daena parou, segurando os ombros da filha, com uma não em cada lado, fazendo a filha olha-la. - Se você quer seguir o mesmo caminho que eu, saiba que não vai ser nada fácil. Os homens se sentem desafiados quando vêem uma mulher com poder. - Revelou para a filha. - Sabe o que eu tive que passar para ter o reconhecimento que eu tenho hoje? - A garota olhava atenta para a mãe. - Eu tive entrar em um território cheio de inimigos, tendo que lutar sozinha com eles enquanto os homens não chegavam.

- A guerra de Stepstones. - Falou o Targaryen mais nova. - Eu ouvi sobre a batalha que você e o tio Daemon venceram. - Daena acenou com a cabeça para a filha. - Você tomou uma flechado no peito.

- E na barriga, e na perna também. - Adicionou, rindo junto com a filha. - O que estou querendo dizer é que você tem que se esforçar o dobro do que os homens para ter os mesmos direitos e reconhecimento.

- Eu irei me esforçar, mãe. - A mais nova disse, com um sorriso confiante. - Farei eles terem que olhar para cima quando falarem comigo.









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A noite havia caído, e Daena fazia o mesmo caminho que fazia todas as noites. Ia para os aposentos da rainha.

Mas essa noite seria diferente. A Targaryen planejava algo a mais para aquele noite.

Assim que chegou, passou por Criston, sem olhar para o homen e entrou. A rainha estava sozinha. Quando percebeu a presença da mais velha, correu em sua direção, a abraçando.

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