S I N N E R S - Alicent Hightower

𝐀 𝐌𝐚̃𝐨 𝐝𝐚 𝐑𝐚𝐢𝐧𝐡𝐚

Daena andava em passos firmes pelo castelo. Rhaenyra havia a convocado para uma reunião.
Quando Daena entrou na sala, viu que apenas a rainha e o rei consorte estavam ali. Os dois virados para a lareira enquanto sussurravam entre si.

- Me chamou, Majestade? - Daena se pronunciou, chamando a atenção dos dois.

- Sim. - Respondeu Rhaenyra, e suspirou. - Vários fatores me fizeram questionar se posso confiar plenamente em você, tia. - A Targaryen disse, se aproximando da mais velha. - Eu posso confiar?

- Claro que pode, Nyra. - Daena respondeu, um pouco surpresa com a duvida da mais nova. - Por que não poderia?

- Alicent. - Rhaenyra iria falar, mas Daemon falou por cima. - Seu amor abundante por Alicent é o que nos faz questionar. - Complementou o platinado, parando ao lado da esposa. - Isso não irá a prejudicar na decisão? - Daemon ergueu uma sobrancelha.

A sala ficou em silêncio por um tempo, deixando o questionamento pairar sobre eles. Daena suspirou, alternando o olhar entre os dois.

- O dever é a morte do amor. Assim como o amor é a morte do dever. - Começou Daena. - E eu escolho o dever em benefício do Reino. Eu escolho o certo, e certo é que você, sobrinha, é quem deveria estar sentada no Trono de Ferro. - A Targaryen se aproximou mais dos dois. - "Tão Alto Como a Honra". - Pronunciou. - O lema da Casa Arryn. A Casa de sua querida mãe.

Rhaenyra sorriu fraco para a tia, e a envolveu em um abraço. Daena apertou a mais nova em seus braços, se permitindo inalar seu cheiro.

- Eu disse que você era minha sobrinha favorita, independente se tivessem outros. - Daena sussurrou no ouvido da Targaryen, que riu abafado.

- Obrigada, tia. - Rhaenyra se separou dela. - Por ficar ao meu lado.

- Sempre. - Daena sorriu para a mais nova.

Quando o silêncio pairou por um tempo, Daena se afastou um pouco mais, tirando sua espada da bainha, equilibrando ela sobre suas duas mãos e se ajoelhou diante de Rhaenyra.

- Eu, Daena Targaryen, juro minha espada e lealdade à legitima rainha dos Sete Reinos e herdeira do Trono de Ferro, Rhaenyra Targaryen. - Daena permanecia com a cabeça baixa. - Em honra de seu nome, juro proteger os fracos e os inocentes, proteger as mulheres e os filhos, lutar justa e honrosamente e obedecer aos seus comandos. - A platinada ergueu seu olhar. - Eu juro pelos velhos deuses e pelos novos.

O coração de Rhaenyra se aquecia, e ela sorriu levemente para a tia.

- Levante-se. - Ordenou a rainha, com um sorriso labial no rosto, e Daena prontamente atendeu. - Eu tenho um pedido para você, tia.

- Eu atenderei ao seu pedido imediatamente. - Daena disse firme.

- Eu quero que você seja a Mão da rainha. - Revelou, deixando Daena surpresa com a proposta da mais nova.

- Eu não sei se sou a pessoa mais qualificada, Majestade. - Daena tentou protestar.

- Você é a pessoa mais honrosa para tal posição. - Rhaenyra se aproximou da tia, e agarrou suas mãos. - Por favor, aceite.

Daena sentiu o peso sobre seus ombros. Rhaenyra a oferecia uma das posições mais honrosas da Corte, Daena nunca pensou que pudesse a ocupar. Não se preparou para isso.

- Eu aceito. - Disse firme. - Serei sua Mão.

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Todos estavam reunidos novamente na grande sala de reuniões, discutindo novas estratégias de guerra.

- Não é uma tarefa fácil para homens se tornarem montadores de dragões. - Exclamou Daemon. - Mas dragões podem matar dragões.