1° Episódio.

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Serpente narrando.

Bom, desde pequena as coisas sempre foram meio puxadas pra mim. Eu não tenho mãe, e tenho um pai filha da puta que sempre tenta ver o meu mal. Então, eu não sei muito bem como é um amor paterno, muito menos materno. Mas, eu nunca liguei muito não. Desde então, eu me viro sempre sozinha, sem precisar de absolutamente ninguém me enchendo o saco. Eu acho até bom, sabe? Minha companhia já é o suficiente. É sim, eu sou bastante egoísta, deu pra notar, né?

DG: você tá acabada de ontem, né? - ele ri, dando um sarcasmo. - nem parece que dormiu direito.

Serpente: desde quando você se importa? - eu mostro levemente meu dedo do meio.

DG: enfim, vim aqui dizer que tem gente nova chegando no morro. - ele relaxa na espreguiçadeira bem a minha frente.

Serpente: porque não me comunicou antes? Sabe quem são? De onde eles vieram? - eu o olho seriamente. - tá achando que é fácil entrar aqui?

DG: relaxa, tá legal? - ele cruza os braços. - os cara vão trazer eles aqui. Ou então, se você quiser a gente leva eles pra boca.

Serpente: vai chamar, anda logo seu filha da puta. - dou um tapa em sua nuca. - não te coloquei no crime pra ficar sentado.

DG: tá, tá, já tô indo. - ele se levanta rapidamente e sai em direção a porta.

Depois que aquele retardado saiu, fiz minhas higienes é fui direto pra boca. Porque né, além de ser gata preciso ser cheirosa. Quando cheguei na boca, já vi um monte de rosto. Só estresse é atraso.

Serpente: então são vocês que querem morar no morro? - digo indo até minha mesa.

LC: somos nós, sim. - ele dá um sorriso gentil. - como fazemos pra isso acontecer?

Serpente: po mano, é bem simples tlgd? E só vocês colaborar é dizer se vão morar de aluguel ou comprar a casa né. - abro um sorriso ladino.

LC: a gente vai querer comprar mesmo. - ele ri.

Serpente: tlgd, pois senta aí que a gente vai ser grandes amigos. - digo me sentando na cadeira a frente dele.

Depois de tantas contas, a gente conseguiu fazer um acordo. Deu tudo certo pra ele, e pra mim. Até porque eu não fico no prejuízo né, ele fez sua parte e eu a minha. Ele foi pra casa, e eu fiz meu serviço na boca.

DG: aí serpente, aquele comédia lá já te pagou? - ele pergunta com curiosidade.

Serpente: que filha da mãe, bem lembrado. Bora lá fazer uma visitinha na casa dele. - pego uma glock, e coloco comportadinha nas costas.

Minutos depois..

DG: eai Carlinhos, sentiu nossa falta? - ele fala ironicamente. - licencinha aqui, dona.

Serpente: olá meu chará. Tranquilo? - falo entrando na casa dele. - que fedor ein, puta merda!

Carlinhos: serpente, eu sei que você veio sobre o dinheiro, eu te prometo que pago próximo mês. - ele fala com medo e trêmulo.

Serpente: você é muito filha da puta, né? Você compra minhas drogas e não quer pagar? - eu me viro pra ele. - sinceramente, eu te acho muito corajoso.

DG: tá pedindo pra morrer, em Carlinhos? - ele passa a mão na cabeça desacreditado.

Serpente: você disse que pagaria mês que vem, tá querendo me fazer de idiota? Em? Você tá atrasando a mercadoria. - levo minha mão até seus cabelos e puxo.

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