10° Episódio.

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Serpente narrando.

Acordei pensativa e fui fazer minhas higienes. Eu está prestes a acusar alguém inocente, e outras que não tem nada a ver com isso. Se aquele desgraçado estiver mentindo pra mim, não quero nem saber o que eu vou fazer com ele.

Assim que saí de casa, fui direto pra boca. Encontrei aquele comédia lá, o DG e o GL. E como eu não gosto enrolação, mandei o papo.

Serpente: quem de vocês tá me traindo? - olho para DG e GL.

DG: VAI TOMAR NO CU, PORRA. - ele grita. - tá desconfiando logo de mim? Logo de mim po. Eu sou teu melhor amigo caralho, porque eu faria uma merda dessas? Se não sabe quem é, porque tá me acusando injustamente. Em?

GL: que péssima amiga você, é.. - ele olha pra mim.

Serpente: eu não acusei você, eu só perguntei DG, relaxa po. A gente é amigo, não é? - eu me aproximo dele.

DG: e a mesma coisa. Caralho irmão, eu te considero como alguém da minha família e tu faz isso cara. - vejo suas lágrimas descerem aos poucos. - namoral Serpente, depois dessa, não sei nem se vou querer mais tua amizade. Falou. - ele diz tentando controlar as lágrimas e saindo da boca.

Fico sem chão. Logo vem a tona o sentimento de culpa, e de angústia. Porque caralhos fui acusar eles? Porque eu não pensei nas consequências? Agora eu perdi um irmão de outra mãe. Sentir isso é horrível.

Depois do que aconteceu parceiro, nem tive mais vontade de trabalhar. Mais continuei, porque sei que vamos voltar a sermos amigos.

Assim que mando o sinal pra GL, ele sai e fica de vigia na porta. O ganso disse que lembrou de alguma coisa, então eu interroguei ele, pra acabar logo com isso.

Ganso: eu reconheço esse cara.. - ele me olha desesperado. - o GL.

Serpente: é ele que está me traindo? Que desgraçado, filho da puta! - vou andando até a porta e sinto alguém me puxar pelos punhos.

Ganso: ele que tá organizando o plano, ele sabe de tudo. Por isso, ele não deixa rastros do que ele tá fazendo. Serpente, cuidado. - ele fala trêmulo é receoso.

Serpente: fica tranquilo. - falo enquanto seguro meu radinho.

Menciono no radinho.
Serpente: eu quero o ganso, e o GL nas ideia. Tão me entendendo chará? Não quero demora. Hoje a gente vai matar um filha da puta que foi X9.
- câmbio desligo.

Sai de dentro da boca e avistei GL, o mesmo parecia cínico. A cara nem tremia. Falei que iríamos na ideia matar alguém especial, e quando chegamos pedi pra ele me entregar a arma e deitar no chão.

Serpente: então família, hoje aqui, temos o GL e o ganso. O ganso agora trabalha pra mim, certo. - GL me olha sem entender o que tá acontecendo ali.

Xxx: agora tu faz parte da família truta. Fica esperto, e não marola na favela chará. - ele diz se referindo ao ganso enquanto eu entrego a arma do GL pro mesmo.

Serpente: acho que cada um de vocês conhece o nosso lema. Não é? - digo andando em círculo em volta de GL. - mas, parece, que alguém que está no centro desse círculo não conhece muito bem. Será que você poderia me relembrar GL?

GL: paz e tranquilidade.. a favela é um lugar de paz e harmonia.. - eu a interrompo.

Serpente: você é mesmo muito burro, como que sempre esteve conosco e não sabe o básico do nosso tráfico? Faça-me um favor né, GL. - eu paro na sua frente. - hoje eu trago aqui um X9, que eu ainda chamava de amigo, vocês acreditam?

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