4° Episódio.

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Serpente narrando.

Sinceramente ontem foi o melhor dia da minha vida, parceiro. Geralmente os filhos fica triste com a morte de algum familiar, mais eu? Parece que ganhei na loteria.

Aquele desgraçado quase fez minha mãe me perder, pra quem não sabe, eu também tenho uma irmã. Mas, essa aí morreu no ventre da minha mãe. E sabe como é né, nunca conheci não. Só sei que meu irmão agora, e o DG. Meu parceiro de todas as horas, tlgd?

Acordei naquele pique, felizona. Qualquer coisa que eu fazia eu tava sorrindo, né segredo. Hoje eu vou ir no morro do falecido Daniel, no caso, meu pai. Mais já que eu não considero é melhor só chamar de Daniel mesmo.

Nem demorei muito, só meti o pé com o DG e o GL e outros 2 cara do movimento. 10 cara tava cuidando da boca enquanto eu não estava. Então tava tranquilo né.

Cheguei no morro, e fui na boca. Passei a visão pra todo mundo, e todo mundo aparentava estar feliz tlgd? Parece que o DN fazia o inferno nesse morro. Agora é só paz e tranquilidade.

Serpente: a partir de hoje, eu que comando essa porra aqui. - falo empolgada. - e qualquer engracadinho que estiver de marola na favela, vai virar saudade.

Mandei o papo, ninguém falou nada e nem quiseram meter o dedo. Acho bom e assim, pra não ter que virar saudade, tlgd né?

Tava cheia de fome parceiro, fui num cafezinho que tinha fora do morro, os cara ficou vigiando, caso a polícia aparecesse. Então só entrou eu e o DG.

Lugar cheiroso, organizado é bonito. Acho que até mais bonito que minha casa, mais vocês acha que eu ligo? Procurei uma mesa pra gente sentar, e quando levantei a cabeça vi alguém que não esperava.

Jasmine.

Tava toda focada lá estudando, nem notou minha presença. Ela tava cansadona pela a cara, a invasão ontem não deixou ninguém dormir. Ela tava bonitona, com um computador e escrevendo lá as coisa. Fiquei olhando ela, bateu mó brisa. Até ouvir uma voz masculina me perturbar.

DG: tá olhando demais ein. - ele fala rindo. - limpa a boca, tá babando aí.

Serpente: ah, vai tomar no seu cu. - falo ainda olhando ela. - não tenho culpa se ela é bonita.

DG: serpente apaixonada?? - ele pergunta curioso.

Serpente: eu? Bem longe de mim. - volto minha atenção pro cardápio. - a gente vai pedir o que mesmo?

DG: já tá mudando de assunto? Aiai, você viu. - ele aponta pro croissant e um suco do cardápio.

Chamei o garçom e fizemos o pedido desejado. Minutos depois, saímos do café. E por incrível que pareça, ela saiu junto com a gente. Ela parecia procurar alguém do lado de fora. E como eu sou curiosa, eu fui perguntar.

Serpente: tá esperando quem? - pergunto ao me aproximar dela.

Jasmine: ninguém que te interrese. - ela continua procurando pela a pista.

Serpente: se não me interessasse, eu não estaria perguntando, não é? - paro ao lado dela.

Jasmine: olha só, tem como você me deixar em paz? - ela se vira pra mim.

Serpente: poxa, pior que não vai ter como. - abro um sorriso.

Jasmine: aí, você tem que ser tão chata em? - ela bate em meu boné.

Serpente: iiih, você tá muito soltinha em, garota. - aponto meu dedo pro rosto dela.

Jasmine: tanto faz. - ela revira os olhos impaciente. - eu tô esperando meu pai. Tá legal?

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