2° Episódio.

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Jasmine narrando.

Dia seguinte..

Acordei e fiz minhas higienes, logo me arrumei pra tirar uma bela de uma satisfação com a dona desse "mundo" aqui. Mas, pelo menos nesse "mundo" eu fiz uma amiga bem legal. Só espero que ela não me decepcione, como algumas amizades fizeram da última vez.

Jasmine: então lelet, você sabe mesmo onde é essa tal boca? - pergunto enquanto subimos o morro.

Letícia: caralho ein, você nunca morou mesmo numa favela. - ela ri desacreditada. - relaxa que eu sei onde fica sim.

Jasmine: poise.. e tudo muito novo pra mim. - abro um sorriso gentil.

Letícia: porque que você se mudou, mesmo? - ela pergunta curiosa.

Jasmine: por problemas com os vizinhos, e os familiares. Sabe como é, né? - eu a olho. - preciso estudar pra faculdade e lá tinha muito barulho.

Letícia: porra ein gata, se lá era ruim pode ter certeza que aqui é mil vezes pior. - ela ajeita os cabelos.

Logo chegamos no meu destino, a tal "boca". E só um lugar lugarzinho pequeno, que cabe mais ou menos 4 pessoas. E do tamanho de um escritório, só que bem simples e nada de luxúria.

Eu adentrei a sala, e logo vi a tal serpente. Ao lado esquerdo dela tinha vários tipos de armas, que me deram um pouco de medo confesso. Ela estava sentada e a frente dela tinha uma mesa, cheia de envelopes e papeis. Sem contar, ao lado direito tinham pessoas mexendo com pó. Mas, pelo menos o lugar era limpo e bem organizado.

Seus olhos se encontram aos meus, que rapidamente sinto uma enorme vergonha. Ela é bonita, tinha várias tatuagens, vários piercings. Ela é realmente muito bonita, mas parecia estar exausta da noite anterior. Talvez ela estava na festa de ontem.

Um silêncio constrangedor logo se instala na sala, mas, não por muito tempo. Ela logo quebra esse silêncio indo direto ao ponto.

Serpente: parece que você gostou daqui, né? - ela me olha com um sorriso ladino.

Jasmine: ah.. nada disso! Eu vim fazer uma reclamação. - imediatamente cruzo os braços.

Serpente: pode ir falando, não tô com tempo. - ela fala apressada.

Jasmine: então, eu queria dizer que me sinto incomodada com o som de ontem. Eu preciso estudar pra passar na faculdade e aquele som estava me atrapalhando muito. Porque além de músicas iguais aquelas, era extremamente alto. - falo sem ao menos tirar os olhos dela.

Após eu terminar minha reclamação, ela se levanta e vem a minha frente. Paraliso ao vê-la pegar uma arma, que é o dobro do tamanho do meu braço. Sem ao menos perceber, ela fica em minha frente. Esse encarado dela é assustador.

Jasmine: então? - pergunto trêmula.

Serpente: você acaba de chegar no meu morro, e quer fazer reclamação? - ela me olha fixamente. - já tá soltinha a esse ponto?

Jasmine: pra sua informação, eu preciso de um futuro e eu não tenho culpa se você preferiu seguir esse daí pra sua vida. - me refiro a vida do crime.

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