21° Episódio.

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Serpente narrando.
(Alguns dias depois..)

Já faz quase uma semana que eu não vejo Jasmine, e nem se quer tenho notícias dela. Não sei se está bem, ou se alimentando direito. Já me perguntei várias vezes se aquilo foi o certo a se fazer.

Agora eu estou na boca, mais minha cabeça está pensando em Jasmine. Logo meus pensamentos tão interrompidos por Jacaré.

Jacaré: no que essa menina tanto pensa? - ele relaxa na cadeira enquanto me olha confuso.

Serpente: eu tô ouvindo irmão, já terminou de mandar o papo. - minto.

Pra quem não sabe, Jacaré era meu alinhado de outro morro. Fizemos uma reunião pra saber o que tinha acontecido, e no final, era só um empréstimo de armas e dinheiro.

Jacaré: então o que eu falei? Em? - ele se inclina na cadeira.

Serpente: que você tá precisando de um empréstimo, e pá. - digo a única coisa que escutei. - vou te ajudar.

Jacaré: Jae, vou ficar na espera. - ele levanta e logo sai.

Eu suspiro impaciente com minha dor de cabeça, então levantei, e fui buscar um remédio. Até vir uma informação importante até mim.

DG: aí, tá rolando briga lá na padaria. - ele diz pegando uma de suas armas.

Peguei o pente maior que tinha. Desci o morro, e avistei Jasmine brigando com Stephenie. Eu adentrei a padaria, e sinto Stephenie pulando encima de mim.

Serpente: sai fora, porra. - eu empurro Stephenie. - eu quero saber o motivo dessa briguinha de vocês.

Stephenie: ela que começou a gritar comigo. - ela coloca culpa em Jasmine.

Serpente: manda o papo, Jas. - olho a mesma e ela se vira me evitando. - bora logo caralho.

Stephenie: tá vendo? Essa vagabunda, não fala das coisas que falou pra mim, e você vai, e me trata assim. - ela se refere ao jeito que empurrei ela.

Jasmine: repete o que você falou de mim. - ela se aproxima de Stephenie, colocando medo na mesma.

Stephenie: falei que você é uma vagabunda, vai me bater agora? Princesinha da mamãe. - rapidamente vejo Jasmine jogar Stephenie no chão e bater nela.

Eu e DG tentamos separar as duas, porém, não adiantava muito. Eu segurei Jasmine que estava agarrando cabelo Stephenie, e dando murros no rosto da mesma.

Serpente: para porra! - digo conseguindo segurar Jasmine.

Jasmine: me solta. - ela me fuzila com os olhos e percebi suas olheiras. - afinal, o que faz aqui?

Serpente: eu vim ver o que tá acontecendo. - eu solto ela devagar.

O que eu não deveria ter feito. Jasmine agarrou seus cabelos novamente, e espancou Stephenie. A mesma cospia sangue, e perdia as forças enquanto estava sendo agredida.

Serpente: eu mandei parar, Jasmine. - puxo ela pra fora da padaria. - porque você é assim?

Jasmine: eu não ia deixar ela falar que deu pra você todos esses dias. E que eu não faço nem um pingo de falta na sua vida, e você defende ela? Eu não deveria mesmo ter me envolvido com você. Você é perca de tempo, some da minha vida, e me deixe em paz. - ela me empurra e sai andando. - EM PAZ.

sinto uma dor horrível em meu coração. Parecia estar sendo esmagado diversas vezes. Percebo meus olhos lacrimejando, e na marra, engulo o choro.

Após ouvir detalhadamente suas palavras, fui ajudar Stephenie. Levei ela pra casa, e disse que não era pra me procurar mais. Eu já estava decidida, de uma coisa que eu prometi a mim mesma, que nunca mais faria.

20h17..

Depois daquela briga inteira, eu me arrumei e fui pro baile. Não conseguia tirar Jasmine da cabeça, então, pensei que o álcool iria fazer efeito.

Cheguei no baile, fui pro meu lugar de sempre. Com os crias. Rimos, e brincamos. Já eu? Ah, eu tava imaginando o quanto ela gostaria de estar conosco naquele momento.

Observando o movimento da festa, bati o olho em Jasmine. Ela estava linda. Fechei o sorriso ao ver LK segurando sua mão. Me bateu um ódio, mas, segurei minha onda.

Fiquei vendo de longe, se ele passasse dos limites, ele morria ainda hoje. Apertei os punhos ao ver ele tocando no que era meu, sem a minha permissão é a permissão dela. Quando estavam quase colocando os lábios, eu fui e chamei ele.

Serpente: opa! - entro no meio dos dois e fico de cara com LK. - bora ali, preciso falar um papo sério contigo.

LK: po, tem que ser agora? - ele fala desinteressado.

Serpente: anda logo, se não eu te mato aqui mesmo. - mando o papo reto e ele sai andando.

Jasmine: volte logo, não quero ficar aqui sozinha! - ela fala em voz alta.

Serpente: vai voltar é o caralho, parceiro. - miro minha arma pra cabeça dele.

Ele logo se adiantou. Chegando nas ideia, foi só eu e ele. Filha da puta, foi avisado e ficou marolando. Agora, ele está prestes a conhecer Jesus mais cedo.

LK: fala tu. - ele cruza os braços.

Serpente: o bagulho e o seguinte. - fuzilou ele de bala. - VAI BEIJAR MULHER DOS OUTROS NA CASA DO CARALHO, PORRA!

Ele logo desmaia, e eu volto pro baile. Me sinto mais leve, sinto que minha raiva eu descontei. Vi Jasmine sozinha bebendo no bar, então, me aproximei dela.

Jasmine: cadê o LK? - ela pergunta confusa.

Serpente: tá no céu. - abro um sorriso.

Jasmine: VOCÊ.. - vejo seus olhos encherem de lágrimas.

Serpente: sim, eu matei ele. - me orgulho de dizer ao pedir uma bebida.

Jasmine: porque matou ele? - ela não parece se importar muito.

Serpente: senti vontade. - digo ao engolir o álcool. - você não parece muito chateada.

Jasmine: eu deveria agradecer. Ele só me enchia o saco e me passava a mão na faculdade, e insistia no que não iria funcionar. - ela diz brincando com sua pulseirinha.

Serpente: porque nunca me disse? - eu falo preocupada.

Jasmine: não precisa fingir se importar comigo. - ela me olha. - afinal, nem sei o porquê eu estou falando com você.

Serpente: sentiu saudade de conversar comigo? - me gabo com um sorrisinho.

Jasmine: me erra, Serpente. - ela levanta do banquinho e sai andando.

Eu fico aliviada em ouvir sua voz novamente. Parecia anos que eu não ouvia aquela melodia, era como um piano soando em meus ouvidos.

Depois de alguns minutos, vi Jasmine bêbada, dançando encima de uma mesa. Lembrei da cena no bar, e das outras metas que havia lhe dito.

Sem êxito, puxei a mesma pelo punho, e apoiei em minhas costas. Do jeito que ela estava, não conseguiria andar até em casa.

Minha expressão era de dor ao sentir ela me bater. Os únicos tapas que realmente doíam, eram os seus. Assim que cheguei em casa, senti ela pular do meu colo e ir correndo pro banheiro vomitar.

Eu preparei um chá quente pra ela, e logo depois, fui dar um banho na mesma. Coloquei roupas confortáveis, e deixei ela deitada na cama.

Quando voltei, vi que já tinha dormido. Deixei o chá no cria mudo, e dei um beijinho em sua testa. Voltei pra sala, e acabei dormindo no sofá.

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