3° Episódio.

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DG narrando.

Tô atolado de trabalho, e com a serpente não é de outra forma. Acordei e fui fazer minhas higienes, logo desci pra boca. Quero ficar livre pelo menos no domingo, já a serpente não sei se vai ser bem assim. Adentrei a boca e não vi serpente lá, achei estranho. Mas, comecei a fazer meu trabalho.

Percebi que serpente tava demorando a aparecer, e ela não é desse tipo de se atrasar. Logo escuto um arrombo na porta, já peguei a glock e mirei.

Suei frio ao ver DN, pai da serpente. Ele é dono de outros morros e quer pegar o da serpente, esse cara só trás problema pra minha amiga. Filho da puta, só vai parar quando ela matar ele.

Esse cara me conhece direitinho, sabe quem eu sou, minha família e sabe muito bem o que eu sou da serpente.

DN: calma aí, DG.. eu vim na paz. - ele entra rindo e tirando sarro de mim.

DG: tá maluco, porra? Veio fazer o que aqui? - respondo trêmulo é com o olhar fixo nele.

DN: eu vim falar com a minha filha, não posso? Eu tenho muito o que falar com ela. - ele fecha a cara.

Menciono no radinho:
DG: serpente, me ouvindo? Teu pai no morro caralho, ele quer falar contigo. Aparece logo aqui, se não vai dar ruim porra.
  - câmbio desligo.

DN: abaixa a arma. Sem demora, seu filho da puta. - ele aponta uma pra mim.

Rapidamente eu abaixo a arma, fico impaciente com a demora da serpente. Esse cara veio roubar ou fazer alguma coisa com ela.

Radinho toca:
Serpente: aguenta DG, eu descendo o morro. Fica tranquilo, não vai acontecer nada. Relaxa e se acalma porra.
  - câmbio desligo.

Assim que serpente apareceu, ela mandou todo mundo ralar e ficar de vigia na porta. Eu suava frio com medo de acontecer alguma coisa. O pai dela tá aprontando algo, e não é nada bom.

Serpente: passa a visão. - fala enquanto se apoia sobre a mesa.

DN: filhinha, que saudade de você. Sentiu de mim? - se faz de coitadinho enquanto passa a mão em seus cabelos.

Serpente: por acaso se esqueceu que tentou tomar meu morro? Em? - ela fala enquanto segura a mão dele fortemente. - você não acha que está muito grandinho pra tá fazendo essa palhaçada?

DN: esse morro nunca foi seu serpente. Por isso sua mãe morreu, uma filha que nem você, lésbica ainda, nunca deveria ter vindo pro mundo. - ele puxa seu braço de volta.

Serpente: seu desgraçado, como ousa? - ela grita sem dó de sua garganta. - nunca fale da minha mãe, ela faleceu por sua culpa! Esqueceu que você batia nela enquanto tava grávida de mim? Em? E ainda traiu ela com uma branquela filha da puta que me fazia de empregada. Como você tem coragem de aparecer aqui, e dizer esse monte de lixo pra mim. Mete o pé da minha favela, eu nunca mais quero te ver aqui. Seu desgraçado, mentiroso.

Ele dá um tapa forte em seu rosto e eu aponto novamente a arma pra ele. Esse cara tá pedindo mesmo pra virar saudade.

DG: TA MALUCO PORRA? - grito com ele e ele me olha.

DN: não te mete, que eu não tô falando contigo caralho. - ele aponta o dedo pra mim.

Serpente: se afasta DG. - ela olha pra mim, e eu obedeço ainda apontando a arma pra ele.

DN: muito bem, aprendeu direitinho com o papai.. - ele segura seu rosto.

Serpente: METE O PÉ DAQUI CARALHO, EU NAO QUERO TE VER NUNCA MAIS NA MINHA VIDA. - ela se solta dele e aponta uma arma.

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