Capítulo 18 Jack Frost é Quente, ou Frio?

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Sétima Semana
Sábado, 26 de Agosto
GAME OVER

9h da manhã.

Um cheiro de comida gostosa enche o studio de Jack Frost.

Na cozinha, Jack estava pé encostado na mesa da cozinha resolvendo um cubo mágico com as cores totalmente misturadas. Ele fazia isso com mãos rápidas e um olhar atento enquanto esperava o café da manhã ficar pronto.

No fogão, havia uma panela. Dentro da panela, um yakimeshi gostoso e cremoso que Jack estava cozinhando. Tinha bacon em cubos, alho poró, camarões, seleta de legumes, milho, pimentão vermelho, coentro, cebolinha — tudo isso no arroz japonês de ontem num misto picante e cremoso de gochujang, Buldak e até três queijos de uma vez.

O objetivo agora era deixar que tostasse no fundo até o ponto de crostinha dourada e deliciosa, a parte favorita de Jack.

Mas enquanto isso não acontece, ele espera, resolvendo seu cubo mágico.

O que aconteceu em cinco minutos.

Do nada, as cores do cubo mágico convergem para seus lados de origem e Jack encara o cubo mágico completamente resolvido com um olhar meio entediado...

Pra quem tem TDAH como ele, fazer algo que trabalhe a mente, concentre a atenção é uma das dicas especiais pra que a ansiedade não tomasse posse de seu corpo e a atenção pra qualquer coisa fosse perdida no tempo e espaço.

Por isso, Jack sempre inventava algo pra fazer, pra que o TDAH não domine sua cabeça e o deixe louco. Coisas como resolver um cubo mágico, fazer uma palavra-cruzada, até origami e principalmente pintar tela são coisas que aliviam sua ansiedade e canalizam toda sua energia nervosa de forma mais artística.

Porque a forma destrutiva não é recomendada para menores/maiores de 18 anos.

Deixando seu cubo mágico na mesa, Jack cruza os braços tonificados sobre o peito nu e musculoso ornado com o colar do floco de neve azul. Ele encara a panela cozinhando o yakimeshi por alguns momentos e depois olha pra baixo.

No chão, perto de seus pés, Ostara estava devorando o que pareciam metros e metros de aipo dentro de uma caminha em forma de cenourinha. O coelhinho até parecia uma fragmentadora de escritório triturando todo o aipo com seus dentinhos que mais parecem máquinas industriais fazendo algum processamento nas esteiras rolantes.

Isso faz Jack sorrir levemente para Ostara. Ele ergue a cabeça novamente e encara a panela no fogão mais uma vez...

Aquilo parecia levar uma eternidade... Então, ele se afasta da mesa e caminha até o fogão. Jack abre a tampa transparente cheia de vapor e pega uma espátula de bambu pra mexer o yakimeshi por baixo.

Ele dá uma levantada na mistura picante e cremosa já no ponto pra ver por baixo. O arroz cozido e todos os outros ingredientes já estavam douradando bastante nas bordas, o que significa que no meio já devia estar excelente.

Jack fecha a tampa da panela, deixa a espátula ao lado e decide deixar mais uns dois minutos só pra garantir.

Nessas, ele se distrai e olha para o lado.

A graça de se morar num studio é ter paredes fechando somente o banheiro, então pra Jack a vista que ele tem da cozinha é no mínimo uma delícia.

Um loirão fisiculturista bem peitudo do bundão dormindo todo largado e esparramado na cama do twunk platinado em uma posição tão absurda que mais parece que caiu do oitavo andar.

Ele mesmo. Kristoff Bjorgman, mais conhecido como... Bundão de Pêssego.

Jack fica olhando Kristoff de longe. Ultimamente, Kristoff amanhece todo sábado assim após uma sexta de sexo louco e selvagem com Jack pra conseguir de volta mais um pertence seu. É claro, a culpa é Jack, pelo menos 50% porque apesar do rostinho fofo e inocente, a pegada dele é brutal e gostosa de macho-alfa, já os outros 50% porque Kristoff era gostosamente flexível e aí acabava assim todo estropiado na cama.

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