Chapter 24

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Freen Sarocha point of view

Entrei no carro de Friend, eu realmente precisava conversar com ela, ainda não tinha aceitado o fato dela estar com Beer.

— Que é Freen? Para de me encarar, tô ficando nervosa. – Ela falou sem desviar o olhar do trânsito.

— Ainda não aceitei você e Beer.

— Se você não tivesse tão boiola pela Armstrong iria achar que estava com ciúmes.

— Não estou boiola pela Armstrong. – Falei e Friend enfim desviou a atenção do trânsito para mim, ela me jogou um olhar de diversão e focou a visão no trânsito novamente.

— Nem você acredita nisso Freen. Mas se quer tanto saber, me interessei pela Beer, ela é magnífica.

— Se você machucar ela, vai se ver comigo.

— Tá, isso não me assustou, mas não se preocupe.

Passei o resto do trajeto até a garagem calada pensando um pouco em tudo, minha vida deu um salto mortal eu mexia apenas com pequenos roubos e vivia uma vida considerada normal, agora estou fodidamente apaixonada por uma maldita delegada e mexendo com gangues pesadas.

Quando chegamos a garagem, já era umas 8 horas da manhã, eu estava exausta.

— Sua namorada me estressa Freen. – Nam falou assim que desceu com mal humor.

— Ela não é minha namorada.

— Iihhh Friend, parece que nossa garota teve problemas no paraíso, Armstrong ficou pistola que tu deste uma volta no carro dela? – Nam falou com diversão.

— Armstrong brava fica parecendo um pinscher, cuidado pra ela não morder sua canela Freen. – Friend falou e começou a rir acompanhada de Nam, não aguentei e comecei a rir também.

— Deixem ela cara, ela é sexy brava.

— Modéstia parte, ela é sexy de qualquer forma Freen, vale a pena dormir com o inimigo. – Nam falou e deu duas tapinhas nas minhas costas e entrou na garagem com Friend.

Entrei também e a primeira coisa que vi foi Richie em frente a um computador como sempre, me peguei olhando melhor para ele, eu não fazia ideia de como Richie foi parar na rua, quando eu o conheci, ele já era todo trabalhado na tecnologia, tinha uns 14 anos.

— Richie qual seu sobrenome? – Falei parando atrás dele.

— Julian. – Ele respondeu sem dar importância.

— Não estou falando do sobrenome que você falsificou nos documentos Richie, seu sobrenome de verdade.

— Eu não sei Freen.

— Como você foi parar na rua? O que aconteceu com seus pais?

— Não lembro bem, eu tinha apenas 4 anos, eu me perdi deles. Por que está interessada nisso agora? – Ele falou e enfim se virou para mim.

— Apenas fiquei curiosa. Você não lembra o nome deles? Ou se tinha irmã? Irmão?

— Não, não lembro, também não me importo mais com isso, e eu acredito que eles também não, já faz mais de 15 anos que isso aconteceu, talvez nem lembrem mais de mim.

— Richie, por que você nunca foi em alguma delegacia? Você pode estar naquelas listas de criança desaparecidas.

— Quando eu me perdi um casal me adotou, eu era muito criança não fazia ideia de nada disso, eles me deram comida, pagaram professora particular para me dar aulas, brinquedos, e uma vida legal, além de uma família, com um tempo eu nem lembrava mais que tinha me pedido da minha família, até que o casal que me adotou morreram, a casa pegou fogo e eu consegui sair pela janela do meu quarto era primeiro andar, eu passei pela janela e fugi pelo telhado, eu não tinha nada que comprovasse que eu era filho deles, então eu fui pra rua novamente, até encontrar você.

— Por que você nunca me falou isso?

— Porque você nunca perguntou, Beer sabe. – Ele falou e voltou a mexer no computador.

Por Deus, tem muita chance de Richie ser o irmão de Rebecca. Puta merda, Rebecca vai pirar quando descobrir no que o irmão dela se transformou, e pior que ele já fez muito ela de trouxa, Richie entrou no presídio se passando por advogado, tem ao menos umas 30 identidades diferentes, já conseguiu entrar em tantos sistemas de segurança, conseguiu mexer até mesmo com o sistema da cadeia.

Subi para meu quarto e encontrei Irin deitada na minha cama.

— Ei Irin. – Falei e me deitei com ela.

— Estou com saudade de você. – Ela falou com um bico nos lábios.

— Desculpa não ter te dado tanta atenção, mas estou atolada de problemas baixinha.

— Eu entendo, posso ficar aqui com você?

— Claro que sim, só quero dormir um pouco, estou esgotada. Onde está Saint?

— Acho que saiu com Heng, não tenho certeza, mas eles tão aprontando alguma coisa. – Irin falou e eu fiquei intrigada.

— Quando acordar falo com eles. – Falei já bocejando e fechando os olhos.

***

Acordei com um barulho chato no quarto, tentei encontrar de onde aquele som insuportável vinha, e logo percebi que era do meu bolso, diabos porque sempre alguém liga quando eu tô dormindo? Atendi sem ao menos ver de quem era o número.

— Oi? – Falei lutando contra o sono.

— Freen, o presidente quer encontrar com vocês.

— Hum? Quem?

— O presidente Freen, Donald Trump.

— A.

— Freen, você tá dormindo?

— Unrrum.

— Freen acorde, Deus eu não acredito que realmente entreguei esse trabalho pra vocês.

— Rebecca eu preciso dormir porra, sério que você ainda tá estressada comigo?

— Eu te odeio Freen.

— Muito madura você, o que diabos o presidente quer?

— O filho dele. Espero vocês na casa branca as 20 hrs, não se atrasem.

— Você vai também?

— Obvio, tchau e se levante, já são quase 17:00.

— Eu dormi tanto assim? – Falei coçando meus olhos e me espreguiçando.

— Você se alimentou hoje Sarocha?

— Hum, não, dormi era umas 8 horas.

— Deus, vá se alimentar e estejam no local marcado, não vá mais dormir Freen por favor.

— Tá eu já entendi. Beijo. – Falei e desliguei a ligação, depois me amaldiçoei porque disse a última palavra, droga, eu realmente tô boiola pela Rebecca.

Me levantei e procurei por Nam e Friend, logo encontrei Nam jogada no sofá tomando cerveja, Friend também tomava cerveja ao lado de Beer, Richie com seu inseparável computador, Heng ao lado de Saint olhando para um papel e Irin mexendo no celular.

— Olá Bela adormecida. – Ouvi a voz de Beer

— Acho que dormi demais. – Falei dando um beijo na cabeça de Beer e roubei a cerveja de Friend.

— Freen sua folgada!

— Rebecca ligou, o presidente quer nos ver hoje às 20 hrs na casa branca.

— Caralho, faz um arrastão lá Freen, só um talher deve valer uma grana. – Heng falou empolgado.

— Como eu vou ficar ao lado do Trump sem querer dar um tiro na cabeça dele? – Disse Nam intrigada.

— Tu se controles Orntara, com certeza a Rebecca vai estar com a gente, tu dá um tiro no Trump e ela dá um no seu cu. – Friend respondeu e eu comecei a rir.

— De vestido tá Nam? Precisa causar uma boa impressão com o Presidente, ouvi dizer que ele gosta de morenas. – Falei e pisquei o olho pra ela, vi apenas o vulto da cerveja vindo em minha direção e colidiu bem com minha perna se estraçalhando no chão. Comecei a rir e sai correndo com Nam atrás de mim.

— FREEN EU VOU MATAR VOCÊ. 

𝗔 𝗗𝗲𝗹𝗲𝗴𝗮𝗱𝗮 - 𝗙𝗥𝗘𝗘𝗡𝗕𝗘𝗖𝗞𝗬Onde histórias criam vida. Descubra agora