Freen Sarocha point of view
Ela clicou em um pequeno tablet que tinha no carro e apareceu uma senha, ela digitou e logo o carro funcionou, o carro que Mind estava foi na frente e Rebecca acompanhou.
— Muito esperta. – Falei e ela me fuzilou com um olhar.
— Não fale comigo Freen!
— Rebecca que inferno.
— Você me deixou sozinha e ainda roubou meu carro, tem noção do quão chateada com você eu estou?
— Primeiro que eu saí a trabalho, e segundo que eu só peguei seu carro emprestado. – Falei e Rebecca riu.
— Juro que tentei não rir do "sai a trabalho"
— Vai se foder Armstrong.
— Estaria fazendo isso se você não fosse uma babaca. – Ela falou e eu me revoltei.
— O que você queria que eu fizesse?
— Por que não me acordou?
— Está brava porque te deixei sozinha?
— Não te quero mais no meu apartamento, deixarei ordens claras para chamarem a polícia se você aparecer por lá.
— Você sabe que eu vou aparecer, e não precisa mandar eles chamarem a polícia, vou no seu apartamento justamente atrás dela.
— Se você aparecer eu não vou pensar duas vezes antes de te prender.
— Tenho ótimas recordações da prisão.
— Já dei o seu recado.
— Você está criando sentimentos por mim, e está procurando uma forma de se livrar disso.
— Você está muito enganada.
— Não está procurando uma forma de se livrar de mim então? – Falei tocando na coxa dela e apertando, mas logo senti um cano gelado tocar minha mão.
— Não estou criando sentimentos por você. – Ela falou e pressionou a arma contra minha mão, retirei minha mão da coxa dela e me ajeitei no banco.
— Por que sempre que está chateada comigo você me bate ou aponta uma arma pra mim? Deveria descontar suas raivas em sexo, é mais saudável. – Falei a desafiando.
— FREEN CALE A PORRA DESSA BOCA. – Ela gritou e eu quis rir, era incrível como minhas frases causavam efeitos nela.
— Foi só uma proposta.
— Se eu fosse descontar as raivas que tenho de você em sexo, com certeza não seria com você.
— A não Armstrong? Prefere transar com aqueles moleques que você pegava que nem conseguem te fazer gozar?
— Nunca fiquei com nenhum moleque, e você não é ninguém para dizer com quem eu devo ou não me deitar.
— Eu não estou dizendo com quem você deve ou não, eu estou afirmando que sou a única que você e seu corpo deseja e que te satisfaz.
— Você está louca Freen, só transamos duas vezes, você está muito confiante.
— Eu não vou te procurar no seu apartamento, eu vou esperar você me procurar.
— Espere sentada. – Ela falou estacionando o carro em uma vaga do presídio.
— Vou esperar transando com outras pessoas. – Falei e abri a porta do carro já saindo do mesmo. Percebi Rebecca quase correndo para me acompanhar.
Assim que cheguei no portão da prisão o segurança que me deu umas porradas me barrou. Otário.
— Deixe ela passar agente Tispky, Nam Orntara e Friend Torfan devem estar chegando por aí, a acompanhem até minha sala. – Ela falou e o cara me encarou de cima a baixo com cara de poucos amigos, ele saiu da frente e eu entrei ao lado de Rebecca, dessa vez ela passou na frente e eu apenas a segui.
— Já estava com saudades dessa sala. – Falei assim que entrei e me joguei em uma das cadeiras. Rebecca foi até a mesa dela e guardou a arma na gaveta.
Ela resolveu me ignorar, caminhou até uma garrafa de café e serviu uma xícara.
Eu observava cada movimento que ela fazia, Rebecca caminhou até a mesa novamente e se sentou de frente para mim. Olhei melhor a sala dela, era incrível como Rebecca era organizada, toda oposta a mim, em cima da mesa dela vi a mesma foto que tinha no apartamento, duas crianças de olhinhos puxados.
— Quem são as crianças da foto? – Perguntei curiosa.
— Você não pode ficar calada? Eu e meu irmão. – Ela falou seca.
— Não sabia que você tinha irmão.
— Já te falei que você não sabe muita coisa sobre mim Sarocha, essa é a última lembrança que tenho dele. – Ela falou encarando a foto.
— O meu Deus, ele faleceu?
— Ele desapareceu, se perdeu do meu pai quando era criança. – Rebecca falou viajando.
— Sinto muito.
— Por isso entrei pra polícia, achei que seria mais fácil de procurar, ou ter alguma informação mesmo depois de tantos anos. Minha família não tem mais esperanças de encontrá-lo, mas eu tenho.
— Como é o nome dele?
— Richie. – Rebecca falou e eu arregalei os olhos, puta merda, será? Eu perdi a voz, Rebecca continuava viajando em pensamentos, ouvi a porta abrir e Nam e Friend entraram.
— Já está com saudades da gente Armstrong? – Friend falou se jogando de qualquer forma na cadeira, já Nam foi até a garrafa de café dela e serviu uma xícara.
— Por que intimou nossa ilustre presença delegada? – Nam falou e tomou um gole de café. — O café está ótimo.
— Quero detalhes do que vocês já sabem.
— Rebecca você mandou a gente resolver o caso, estamos fazendo isso, é tudo que você precisa saber. – Nam falou e se sentou na última cadeira vazia.
— Nam, vocês não podem sair cometendo o dobro dos crimes de vocês pra resolver um caso policial.
— Não cometemos crime algum, só roubei uma carga que era minha por direito.
— Roubaram meu carro.
— Freen só pegou emprestado.
— O que vocês descobriram Nam?
— Ontem eles fizeram um transporte do moleque, olha que legal, o pirralho tá vivo. – Nam falou fingindo uma falsa animação.
— Por que vocês não comunicaram a polícia?
— Porque a polícia já nos mandou resolver o caso. E se você não tivesse travado o carro que Freen estava a gente talvez tivesse conseguido recuperar o pirralho, perdemos eles de vista na perseguição.
— Não venham colocar culpa em mim, eu entreguei carros a vocês, não mandei vocês roubarem o meu. E por que diabos vocês tiraram os rastreadores? Eu deveria mandar vocês direto pra uma cela agora mesmo.
— Faça isso e vá você correr atrás da CNCO, porque os caras são uns fantasmas, boa sorte. – Nam concluiu e Rebecca a olhou com ódio.
— Vão embora, saiam da minha frente. – Ela falou e girou a cadeira, ficando de costas.
— Até logo Armstrong. – Nam falou e abriu a porta se retirando ao lado de Friend.
— Seu carro é ótimo. – Falei com deboche e sai atrás de Nam e Friend.
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𝗔 𝗗𝗲𝗹𝗲𝗴𝗮𝗱𝗮 - 𝗙𝗥𝗘𝗘𝗡𝗕𝗘𝗖𝗞𝗬
FanfictionFreen Sarocha rouba para sobreviver, em um desses roubos, acabou tendo o azar de ser pega pela polícia, agora ela está na mãos da delegada Armstrong. Todos créditos para a @Harmo_uniter [Finalizada]