Chapter 22

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Freen Sarocha point of view

Acordei um pouco desnorteada, percebi que tinha um peso a mais em cima de mim, fui recordando a memória aos poucos, e minha cabeça foi bombardeada de informações, Deus, eu dormi com Rebecca Armstrong, olhei para um claro no chão que estava me chamando a atenção e percebi que era meu celular, como diabos esse celular foi parar no chão? Tentei me levantar sem acordar ela, foi uma missão quase impossível, mas eu consegui, sai quase correndo nas pontas dos pés peguei o celular e sai em direção a sala, a ligação já tinha caído, olhei as notificações e era Nam, 5 horas da manhã, Nam não me dá paz mesmo, retornei à ligação e logo ouvi a voz dela.

— Freen cadê você? Está com a delegada, não é?

— Isso não importa, o que aconteceu?

— Preciso de sua ajuda, vou te enviar o endereço, consegui um rastro suspeito de Nop.

— Okay, leve uma roupa pra mim.

— Fala sério Freen. Te dou 20 minutos.

Respirei fundo peguei meu vestido do chão e já fui logo vestindo, espero que Rebecca não acorde muito brava por eu ter deixado ela sozinha. Olhei melhor o apartamento dela e meu olhar foi direcionado para algumas fotos que ela tinha no painel da televisão, sorri vendo algumas fotos dela, tinha uma que parecia ela bebê ao lado de um garotinho, será que é irmão dela? Engraçado que ele me lembra alguém.

fiquei a observando dormir por alguns minutos e me retirei, quando já ia saindo do apartamento dela lembrei que tenho outro problema, estou a pé, obrigada Nam. Peguei meu celular e liguei pra ela de novo.

— Que foi agora? – Ela disse com mal humor quando atendeu.

— Estou a pé Nam.

— Pegue o carro da Armstrong emprestado.

— Ela está dormindo Nam.

— Melhor ainda, vai logo Freen.

— Deus, você quer que eu roube minha própria namorada?

— Desde quando ela é sua namorada? Você não precisa roubar, você devolve logo. – Ela falou e desligou, porra, eu não acredito que estou realmente considerando isso, a chave do carro dela estava jogada em cima de uma mesinha, metade do meu corpo mandava eu pegar, outra metade mandava eu não pegar.

— Desculpa Rebecca. – Peguei a chave e as chinelas dela que estavam jogadas pela sala e sai quase correndo do apartamento dela. Logo estava no térreo, fui para a garagem e peguei o carro de Rebecca, cantei pneu para o endereço que Nam tinha me enviado e não demorou a chegar, vi dois carros pretos parados, e escorados neles estava Friend e Nam.

— O que vamos fazer? – Falei e Nam foi até o carro dela e me jogou uma sacola, com uma calça jeans e uma camisa, vesti a calça por cima do vestido, enquanto Nam falava.

— Richie está rastreador o chip desde que você instalou, detectamos Nop em uma ligação, Song está checando, agora temos que esperar o sinal de Song. Belo carro sua delegada tem. – Nam falou olhando para o esportivo que Rebecca possuía.

— É, nada mal. – Falei e tirei o vestido, nem me importando que eu estava sem nada por baixo cobrindo os seios, vesti a camisa e coloquei o vestido de Beer na sacola.

— Sabe com o que está se metendo não é Freen? – Friend falou com cara de preocupada.

— Com a CNCO. – Eu disse me escorando no carro.

— Esse não é um problema tão grandioso, você está em um jogo com uma policial Freen, e está se envolvendo mais do que deveria.

— A Rebecca... – Falei entendendo onde Friend queria chegar. Ouvi o celular de Nam tocando e logo ela atendeu.

— Fala Song. – Ela disse ao atender e colocou no alto falante.

— Nam, estávamos certas, eles tão transportando o garoto, tá Nop e outro cara.

— Não acredito, passe o endereço. – Disse Nam e logo Song nos enviou um endereço, entramos nos carros e saímos, eu não tinha quase nenhuma habilidade em carro para uma perseguição, espero não estragar a pintura do carro da minha delegada.

Andamos pouco tempo e logo avistamos dois carros na nossa frente, saímos seguindo eles, então percebi o meu carro perdendo forças, merda que diabos tá acontecendo? O carro foi parando, até que se apagou e eu fiquei no meio do nada, Nam e Friend continuaram atrás dos carros, talvez nem perceberam que eu tinha parado.

— PORRA, PORRA. – Bati com forças no volante. Maldita, certeza a porra desse carro tem alguma coisa ativada para caso de roubo.

Desci do carro e clareei com a lanterna do celular, abri o capô para ver se tinha algo de errado com o motor, eu não entendia muita coisa, mas parecia tudo certo, percebi um carro se aproximando e fechei o capô esperando que fosse Friend ou Nam, o carro foi reduzindo quando chegou perto de mim que parou vi o vidro baixando e a imagem de Rebecca com cara de deboche me observando.

— Então você ia roubar meu carro Sarocha? – Ela falou e seu olhar estava dividido entre tristeza, ódio e deboche, do lado do motorista está Mind Sawaros.

— Apenas peguei emprestado. – Falei e Rebecca desceu do carro, ela levantou a camisa e tirou o revólver que estava preso no cós da calça.

Levantei as mãos em rendição quando Rebecca apontou o revólver para mim.

— Escore o tronco no carro Sarocha. – Ela falou se aproximando ainda com a arma apontada para mim, fiz o que ela mandou até que ouvi meu celular tocando.

— Eu não ia roubar a merda do seu carro Armstrong, Nam me ligou porque tinha pistas do caso que você mandou a gente resolver.

— Eu não acredito em você.

— Meu celular tá tocando, com certeza é Nam, posso atender?

— Coloque no alto falante. – Ela falou e encostou o cano do revólver na minha cabeça, tirei o celular do bolso e atendi.

— FREEN ONDE DIABOS VOCÊ TA?

— Tive problemas Orntara.

— Inferno, perdemos o carro de vista, o que diabos aconteceu?

— O carro da delegada tem algum sistema de segurança, o carro simplesmente parou, e agora eu tô deitada no capô do carro e ela tá com uma arma na minha cabeça.

— ARMSTRONG PORRA, SOLTE ELA. – Nam falou e Rebecca pegou o celular.

— Te dou 30 minutos para comparecer a delegacia, Orntara e leve a Friend. – Ela falou e desligou a ligação.

— Da pra tirar essa arma da minha cabeça? – Falei e ela me puxou pela camiseta.

— Entre no carro Freen. – Ela disse abrindo a porta de passageiro e me empurrando para dentro de qualquer jeito. Santa delicadeza. 

𝗔 𝗗𝗲𝗹𝗲𝗴𝗮𝗱𝗮 - 𝗙𝗥𝗘𝗘𝗡𝗕𝗘𝗖𝗞𝗬Onde histórias criam vida. Descubra agora