Chapter 29

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Freen Sarocha point of view

Se eu queria ter certeza se Richie era realmente o irmão de Rebecca, eu ia ter que abrir o jogo pra ela. Eu queria tanto estar certa, imagino a felicidade que Rebecca ficaria de enfim encontrar o irmão dela, mesmo o Richie sendo envolvido com roubos e falsificações ele é um garoto muito especial, me pergunto o que ele seria se fosse criado pela família de Rebecca, ela é tão bem educado e inteligente, talvez Richie fosse formado e tivesse um cargo tão elevado quando o dela ou estivesse se formando já que ele tem apenas 19 anos.

— Freen? Estou esperando uma resposta. – Rebecca falou e se sentou do meu lado.

— Rebecca eu não tenho certeza, mas eu posso ter encontrado seu irmão. – Falei e vi duas lágrimas escorrer dos olhos dela.

— Não brinca comigo Freen.

— Jamais faria isso, eu não tenho certeza se ele é seu irmão, não tem como eu ter certeza, mas se eu preciso tirar essa dúvida é abrindo o jogo com você. – Falei e segurei a mão dela.

— Me fale.

— Eu vivia sozinha no galpão, era um lugar sujo e nada agradável de se morar, ainda mais sozinha, na época eu tinha uns 17 anos, eu fazia pequenos roubos apenas para conseguir me alimentar, então com alguns dias Beer chegou na minha garagem, e eu fiquei com medo , porque era o único lugar que eu tinha pra morar, tive medo dela me roubar minha única moradia, mas ela também estava sozinha, então no fim eu e ela passamos a morar juntas, Beer era mais velha que eu e ela começou a me ajudar com os pequenos roubos, depois a gente encontrou a Irin, ela tinha apenas 10 anos, e aí encontramos o Heng com o Saint, eles viviam juntos na rua, começamos a arrumar o galpão e o transformamos no que ele é hoje. – Comecei a contar desde o início Rebecca apenas ouvia tudo atentamente.

— Eu nunca vi nenhum dos seus amigos perfeitamente eu acho.

— Continuando, um dia eu estava andando na rua e eu encontrei um garoto, ele estava chorando escorado em um poste, mas ele não parecia um garoto de rua, então eu fui falar com ele, ele me falou que os pais dele tinham morrido e que agora era morador de rua, eu fiquei com muita pena e o levei para o galpão, Beer não quis aceitar mais um adolescente naquele lugar, os roubos não tava dando ao menos pra gente se alimentar, então ela foi falar com o garoto e descobriu que ele era foda em computação. – Eu falava e Rebecca voltou a chorar.

— É ele? Mas como? Quando Richie sumiu ele tinha apenas 4 anos.

— Eu o encontrei com 14. Eu tinha visto a sua foto com ele aqui no seu apartamento, eu quis conhecer aquele rosto de algum lugar, mas eu não dei muita importância, então eu vi a mesma foto na sua sala no presídio novamente e você me contou toda história. Quando eu cheguei em casa fui conversar com Richie, ele me falou que tinha se perdido dos pais quando era criança, então uma família o adotou, quando eu o conheci ele tinha acabado de perder a família adotiva em um incêndio, ele escapou pela janela do quarto, a casa dele pegou fogo.

— É impossível ele ter sido adotado, o rosto dele tava em todas as listas de crianças desaparecidas, meu pai investiu o maior dinheiro em campanhas, ofereceu dinheiro para qualquer pista.

— A família nunca o adotou legalmente, ele nem ao menos tinha um documento de identidade, ele tinha aulas particulares, e pelo que Richie falou ele vivia em casa, talvez com a cara enfiada em um computador.

— Eu não acredito, que filhos da puta. – Rebecca falou e o rosto dele estava banhado em lágrimas.

— Por isso ele foi pra rua depois do incêndio, ele não tinha provas que era filho daquela família. Mas Rebecca, eu posso estar enganada.

𝗔 𝗗𝗲𝗹𝗲𝗴𝗮𝗱𝗮 - 𝗙𝗥𝗘𝗘𝗡𝗕𝗘𝗖𝗞𝗬Onde histórias criam vida. Descubra agora