Chapter 35

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Freen Sarocha point of view

Acordar depois de uma ótima noite de sono e ainda acordar ao lado de alguém que você ama não tem igual, Rebecca ainda estava abraçada a mim, fiz carinho na coluna dela e logo percebi que ela já estava acordada.

- Bom dia. - Ela falou com uma voz doce.

- Bom dia minha delegada.

- Me promete que não vai mais fazer o que você fez ontem?

- Rebecca eu estou viva.

- Mas poderia não estar Freen, não brinque com sua vida dessa forma, eu demorei a te encontrar. - Ela falou e eu sorri.

- Está preocupada comigo Armstrong?

- Desde o primeiro dia que você apareceu na minha frente. Posso tomar um banho no seu banheiro?

- Fique à vontade. - Rebecca levantou e caminhou até a porta do banheiro, ela ainda estava nua e eu fiquei na cama observando-a desfilar até a porta. Fiquei com vontade de ir tomar banho com ela, mas eu ainda estava com tanta preguiça e sono.

- AAAAAA FREENNNNN... - Rebecca gritou e eu saí correndo em direção ao banheiro, quando cheguei lá encontrei ela enrolada em uma toalha em cima do mármore da pia do banheiro.

- Que foi mulher? - Falei e ela apontou pro chão, quando olhei em direção Rebecca apontava pra uma barata, acabei rindo da situação, a delegada realmente tem medo de barata.

- Porque você ta rindo Freen? Mate logo esse bicho. - Peguei um inseticida que eu sempre tinha pelo banheiro e joguei no pobre inseto.

- Pronto madame. - Caminhei até Rebecca e a puxei prós meus braços a levando pra debaixo do chuveiro.

- Minha heroína. - Rebecca falou e beijou meus lábios e eu acabei rindo.

- Te imaginei nessa situação a primeira vez que te vi naquela delegacia.

- Nos seus braços?

- Não, com medo de uma barata. - Falei e ri, Rebecca acabou me dando um tapa.

- Por isso você começou a rir? - Rebecca falou e eu ri novamente concordando com a cabeça, ela acabou pulando do meu colo, tirou a toalha e colocou em cima do box do banheiro.

Quando saímos do banheiro acabamos encontrando apenas Richie sentado vendo desenho jogado no velho sofá.

- Bom dia Richie, cadê os outros?

- Nam saiu com eles, falou que iam fazer um trabalho.

- Todos? Por que ela não me chamou?

- Acho que porque você tava com a polícia bem nos seus braços. - Richie falou e olhou em nossa direção.

- A meu Deus, eles saíram pra roubar? - Rebecca se pronunciou, percebi ela com os olhos arregalados.

- Você não tá pensando em prender eles né Armstrong? - Falei e segurei na mão dela.

- Eu deveria, por que vocês gostam tanto de me desafiar?

- Amor acha mesmo que Nam vai parar de roubar? Não sei por que você colocou a cláusula liberdade no contrato, assim que a gente conseguir o filho do presidente de volta a polícia vai continuar na nossa cola porque não vamos parar com os roubos. - Falei e percebi Rebecca respirar fundo.

- Acho melhor eu ir pra casa.

- Não, a gente agora vai conversar um assunto importante com Richie. - Falei e Rebecca arregalou os olhos, e Richie olhou novamente em nossa direção.

- Comigo? - Ele falou intrigado.

- Richie eu estava conversando com Rebecca sobre você. - Eu ainda estava segurando a mão de Rebecca, a mão dela tava suada e ela parecia petrificada, a puxei até o sofá vago e se sentamos de frente para Richie.

- Sobre mim? - O garoto falou atrás de uma explicação.

- Richie a Rebecca é delegada, ela tem acesso as listas de crianças desaparecidas.

- De novo isso Freen? Minha família é vocês, eu não me importo mais com isso.

- Tem certeza? Rebecca tem uma pista sobre sua família.

- Está brincando. - Richie falou já um pouco mais interessado na história.

- Sabe que eu não gosto de enrolado, vou direto ao assunto, Richie se a gente tiver certas você é irmão da Rebecca. - Falei de uma vez e ele olhou em nossa direção com os olhos arregalados.

- Freen você não pode sair dando notícias assim, posso explicar Richie? - Rebecca falou e foi se sentar do lado do garoto que estava sem reação alguma e mais branco que o normal.

- Por favor... - Ele falou e Rebecca segurou a mão dele.

- Eu tinha um irmão ele era tudo pra mim, meu companheiro, meu amigo, meu parceiro para brincar e para brigar também, nossa a gente brigava demais. Um dia o papai levo ele até o centro para fazer umas compras, eu não lembro bem, porque eu também ainda era muito criança, mas por fim, o papai acabou de distraindo e acabou se perdendo dele, então começou a saga da minha família, fomos em delegacias, hospitais, espalhamos cartazes pela cidade inteira, oferecemos recompensa para qualquer pista e nada, nunca nem sequer uma pista, quando cresci entrei para a polícia para quem sabe ficar mais fácil de conseguir alguma informação, e nenhuma pista, era como se meu irmão tivesse sumido do mundo, nenhum registo, nenhum documento nada que nos levasse até ele. Minha família passou a acreditar que meu irmão estava morto, que algum bandido ou comprador de órgão o pegou e matou, mas eu nunca quis acreditar nisso.

- Por que acha que eu sou o seu irmão?

- Porque meu irmão se parece muito com você, porque o nome dele também é Richie, porque a sua história se liga com a minha, porque eu sinto uma ligação muito forte por você.

- Isso não prova nada, eu estou confuso, com raiva e um pouco desesperado. - Richie falou pra Rebecca e eu vi os olhos dele transbordando de água.

- Richie você topa fazer um teste de DNA?

- Minha vida poderia ter sido totalmente diferente, eu vivi minha vida inteira com medo, com fome, precisando roubar pra sobreviver, enquanto eu poderia ter tido uma vida estruturada com uma família que me amava, que me daria a melhor saúde e educação.

- Eu sinto muito, por favor, eu queria tanto que você tivesse crescido ao meu lado, sendo meu amigo como sempre fomos, durante todos esses anos eu senti a falta de alguém para me dar concelhos, me abraçar e me mimar, eu sinto tanto sua falta. - Rebecca falou e percebi as lágrimas já descendo dos olhos dela também.

- Freen me empreste seu carro? Preciso dar uma volta. - Richie falou e eu joguei as chaves na direção dele.

- Richie... - Rebecca tentou falar.

- Deixa ele Becky. Vem aqui, vamos tomar café da manhã. - Falei abraçando ela.

- Não estou com fome.

- BOM DIA CASAL. - Ouvi a voz de Nam.

- Nam eu não acredito que vocês saíram pra roubar. - Rebecca falou desafiando Nam.

- Calma delegada, temos também uma pista sobre o resto da CNCO, eles vão estar em uma festa hoje. Está convidada. - Nam falou piscando o olho pra Rebecca e ela me olhou.

- Onde é essa festa? - Falei e Nam se jogou no sofá.

- Em uma casa noturna da CNCO, desconfiamos que o moleque está escondido lá. 

𝗔 𝗗𝗲𝗹𝗲𝗴𝗮𝗱𝗮 - 𝗙𝗥𝗘𝗘𝗡𝗕𝗘𝗖𝗞𝗬Onde histórias criam vida. Descubra agora