ALERTA: Menção à suicido e afogamento.
EU GOSTARIA DE TER UMA FACA neste momento, talvez assim eu pudesse cortar o meu pescoço, fazendo os jogos deste ano serem adiados.
Eu penso estupidamente, sentindo meu corpo cambalear um pouco. Eu estava meio tonta, deve ser porque não havia comido bem essa semana, eu noto suavemente.Um dia, enquanto eu estava pescando com o meu pai, ele se distraiu contando uma de suas histórias fantasiosas e não viu quando eu caí do pequeno barco em que nós estávamos, após um peixe grande se enrolar na linha. A água gelada em contato com o meu corpo, me deixou totalmente apavorada, já que eu ainda não sabia nadar como meus irmãos.
Eu me lembro de me debater na água, tentando fazer como haviam me ensinado, e não conseguir. Me lembro de afundar gradativamente enquanto tudo à minha volta desaparecia, tentando enxergar um último lapso de luz.Quando eu acordei, cuspindo a água salgada, eu já estava na praia, com a minha avó molhada ao meu lado, o desespero era o mesmo, como se eu ainda estivesse dentro d’água, antes de me dar conta que eu estava na praia. Eu tremia de frio, a brisa calma que corria pela praia também não ajudava a me esquentar. Minha avó me abraçou forte, me levando para dentro de casa e me colocando em frente a lareira, eu me lembro de perceber brevemente que os cabelos morenos dela já estavam secos.
Um tempo depois, eu perguntei a minha avó onde estava o meu pai, ela me disse que ele não soube reagir quando eu caí na água, ela viu da janela e conseguiu chegar a tempo de tirar da água.Meu pai ficou na floresta do outro lado do rio por 2 dias antes de voltar para casa, ele me abraçou quando voltou, me pedindo perdão por não ter agido.
Não havia o que perdoar, naquela época aquilo não passou de mais um dia com uma aventura para contar.Agora, parecia que eu estava morrendo em desespero no fundo do rio novamente. A sensação era a mesma de ter a água entrando nos meus pulmões.
— Venha querida, não se acanhe, venha!– Eu ouço longe, aquela esquisita estava falando com quem? Porque a Lily Siwers não era a minha Lily, não existe somente uma Lily no Distrito!
A garota morena suspira de alívio na minha frente, se virando para mim, não, não era para mim. Era para minha irmã, que solta minha mão, caminhando devagar até o caminho que abriram em direção ao palco. Eu olho para a esquerda, onde minha irmã Kaliah está chorando, sendo segurada por um garoto de olhos verdes escuros, que estavam repletos de lágrimas, como ele estava chorando se eu nem sei quem ele é?
Eu volto o meu olhar para a frente, no mesmo momento encontro os olhos da minha irmãzinha, seus olhos verdes claros inundados de desespero se fixam nos meus, seu lábios inferior parecia tremer levemente.
VOCÊ ESTÁ LENDO
The Death Song - Jogos Vorazes.
FanfictionMERLYAH SIWERS era somente uma garota quando viu a verdade cruel que existia fora das marés do Distrito 4. Também era só uma garota quando percebeu que para sobreviver, deveria ser tão cruel quanto o mais revoltoso mar. Então ela encantou cada trib...