12*⁠.⁠✧ MORA COMIGO?

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Celeste

Quando retornei ao meu apartamento, por volta das 9 horas da noite, deparei-me com uma cena encantadora: Evangeline estava sentada elegantemente à mesa, que estava cuidadosamente arrumada com uma deliciosa refeição do meu restaurante favorito. Nunca antes havia tido a experiência de chegar em casa e encontrar alguém à minha espera, e meu coração se encheu de calor e felicidade. Os aromas irresistíveis da comida pairavam no ar, e o brilho caloroso das velas acesas criava um ambiente acolhedor e romântico. Evangeline sorriu ao me ver, seus olhos brilhando com antecipação e carinho. Era como se o tempo tivesse parado naquele momento, e eu me senti verdadeiramente abençoado por ter alguém a minha espera.

- Desculpe pela demora, meu pai tem o dom da fala interminável... Estou morrendo de fome, você pediu a comida?

Evangeline me olhou com uma expressão séria enquanto eu me sentava à mesa, sentindo meu estômago roncar de fome.

- Sente-se, Celeste, quero conversar com você.

Uma sensação de nervosismo percorreu meu corpo. O que poderia ser tão importante a ponto de deixar Evangeline com essa expressão preocupada?

- Você está me deixando nervosa, Evangeline.

Eu me sentei e pude ver claramente o desconforto no rosto de Evangeline.

- Fiz algo que te deixou desconfortável?
- Não é nada do que você fez, é sobre o contrato que você me propôs.

Um peso pareceu se instalar em meus ombros. O contrato que eu havia elaborado cuidadosamente, pensando em todos os detalhes para garantir que nossa farsa de noivado corresse sem problemas.

- Eu pensei que você já tivesse aceitado, Evangeline.
- Em nenhum momento você nem me deixou responder que aceitava.

Senti um aperto no peito. Eu estava tão ansiosa para que tudo desse certo que acabei agindo de forma precipitada.

- O que você quer dizer com isso? Eu já te levei à minha casa, apresentei você aos meus pais e a todos os acionistas da empresa.

Evangeline respirou fundo antes de continuar.

- Calma, Celeste. Não estou dizendo que não vou te ajudar, apenas quero reformular a proposta e dizer que aceito ser sua noiva fake.

Um suspiro de alívio escapou dos meus lábios. Eu estava com medo de que ela recusasse completamente a ideia.

- Ufa, que alívio! Você estava me deixando nervosa... Então, me diga o que você quer mudar.

- Primeiramente não quero todo esse dinheiro que você está me oferecendo. Quero conquistar o meu próprio dinheiro com o meu trabalho. Por isso, peço apenas que me ajude a conseguir um emprego na área que estou interessada. Só isso, não quero dinheiro, nem presentes luxuosos, nem joias. Só quero a oportunidade de trabalhar honestamente e pagar minhas próprias coisas com meu próprio dinheiro.

Fiquei surpresa com a sua recusa aos benefícios financeiros. Mas, ao mesmo tempo, admirei sua independência e determinação.

- Mas, Evangeline, se eu posso te dar tudo isso, por que recusar?
- Já te disse, Celeste, não vou aceitar nada disso. Só quero isso que disse e não se preocupe, cumprirei todas as exigências que já estão no contrato. No entanto, vou acrescentar uma cláusula: se qualquer uma de nós se apaixonar por alguém, esse acordo não terá mais validade. Cada uma seguirá sua própria vida.

Com aquelas palavras de Evangeline eu fiquei por longos minutos em silêncio e entre tudo aquilo que ela falou a única coisa que me incomodava era apaixonado por alguém se ela se apaixonar nosso contrato Não valerá mais?

QUARTO VERMELHOOnde histórias criam vida. Descubra agora