𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟕

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GATILHO
crise emocional (início no capítulo, terminando a dez parágrafos depois. Pode ser que o leitor sinta desconforto, se identificando com as questões abordadas na escrita. Aconselho a prevenir a mentalidade evitando consumir esses parágrafos citados, respitando seus limites. Lembrando, se identificar não é algo positivo)

 Lembrando, se identificar não é algo positivo)

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À beira das oito horas, um silêncio absurdo e apático envolve o quarto, como se a imagem refletida no espelho fosse apenas um eco distante de emoções tumultuadas no peito. Não há ruídos ao redor, mas internamente algo grita em agonia, clamando por socorro. Deslizo a mão lentamente pela pele a maquiagem, espalhando o líquido frio e desesperador. A única evidência clara da grande tragédia são os olhos marejados refletidos no espelho. O tempo perde sua ideia, tornando-se irreal, enquanto a textura do produto no rosto parece humilhante. "Superficial demais", penso, confrontando a desesperadora realidade da minha própria superficialidade. Cada átomo ecoa as palavras terríveis que existem apenas na minha mente.

Sou uma peça falsa nesse museu de mentiras, a quem estou tentando enganar? Choso é artista, perceberá a farsa assim que descobrir que essa personalidade que construí para conquistar sua aprovação não é diferente da fachada superficial de maquiagem, criada para ocultar minhas imperfeições. Tanto minha maquiagem quanto minha personalidade são meras máscaras, escondendo a verdadeira essência. Ele me odiará ao descobrir, talvez seja melhor nunca sair de casa, o único refúgio no momento. A raiva cresce dentro de mim, incontrolável como um vulcão prestes a explodir. Uma lágrima rola, manchando a máscara de cílios, suficiente para liberar tudo o que estava enterrado aqui dentro. É feio, como o próprio diabo. Sem controle, lanço o vidro da base contra o espelho. A coloração se espalha, quebrando não apenas a embalahem, mas também a imagem, agora rachada, que me reflete

Com firmeza, uso o lenço umedecido, esfregando com intensidade, como se desejasse arrancar a pele do corpo. Incapaz de pensar, apenas choro enquanto observo a vermelhidão se espalhar pela maçã do rosto. Uma vontade avassaladora de trocar o lenço pelas próprias unhas domina meus pensamentos. Que sangre, que arda, penso merecer isso e muito mais. A porta se abre, não é necessário olhar para saber que é Megumi entrando no quarto, provavelmente ouviu o som do vidro quebrando

𝐝𝐚𝐧𝐜𝐞 𝐢𝐧 𝐭𝐡𝐞 𝐝𝐚𝐫𝐤, ᴄʜᴏsᴏ Onde histórias criam vida. Descubra agora