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━━━━━• POV CHOSO •━━━━━
Parado em frente à festa, sinto meu corpo todo ter calafrios. Angustiado, penso sobre como essa festa é uma excelente oportunidade para o Yuji se enturmar com futuros colegas, afinal, qualquer universitário sabe o valor dos contatos nesse período. Ainda no carro, observo as pessoas entrando e saindo constantemente. Quase meia-noite, e aparentemente, ninguém se incomoda com a música ensurdecedora na vizinhança. Esfrego o lábio inferior, ansioso e cheio de receios. Meus olhos se desviam sutilmente para o retrovisor central, examinando pela milésima vez minha aparência, com o temor de alguma falha prejudicar as primeiras impressões. Yuji, após muita insistência, prendeu metade do meu cabelo, deixando o restante solto, argumentando que as garotas geralmente gostam disso. Deixei claro que não estou interessado em ninguém por enquanto, mas ele insiste agindo como se fosse ingênuo demais.
- Cara, só relaxa. Sou eu quem deveria estar nervoso aqui - Meu irmão tenta acalmar os ânimos, soltando uma risada tensa. Nesse momento, lembro que a festa não é sobre mim. Crucial manter o foco real, que é apresentar o Yuji.
- Vão gostar de você. É impossível pensar o contrário
- Sua opinião não conta - O comentário cortante atinge em cheio. Sinto uma pontada, meu lábio infla mais do que esperado, feriu minha irmandade. Rapidamente, tento se corrigir - Não, não é isso que quero dizer. Céus, você é dramático
- Não! Tudo bem, eu entendi - Levanto as mãos rendido, desistindo de acalmá-lo. Desligo os faróis e rádio do carro, checo o celular uma última vez em busca de mensagens, mas nada. Fui eu quem não respondeu, mas [nome] nem insistiu, só soltou o convite e sumiu. Saímos do carro simultaneamente, encarando a música ensurdecedora e a energia intensa dos jovens em volta da mansão. Yuji escolheu calças escuras e uma camisa branca, mas achei formal demais, então joguei um moletom verde musgo por cima, recebendo uma careta de reprovação.
Caminhamos lado a lado, desviando de pessoas e sendo estranhamente cumprimentados por quem nunca trocamos uma palavra. Yuji fica mais próximo que o normal, sorrindo para todos, sendo incrivelmente carismático, extremamente melhor que eu no quesito "ser simpático". Antes de sair de casa, minha mãe disse algo como: "Choso, seja simpático com eles. Vão adorar seu sorriso". Imagino se a falta disso afetaria [nome]. Aliás, gentil da parte dela retribuir o que fiz por seu irmão, mas mandar mensagem horas antes da festa? Enfim, aqui estou eu, lidando mentalmente com a mudança repentina na rotina. Chegamos na área externa, após uma volta pelos corredores espaçosos da mansão de Satoru Gojo. É assustador o quão popular e rico ele consegue ser.
