𝐏𝐫𝐨́𝐥𝐨𝐠𝐨

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Casa de [nome], Tokyo
Domingo, 14:02

A luz do sol invade o quarto sem permissão naquela manhã, banhando os corpos jogados sob a cama. Poderia-se aproveitar daquele instante para permitir que o clima penetrasse as camadas de pele, mas, ao invés disso, serve apenas para proporcionar um choque de realidade. Desperto em sobressalto, esfregando o rosto ainda sonolento, tentando forçar o cérebro a se ativar. Analisando ao redor, deparo-me com a janela aberta e roupas jogadas no chão, enquanto a cabeça lateja em consequência das atitudes da noite passada.

Como em qualquer outro final de semana, se rendemos à diversão, consumindo substâncias descontroladamente e proclamando o clássico "só se vive uma vez". Já acostumada a beber, a famosa amnésia não afetava, lembrando vividamente de como cheguei em casa. Com as lembranças da noite invadindo a mente, lembro rapidamente não estar sozinha, olho para o lado da cama ocupada por ombros definidos. Os cabelos brancos de Satoru Gojo se espalham pelo travesseiro igualmente branco, e ao respirar, suas costas seguem o ritmo. Perdi a conta de quantas vezes dormimos juntos, mas a amizade permanece inabalável, então não é motivo para preocupações.

Cada músculo do corpo dói, protestando contra a necessidade de sair da cama para enfrentar o dia. Emaranho o cabelo algumas vezes, antes de me esticar até o criado-mudo, onde encontro o prendedor junto aos óculos escuros de Satoru. Engatinho sob a cama de casal, tateando a coberta em busca do celular; essa parte a mente decidiu apagar. Localizo perto dos pés de Satoru, sem ter ideia de como isso aconteceu. Os olhos ardem sensíveis à luz do aparelho, e a cabeça explode dolorosamente. Duas da tarde, indica o relógio, paraliso os movimentos, tentando entender em que ponto da vida cheguei para ser uma adulta acordando às duas da tarde.

- Satoru? - Chamo em um tom cansado, até mesmo o ato simples de falar parece exaustivo. Os ombros do homem se inclinam sutilmente para frente, indicando que está ouvindo, antes de soltar um grunhido rouco, algo como "hm?". Balanço os ombros dele na tentativa de chamar atenção, quase adormecendo sentada. Quando isso não funciona, puxo os fios brancos sem força, finalmente recebendo xingamentos e um olhar de reprovação.

- O que foi, garota? - Ele não se esforça muito ao falar. Apenas aponto para o relógio do celular. Satoru tem a mesma reação, sentando nu na cama, olhando ao redor com um olho aberto, enquanto o outro permanece descansando fechado - Minha garganta tá seca - Comenta, quase sussurrando, ainda cansado.

- Quero vomitar - Falo, ainda sentindo o gosto de álcool preso na mucosa da boca. O ambiente inteiro parece ter participado da festa, mesmo acontecendo longe daqui, no bar do centro de Tokyo. Normalmente, após festas, costumo sentir o corpo sujo, precisando de banhos demorados com direito a tudo. Adiciono, tentando afastar a ressaca iminente - Você precisa ir embora

- Não, estou com muito sono - Inclina o suficiente para beijar meu ombro nu, chamando atenção do olhar

- Precisamos parar de ser assim

𝐝𝐚𝐧𝐜𝐞 𝐢𝐧 𝐭𝐡𝐞 𝐝𝐚𝐫𝐤, ᴄʜᴏsᴏ Onde histórias criam vida. Descubra agora