Can we just be honest?

368 14 50
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.




















"Queimem, queimem a bruxa." 

Era o que gritavam todos, entretanto, o garoto não se importa com as ameaças, ninguém ali ousaria encostar um único dedo em si, não queriam ser mortos. Apenas conseguia se lembrar de seu irmão e da explicação maluca que ele deu para ter os tirado correndo do baile real na noite anterior. 

"Então.. está me dizendo que você deu um tapa no braço do príncipe porque pensou que ele estava engasgado? - questionou em choque vendo o ruivo concordar nervoso - é, estamos mortos - afirmou a mulher. 

- não se é para tanto mamãe - disse a filha caçula - ele não parecia ser cruel, ele era até bem simpático, apesar da cara fechada.

- humanos são cruéis - a mãe rebateu a calando de vez."

Ainda não conseguia acreditar que ele tinha batido no tal rapaz, mesmo que fosse Shoyo e que ele não soubesse que era o príncipe, não é todo dia que se sai espancando pessoas por aí. 

O ruivo disse que tinha os puxado correndo por ter ouvido um estralo alto de seu ombro além de guardas terem corrido até ele o chamando de "majestade" ele era novo de mais para ser o rei, então, supôs ser o tal príncipe que deveria escolher alguém no baile para se casar. 

 - chega - Kenma parou de andar quando um tomate o acertou as costas apagando totalmente o seu sorriso - quem jogou? - questionou em voz alta, todos se calaram. Olhou ao redor encontrando um pequeno ser.

Era uma criança. 

Esticou a sua mão em direção a ela a puxando para perto com o seu poder, ela gritou alto, tentou prender as mãos no chão, mas não adiantou, quando foi perceber, já estava entre os braços daquele homem vestido de branco, ele segurava seu ombro enquanto uma das unhas afiadas fazia uma leve pressão ao lado de seu olho. 

Ninguém interviu. 

Nem mesmo os pais dela que assistiam a tudo calados. 

Humanos são verdadeiramente cruéis.

- eu mandei dizerem quem jogou - o feiticeiro avisou pela última vez, logo, um bolinho de gente se separou revelando um senhor apavorado lá no meio, ele segurava um outro tomate maduro já preparado para ser jogado com os olhos esbugalhados - ótimo - sorriu novamente, abaixou a sua cabeça até que a sua boca estivesse colada no ouvido da garotinha que chorava baixinho entre os seus dedos - vá para casa, eu não quero que veja isso pequena. - em seguida a soltou a vendo correr para longe, se aproximou a passos lentos do homem conseguindo afastar ainda mais pessoas, a sua beleza era avassaladora, assim como o seu poder, por isto o temiam, nunca se deve confiar em coisas belas que são encontradas na natureza, principalmente quando essa coisa era uma pessoa - qual o seu problema? Quer perder os braços? - ele se manteve quieto - eu te fiz uma pergunta. 

Sorcerer Onde histórias criam vida. Descubra agora