step one.

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- o que você está fazendo? - o ruivo perguntou ao encontrar o moreno no salão mandando as criadas espalharem as mesas.

- organizando as coisas do nosso casamento - simplificou sem esboçar reação, parecia ter apenas aceitado tudo aquilo.

- já está tão apressado assim?

- quanto mais rápido nos casarmos mais rápido o meu pai será operado então sim, estou bem apressado.

- entendi, mas a cirurgia dele não tem exatamente haver com o tempo que iremos nos casar, tem mais haver com o desenvolvimento do tumor dele.

- mesmo assim, ao menos eu ocupo a minha mente assim.

- entendi.

- quer opinar em alguma coisa? Ainda falta escolher as flores, roupas, cor, formato, tamanho e sabor do bolo, o banquete após a cerimônia..

- não tudo bem, você pode ficar encarregado dessa parte isso não me interessa muito.

- entendi - Tobio respirou fundo apertando levemente as têmporas, parecia sentir dor.

Esse ato não passou despercebido pelos olhos castanhos.

- mas e então? O que veio fazer aqui? Não é de me encontrar sem ter uma justificativa útil.

- vim avisar que voltarei para o vilarejo - Tobio teve que o encarar surpreso - e não, eu não desisti do casamento - literalmente esmagou toda a mínima esperança que ele aparentou sentir de fugir da cerimônia - já estou aqui a uma semana sem contato com a minha família, iremos nos encontrar no meio do caminho, seu pai já deu a permissão que precisávamos para que eles vinhessem.

- tudo bem, vou mandar alguns guardas com você, para poderem ajudar com a mudança.

- não, eu viajarei sozinho, volto na tarde de amanhã - avisou antes de se virar de costas na pretensão de sair.

- pretende sair a está hora? Mas já irá escurecer meu noivo, é perigoso lá fora - Tobio segurou seu pulso, os olhos azuis transmitiam a preocupação.

- é mais perigoso aqui dentro, com licença - se soltou de suas mãos e saiu pela porta sem mais justificativas.

- e aí vocês podem encontrar lobos, cobras, sucuris, unicórnios, você sabe que unicórnios são perigosos não sabe? - teve que conter um riso ao ver o irmão escorado na parede já tendo um tique nervoso no olho enquanto uma veia saltava em sua testa, Kuroo estava ao lado dele contando nos próprios dedos e falando sobre várias teorias.

- tá - o loiro gritou já estressado - você pode vir conosco desde que se mantenha em silêncio absoluto - ainda falava em voz alta, Kuroo estava radiante, até diria algo mas apenas balançou a cabeça em concordância saindo praticamente saltitante pelos campos.

- temos que admitir, ele é bem persistente.

- ele é irritante - respirou fundo alisando os próprios cabelos com as mãos, não demorou para Kuroo voltar trazendo três cavalos negros junto dele - eu estou com sede - kuroo tinha uma bolsa grande atravessando seu corpo, retirou de lá uma garrafa de vidro a oferecendo a Kenma com alegria - sede de álcool - o moreno murchou um pouco antes de guardar aquela garrafa e puxar outra, desta vez era vinho - mas o que?

- admita irmãozinho, ele é esforçado - passou por eles bagunçando o cabelo de Kuroo e tomando as rédeas de um dos cavalos de sua mão - beba e vamos logo, eles já estão no caminho.

- me dá - finalmente pegou a garrafa da mão do maior, arrancou a rolha com os próprios dentes a cuspindo no chão antes de virar o líquido no próprio gargalo. - vamos - foi o primeiro a tomar a dianteira - agora que você veio com a gente - começou quando os outros dois o alcançaram, cavalgavam com calma, nem corriam mas também não eram lentos, iam na velocidade o suficiente para que os animais não ficassem cansados muito rápido. - vai ficar até o fim.

Novamente Kuroo balançou a cabeça sorrindo e concordando.

Kenma pensou ligeiramente em acariciar a cabeça dele e o chamar de "bom garoto" ele era como um cachorrinho ao seu lado.

Não podia negar que ele estava se esforçando para ficar por perto, levava o seu café da manhã todos os dias em seu quarto, havia o mostrado todos os cantos do castelo e até mesmo as possíveis rotas de fulga caso algo ocoresse, as vezes apenas o acompanhava em silêncio quando queria apenas andar por aí.

- vamos precisar de uma pequena quantidade do seu sangue.

- mas eu só tenho uma pequena quantidade de sangue - se assustou.

- deveria ter uma pequena quantidade de voz também - ele voltou a concordar em silêncio e sem sorrir dessa vez.

- não o assuste Kozume, ele pode acabar desmaiando - pontuou pelo moreno já estar até mesmo com o suor escorrendo pela testa.

- perdão nobre cavalheiro - o menor fez beicinho se aproximando e segurando a sua mão que estava em cima das rédeas, Kuroo fixou seus olhos ali sentindo seu sangue voltar a correr pelas suas veias indo parar diretamente em suas bochechas que não demoraram a ficar quentes, os dedos finos apertaram mais as suas mãos antes de as puxar com força levando seu corpo e o cavalo junto - cuidado docinho, vai acabar se machucando se prestar toda a sua atenção em mim, foque um pouquinho no caminho sim? Preciso te devolver inteiro para o seu dono.

Tirou suas mãos das dele erguendo seu queixo com um dos dedos.

Kuroo se limitou a concordar com a cabeça.

Sem sorrir.

Sem fôlego.

- bom garoto - finalmente se rendeu a acariciar os fios negros como se ele fosse realmente um cachorrinho.

Um murmúrio perdido escapou da boca bonita de Kuroo.

Não conseguiria se focar no caminho daquela forma.

- cadelinha. - Shoyo murmurou, não encheria o saco do irmão, era bom finalmente o ver tendo alguma interação que não fosse de ódio ou de amor -agressivo- pela família.





"Ele sorria
Compulsivamente,
Tentando esconder a
Guerra que carregava
Por dentro."

👑🏳️‍🌈

Olá bebês, tinha me dado uma folguinha mas resolvi voltar, minha autoestima depende de vocês (⁠ ⁠◜⁠‿⁠◝⁠ ⁠)⁠♡

É agora que a história começa.

Manas do céu, eu me esbagacei no chão, só não bati a cabeça pq o resto foi com Deus, quase que eu fui também mas passo bem, então alegria.

Sorcerer Onde histórias criam vida. Descubra agora