Eu sou o verdadeiro Izana

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Notas da autora: Olá, sou muito grata por ter pessoas lendo essa obra. Para todos uma boa leitura!

O pardo era muito inteligente, sacava tudo aos poucos, diferente da Matsuno que jurava estar em uma espécie de sonho lúcido.

O garoto que agora habitava o corpo da garota acelerava os seus passos, era difícil ser uma mulher, não havia colocado sutiã, fazia nem ideia de como usar "aquilo". A camisa preta larga não marcava tanto aquela região mamária e ele se sentia um pouco incomodado de estar dentro de uma garota, parecia invasivo demais.

Ao chegar atrasado na instituição escolar, Izana foi recebido pelo olhar severo do porteiro, que decidiu dar uma lição de moral. Com um tom repreensivo, o porteiro destaca a importância da pontualidade e responsabilidade, enfatizando os impactos negativos de chegar tarde.

- E eu lá quero saber disso, seu puto. - Izana disse cruzando seus braços.

A boca do porteiro fazia um completo "O".

- Respeite os mais velhos! - O porteiro negativava com a cabeça.

- Sai do meio, corno. - O Kurokawa disse praticamente passando por cima do trabalhador, que por sua vez parecia desapontado.

- Esses jovens, deve está num dia ruim, eu que não vou me envolver. - O senhor murmurou baixo sentando na sua cadeira de plástico branca cobrindo o seu rosto com um boné, iria cochilar um pouco.

Na sala de aula "B", os alunos aguardavam a chegada do professor que aparentava está atrasado. Risos e conversas animadas preenchiam o espaço, criando uma atmosfera de baderna. Os olhares curiosos e sorrisos trocados revelam a camaradagem entre os colegas, enquanto todos compartilham a ansiedade comum pela aula que está por vir. A sala, ainda sem a presença do professor, torna-se um palco de interações dinâmicas, onde a energia vibrante dos alunos preenche o ambiente com uma sensação efervescente de juventude, enquanto os delinquentes Kakucho, Ran e Rindou bocejavam sentindo preguiça.

S/n estava congelada, era um sonho tão realista, com uns garotos tão lindos.

Com passos pesados e rápidos, o pardo caminhava determinado em direção à sala de aula "B". Cada pisada ressoava no corredor vazio, ecoando uma urgência evidente em sua jornada. Seu semblante era frio, agora refletia uma concentração intensa. O ruído constante de seus passos se misturavam com a quietude ao redor. Estava movido por uma mistura de impaciência e propósito, ansioso para encontrar com o Hitto, ele esperava o convencer de alguma forma mesmo que parecesse um louco.

O Kurowaka entrou na sala chamando a atenção de todos, especialmente dos delinquentes. Seu corpo revelava vestígios de suor, indicando o resultado da pressa que teve. Os olhares curiosos e intrigados dos colegas de classe, especialmente dos delinquentes, fixam-se "nela" enquanto atravessa o ambiente. Em um momento significativo, os olhos de Izana encontram-se com o corpo dele, criando uma troca de olhares intensa e momentânea que parece transcender a mera casualidade.

- Você! - Disseram S/n e Izana em coro, o Kurokawa olhava para o seu corpo que estava sentado de perna cruzada, bem hello kitty, e a Matsuno analisava as roupas de seu corpo junto da posição momentânea.

Ambos enrugaram as testas.

- O que tem vocês? - Ran disse curioso com a situação fazendo uma carinha safada.

- Não é da sua conta, idiota. - Rosnou Izana no corpo de S/n, o que trouxe intriga porque foi como se uma garota estivesse peitando um rei celestial, o irmão Haitani mais velho enrolou seu dedo em uma de suas trancinhas.

- Calma, gracinha. - Debochou tentando ignorar a situação.

S/n não sabia o que fazer, seu corpo estava em pé na sua frente, esse sonho estava cada vez mais transtornado.

Izana respirou fundo perdendo toda a paciência que não tinha, ele avançou na Matsuno segurando a gola de sua camisa branca.

- Quem é você? - O rosto de Izana estava tão próximo do de S/n que ambos puderam sentir a respiração alheia.

Kakucho avançou rápido, precisava apartar.

- Você é uma pessoa morta. - Ran disse erguendo o seu dedo indicador e levando ao seu pescoço, fazendo um gesto de que alguém estava prestes a morrer.

- Garota se ponha no seu lugar. - Kakucho disse com dificuldade de arrancar "a garota" que estava com as mãos na gola "do garoto".

- Porra, me solta, eu tenho coisas acertar. - Izana grunhia com uma voz estridente.

S/n era constantemente balançada não fazia a mínima ideia de quem estava controlando o seu corpo e do que estava acontecendo.

- Esse sonho é muito esquisito, gostaria de acordar logo. - A Matsuno ao pronunciar essas palavras chamou a atenção de Kakucho e Izana que pararam o que estavam fazendo.

- Sonho? Eu acho que isso não é um sonho, Izana. - Hitto disse coçando a bochecha e soltando a suposta garota.

- Eu que sou o Izana. - A boca do corpo de S/n se mexia, Kakucho negou com a cabeça, mas a Matsuno que estava no corpo do Izana pareceu compreender.

- Olha, melhor você dar o fora daqui antes que o Izana perca a paciência. - Kakucho repreendia.

- Se você está aí... e eu estou aqui... - S/n sussurrava baixo e de forma confusa, com uma voz grave.

- ENTENDI, PORRA! - Berrou Izana com aquela voz afeminada. - S/n? É você que está aí né? Isso foi um plano seu? -mais uma vez o pardo foi pra cima de seu corpo fazendo com que eles se encarassem nos olhos.

- Porra Izana, tu namora? - Ran disse tentando entender o que acontecia.

- Saí de cima de mim. - S/n pediu desviando o olhar. - É só um sonho idiota, eu vou acordar logo.

Kakucho pegou nos braços do corpo de S/n, cruzou por trás e a prendeu, não dando nenhuma chance de que pudesse se soltar, ou ir pra cima de "Izana".

- Não é sonho, não é sonho, caralho. - O pardo falava enquanto era arrastado contra a sua vontade para fora da sala.

- Deixa nosso rei em paz, garota. - Murmurou o heterocromático misericordioso.

- Kakucho é tão difícil assim reconhecer o seu rei? - O Kurokawa perguntou com um nó na garganta. - Porra, sou eu.

- Eu nem te conheço, se enxerga. - Eles estavam no corredor, Kakucho soltou os braços da garota que agora haviam marcas de mãos em seus pulsos.

- Me conhece sim, eu preciso da sua ajuda. Eu não sei o que aconteceu, eu tenho um priquito. - Izana parecia cada vez mais sujar a boca de S/n.

- Certamente o que for, não vai dar porque não temos intimidade garota. - Hitto tentava dialogar.

Num momento de intensidade, Izana que agora era uma mulher pisa propositalmente no pé de Kakucho, fazendo-o se curvar para frente. Com um movimento ágil, ele puxa a gola da roupa de Hitto, forçando-o a se curvar mais ainda. O semblante do Kurowaka que era uma menina revelava uma estranha expressão de autoridade, e ele rosna diretamente no rosto de Kakucho: "Você é o meu servo, porra." O silêncio tenso que se segue é permeado pela tensão entre os dois personagens, destacando a dinâmica complexa e desafiadora que se desenvolveu entre eles. Hitto rapidamente empurrou aquele corpo pra longe.

- Eu não bato em mulheres, suma logo da minha visão. - o heterocromático sugeriu.

- Sai da minha frente, Kakucho. Eu tenho coisas a tratar, se não vai acreditar em mim, terei que resolver tudo com aquela garotinha estúpida. - Izana disse tentando voltar para a sala.

- Quem você chamou de garotinha estúpida? - Uma voz rouca ecoou pelo local, era S/n no corpo de Izana.

Notas finais: Não se esqueçam de votar, a opinião de vocês é muito importante para mim, estão gostando?

A saga dos corpos trocados - Imagine Izana Kurokawa Onde histórias criam vida. Descubra agora