A saga continua

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Após S/n e Baji conversarem, quase concluíram alguns fatos importantes, ninguém, mas ninguém mesmo havia um post sério sobre troca de corpo, entretanto após mergulharem até o mais fundo na Internet, acharam uma página antiga, mas muito antiga sobre a bíblia dos deuses da mitologia.

Um parágrafo chamou a atenção de ambos.

- "No silêncio da noite, num bréu assombroso, um ser aparece das sombras com um sorriso macabro nos lábios e amaldiçoa a vida de 2 jovens problemáticas de diferentes vigas, fazendo com que seus caminhos cruzem e jamais se separem. - S/n leu com a voz de rouca do Kurokawa. - Aqueles que não acreditam nessas palavras jamais serão perdoados." - Assim que piscaram os olhos, o monitor do celular tremeu ficando fora do ar e de repente a página havia sumido.

- Sinistro. - Baji falou com perplexidade no ar.

- E agora? Eu nem acredito em deuses mitologic- A voz de Izana foi interrompida por um trovão.

Ambos se encararam sem reação.

- Pelo o que eu entendi, é permanente. - Keisuke falou com serenidade se sentindo um pouco desconfortável por sua amiga ser um homem! E não qualquer HOMEM, era IZANA KUROKAWA! O líder da Tenjiku, encrenqueiro perverso. Envolvido teoricamente na morte de Emma, e no afastamento dos integrantes da família Sano, Shinichiro nem mesmo olhava na cara do Kurokawa depois do conflito de sua família. Mas o que todo mundo acreditava, estava errado. Izana não era culpado. Mas isso é história para outro momento.

S/n tampou os seus olhos começando a chorar.

- Isso não é justo! Não é. - Disse com a voz embarcada.

- Hm, vamos dar um jeito, ok? - Respondeu o moreno mantendo uma certa distância.

- Você não entende o quão confusa e em conflito estou... e se eu esquecer quem eu sou? - Comentou a garota entre soluços.

- S/n, para. Você não é assim! - O garoto se aproximou dando tapinhas em sua cabeça.

No mesmo dia, a Matsuno se lembrou de alimentar o peixe beta de Izana. Mesmo depressiva, convidou Keisuke para dormir "na sua casa". Ele rejeitou, porque daria muito errado ser visto na casa do líder da Tenjiku.

Quebra de tempo*

Mais um dia de aula, sem muita alegria ou motivação da parte dos dois participantes da saga dos corpos trocados, eles precisavam trabalhar em conjunto, mas isso estava tão longe e perto de acontecer.

Eram tão diferentes como macarrão e feijão.

Izana no corpo de S/n a deixando totalmente desgrenhada. S/n no corpo de Izana, colocando gel no cabelo e ficando arrumado até demais.

O Kurokawa no dia anterior, teve a brilhante ideia de trocarem os celulares para que cada um ficasse com o seu, mas não conseguiu colocar em prática porque houve diversos acontecimentos que influenciaram na separação.

Uma verdade tinha que ser dita, Izana odiava cuidar daquele cabelão esverdeado, que parecia desbotar cada dia que se passava. No caminho pela escola, ele até pensou em cortar para melhoria da sua vida.

Assim que S/n chegou na sala "B", foi cumprimentada por um garoto de mullet. Shion Madarame, logo na entrada.

- Ô, chefinho. Que namorada gostosa cê têm! - Shion disse fazendo um okay com as mãos. - Ela é muito divertida, passou o dia com nois, enquanto o chefinho tinha sumido.

- É, até mudei de ideia sobre ela. Agora tenho certeza que é louca. - Ran disse em voz alta, aqueles caras não se importavam de serem vistos ou escutados.

- Invés, de cobra louca. Estávamos pensando em chama-la de Astute Snake. - Rindou disse um termo inglês que significava serpente astuta.

S/n estranhou aquela situação, como mudaram de ideia tão rápido? Izana no seu corpo fazia milagres? Como se deu bem com esse bando de brutamontes sendo mulher? Provavelmente seria porque ela era a suposta namorada do líder e todos respeitavam por isso, mas a Matsuno não compreendia bem a hierarquia dos delinquentes.

Kakucho que estava ali na última banca, perto dos irmãos Haitani, não disse um "a". Sentindo uma mágoa precisa em seu coração, Izana foi tão grosso. Geralmente é rude, e é normal, mas nunca pediu um espaço na amizade deles, ele particularmente não estava gostando da sua nova versão, nem mesmo falava mais dos seus planos contra a Toman! Não respondia mensagens, não buscava o mínimo de interação. Ele tinha motivos para permanecer quieto.

Quando a Matsuno levou os olhos para o Hitto, sentiu os pensamentos ficarem mais pesados, ela foi tão grossa, devia pedir desculpas. Mas aí que estava o erro da questão.

Quem disse que o Kuro pede desculpas?

Mas S/n apertou seus punhos, se aconchegando nas últimas bancas próxima do heterocromático que parecia ressoar uma áurea de extrema chateação.

- Kaku...cho. - S/n o chamou, e o garoto encarou. - Me desculpa por ontem. - Ao pronunciar essas palavras em bom tom, todos que participavam do ciclo de amizade de Izana, encararam o mesmo pronunciando um pedido de desculpas.

O sorriso inevitável do Hitto, foi visto. Seu amigo estava esquisito, talvez fosse um método de amadurecimento interno.

- Você disse o quê? - o garoto de olhos diferentes questionou com uma pontada de alegria saindo do peito.

- Pedi desculpas porque fui idiota. - Indagou S/n, rapidamente Kakucho colocou sua mão sobre a testa do seu colega.

- Tá doente, porra!? - Hitto disse percebendo que "seu amigo" não tinha febre. - Não precisa pedir desculpas, cara. Eu não deveria te seguir sem permissão.

A conversa foi cortada por muitos murmúrios e uma presença forte chegou naquela sala.

Era Izana preso no corpo feminino, ele se aconchegou no fundão.

- Cheguei, caralho. - Ele disse jogando a bolsa em uma das bancas.

- Sua sala não é aqui. - S/n reclamou olhando para o seu corpo desgrenhado.

- Quer espaço porque amor? Logo agora que estava pensando em te dar meu celular! Assim você poderia verificar tudinho. - Izana disse cínico mexendo o celular pra lá e pra cá. Os olhos da Matsuno brilharam, se ela tivesse seu celular de volta, ela poderia conversar com algumas pessoas conhecidas. - Podemos trocar nossos celulares, porque somos um casal simplesmente inseparáveis? Então poderia me dá a porra do me... seu celular? - Tão cínico e com um sorriso falso.

Logo a garota entendeu, até queria trocar os celulares, mas odiava aquela personalidade e sem contar que ele tinha a beijado a força.

- Não quero, obrigada. Confio em você, docinho. - Ela disse de pé, puxando seu corpo pela cintura e fazendo-o a encarar, querendo o contrariar.

O olhar confuso pairou sobre S/n e ela sorriu um pouco, se sentindo atentada.

Notas finais - Obrigada pela interação, pelos comentários e pelo carinho. Obrigada, apenas agradecimentos!

Me desculpem por qualquer erro! Até a próxima!

A saga dos corpos trocados - Imagine Izana Kurokawa Onde histórias criam vida. Descubra agora