- Capítulo 2 - Lennon. -

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A notícia de um atentado num castelo Holandês havia se espalhado, ela rodou por todos programas jornalísticos, rádios locais, e pelo próprio papel, todos sabiam que naquele dia 28 de outubro de 2022 uma garota havia sido assassinada lá.

No dia seguinte na parte da manhã a polícia estava no local analisando, várias tropas foram mobilizadas na frente do castelo para evitar penetras e os repórteres, fora chamado o melhor detetive disponível que eles tinham, seu nome era Lennon, o homem era velho na polícia então experiência não faltava, ele tinha uma barba cheia pelo rosto, seus cabelos ruivos eram chamativos graças aos cachos e seu tamanho enorme, usava um clássico sobretudo marrom, botas de cano alto pretas, sua calça num tom parecido com o de seus calçados só que mais clara, portava uma arma e seus ótimos 1,75. Ele passou por todos os repórteres e pelas faixas da investigação, ele tinha um semblante sério que era escondido por seus óculos escuros pretos, nada no seu campo de visão o chamava atenção, focava apenas na fumaça que soltava de seu cigarro até chegar na enorme porta do local e a abrir entrando lá.

Notou mais policiais da sua equipe por ali, caminhou até eles jogando o cigarro no chão e o apagando com a sola da bota. De frente para os policiais o ruivo tirou os óculos e olhou o corpo coberto por sangue que se espalhava pelo chão e pelas paredes, suspirou fundo e visou os seus companheiros novamente.

— Então isso é o que temos?

Prontamente um dos dois policiais respondeu — Bom, achamos a garota... ou o que sobrou dela por aqui, a denúncia veio de uma funcionária, parece que o ocorrido deu-se na parte da noite.

— E não tinha ninguém no castelo? —Perguntou o detetive.

O outro policial que terminou de cercar o corpo chegou perto dos dois interrompendo a conversa. — Senhor Lennon. — Fez uma pequena reverência e esperou Lennon o dar permissão para falar, que lhe foi concedida de imediato.

— A família dona do castelo estava numa viagem e estavam com previsão para voltar hoje à tarde, já os outros serviçais estavam na sua própria estalagem que fica a alguns metros daqui.

— Algum sinal de invasão? alguma janela ou porta arrombada?

— Negativo senhor, não achamos nada assim ainda, mas estamos na busca.

— Entendo... Então a família dona do lugar já sabe do que aconteceu? — Lennon colocou a mão no queixo o encarando.

— Já os alertamos e pedimos para que ficassem em outro local por um tempo, isso até investigarmos o local todo e retirar o corpo, se queixaram mas aceitaram logo depois. — O segundo policial respondeu enquanto voltava a cercar a área.

— Isso vai ser mais um daqueles casos. — Lennon se abaixou e observou a figura desfigurada ali, tocou com suas luvas no que havia sobrado da garota, com certeza era uma garota bonita, que pena... o detetive não mudou o semblante, parecia já ter visto várias ocorrências assim, o olhar dele, era o olhar de alguém que havia perdido tudo afinal.

Lennon saiu caminhando analisando o rastro de sangue, juntamente de como havia sido desfigurado o crânio da menina, os policiais pareciam enojados por nunca terem trabalhado com casos tão grotescos. O ruivo encarava de olhos cerrados as evidências enquanto seguia aquele caminho de líquido, indo até ele e parando, dando um giro em volta para se certificar de ver tudo.

— Interessante não é mesmo? — Ele pareceu sorrir por um momento e voltou para o salão rumando outro lugar.

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