- Capítulo 9 - Compromisso -

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- De volta para o futuro.

Lennon girou a pistola e a guardou de volta no coldre da arma rindo, Vander o acompanhou na risada.

— E eu achando que ia ser preso. — O moreno comentou.

— Só quando você não me pagar. — O ruivo ajeitou seus óculos escuros o olhando.

— O seu dinheiro já foi pago pelo caso.

— É eu sei disso, mas então, vim aqui porque um informante me disse que precisava de outro serviço.

Vander suspirou e voltou seu olhar para a cidade, ele detinha um olhar de superioridade, principalmente quando direcionou o visar ao castelo.

—  Preciso que se livre do mordomo.

-Um breve flashback de um dia após o assassinato.

- Na visão de Olivier.

Acordei às 5:00 horas da manhã para me arrumar para ir ao castelo, eu sei que vocês podem estar estranhando o fato que eu não moro na estalagem dos funcionários junto com todos, e não é questão que fui proibido ou não tenho tal direito. O que acontece é que desde pequeno eu sempre fui o mais independente que pude, então eu tenho meu próprio apartamento na zona sul da cidade, é meio longe mas dá pra chegar lá, e eu comprei um carro já vai fazer um ano e foi com muito trabalho, fora que dirigir virou uma paixão minha.

Com coragem levantei para me arrumar, um banho rápido numa água quente o suficiente pra queimar alguém, saí do box me sentindo numa sauna e fui para o quarto me vestir. Me arrumei como todos os dias com meu clássico terno, depois tive mais uns minutos no banheiro usando meu gel para pentear meu cabelo o deixando todo para trás. Enfim, terminado minhas preparações peguei minha bolsa e fui para o carro, entrando no mesmo liguei o rádio, conectei meu celular e coloquei minha playlist diária que já começou com House of the Rising Sun do The Animals e assim fui dirigindo para o castelo.

Cheguei na propriedade Rooseboom ao som de The Final Countdown da banda Europe, saí do carro e fui caminhando para a mansão, senti uma brisa fria no ar daquele horário e entrei, o pouco sol da manhã estava entrando na enorme construção e eu ia aos poucos abrindo as cortinas de todas janelas possíveis, não era um trabalho meu, mas eu fazia mesmo assim. Já havia feito isso por vários salões até que cheguei no corredor que dava no salão Oeste, percebi inúmeras marcas de um líquido vermelho no chão então corri e vi uma cena aterrorizante, um cadáver de uma garota com seu rosto desfigurado e bastante sangue, eu paralizei com aquilo, então pude sentir uma presença chegar atrás de mim.

— Olivier.

Eu engoli em seco e me virei tremendo vendo o Sr.Rooseboom ali.

— S-senhor p-porque t-tem um ca-cadavér ali...? — Eu não parava de tremer nem de gaguejar.

Por um momento uma sombra pairou nos olhos de Vander não me deixando os ver, e calmamente o enorme homem colocou a mão dele no meu ombro e a apertou com força. — Você não viu cadáver nenhum aqui Olivier.

— M-mas s-senhor... o senhor o achou? Ou o senhor-

— JÁ BASTA OLIVIER.

Nunca tinha visto o Rooseboom tão bravo, eu engoli em seco e fiquei calado apenas o olhando.

— Ótimo, eu prefiro assim. Vou repetir, você não viu cadáver algum aqui, e não fui eu quem matei ela.... eu a achei afinal, e vou lhe avisar, deixe isso para que outra pessoa ache e chame a polícia, se não você não vai perder só seu emprego.

Ele soltou meu ombro que ficou dolorido pela força exercida, Vander saiu caminhando e sumiu pelo castelo, eu fiquei parado com a respiração pesada e minha mão no peito observando aquele corpo decrépito.

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