- Capítulo 11 - Matteo. -

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- Segundo Ato. -

Dois dias desde o último capítulo se passaram.

Uma equipe da Polícia italiana se posicionava indo junto da moça, ela caminhava rápido fazendo o barulho de suas botas ecoarem pelos corredores da delegacia. Um cadente caminhava ao lado dela com uma prancheta.

— Delegada Vitale... — Ele se aproximava da mulher.

— Kyara, Vitale é só em situações formais

— Ah sim, delegada Kyara, vamos mesmo mandar tantos de nossos atrás de uma suspeita "dele"?

— Você é novo aqui né? Qualquer suspeita dele temos de ir atrás, ele se esconde bem e sempre muda de identidade, além do fato que todo estrago que ele faz é sempre irreversível.

— Se você diz tudo bem... mas eu ainda acho que

Rapidamente Kyara o interrompeu. —Você é pago pra me ouvir e não achar nada novato, mobilize o esquadrão que te pedi.

— Certo...

A mulher saiu da delegacia e entrou em seu carro, uma clássica Ferrari vermelha ligando o veículo e saindo dali.

O cadente dava as ordens como havia sido ordenado, vários policiais prontamente se arrumavam e pegavam vários equipamentos. Todos inclusive a delegada tinham um único objetivo, Holanda.

-De volta pra Holanda-

Um palco havia sido montado no centro da cidade em frente à prefeitura, repórteres, figuras importantes e principalmente os curiosos cercavam o lugar. Era especulado que seria um pronunciamento do prefeito, mas não tinham certeza de nada, até o mesmo aparecer no palco, um homem de estatura média com cabelos grisalhos e um cavanhaque bem feito, ele ficou de frente para o público e se apoiou no palanque com os microfones.

— Senhoras e senhores, o pronunciamento de hoje não é meu, mas sim do nosso detetive e cara da cidade, Lennon.

Todos aplaudiram realmente como se o ruivo fosse muito amado, parecia um astro do rock entrando no palco. O prefeito abriu espaço e o querido policial se posicionou no lugar que o outro estava antes.

— Boa tarde, queridos cidadãos de Bitterballen!

(Nota:- Bitterballen é um petisco Holandês, pode ser equivalente a coxinha brasileira, é uma bolinha de massa com recheios variados que é servida com mostarda.)

— Como muitos devem imaginar sim, estou aqui para falar sobre o assassinato de Beatrix Beckker.

A multidão se intensificou e começou a discutir com vários repórteres se exaltando e perguntando a esmo.

‐ Descobriu quem a matou?
- O que será feito sobre?
- Foi na propriedade dos Rooseboom, o que eles farão?

Calmamente Lennon pegou um cigarro e o acendeu, causando confusão em todos da plateia por não entenderem tal ação.

— Não descobri quem a matou e por falta de provas o caso será fechado.

A mídia em choque tirou várias fotos e todos gravaram toda a cena.

— Mas não pensem que eu vou descansar, um claro psicopata assim jamais conseguiria se esconder, ele irá aparecer, mas eu digo para se precaverem quanto a qualquer desconhecido.

Aqueles que estavam assistindo entraram num efeito manada, um deles aplaudiu e todos fizeram o mesmo, tendo assovios e gritos no nome do detetive que se retirava do palco.

Ele parou do lado do prefeito que estava atrás do palco.

— Você fez bem, mais uma vez que seus podres não vazam.

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