𝟑° 𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎

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𝐒𝐀𝐑𝐀𝐇 𝐀𝐆𝐔𝐀𝐑𝐃𝐀𝐕𝐀 𝐂𝐎𝐌 𝐎𝐒 demais a saída de Polignac e sua esposa do apartamento, para então instalarem as câmeras. Assim que o casal deixou o local, Roi e Sarah dirigiram-se ao edifício em frente à sua hospedagem. Ambos portavam fones de ouvido imperceptíveis, silenciosamente, trocavam olhares enquanto cruzavam a rua, sem proferir uma única palavra.

── Vocês estão muito duros, vocês são um casal que tão indo para uma festa na casa de um amigo, não para um funeral — Através dos fones, Roi e Sarah escutaram Damian. O jovem agiu decididamente, atraindo Sarah para junto de si e colocando sua mão na cintura dela.

Roi encostou Sarah delicadamente na porta do edifício, simulando um instante romântico para permitir que ele abrisse a porta. Contudo, Sarah aproveitava a situação para provocar sutilmente o rapaz.

── Você tá muito em cima de mim, a minha mão não tá alcançado — Roi apontou, percebendo que Sarah estava habilmente aproveitando a situação para ficar próxima dele.

── Seu perfume é muito bom, sabia? — Sarah provocou-o. Ao perceber a aproximação de duas pessoas, ela aproveitou para dar um beijo no canto da boca do rapaz e o atraiu para mais perto, colando seus corpos completamente.  

── Que porra é essa? O Berlim ta — Roi começou a falar, mas Sarah interrompeu-o ao colocar a mão sobre sua boca, silenciando-o.

── Apenas abre essa porta logo — Sarah afirmou, estava se divertindo, mas desejava encerrar rapidamente, pois reconhecia que tudo não passava de uma encenação.

Berlim observava atentamente através do telescópio, ouvindo cada palavra que trocavam. Suas mãos cerradas denotavam a contenção da raiva, ciente de que aquelas provocações eram apenas o início das investidas prolongadas de Sarah. Detestava ser comandada e via na situação uma forma de punir seu padrinho por intrometer-se em sua vida amorosa.

── Porta aberta — Roi disse após conseguir abrir a porta, ele se afastou rapidamente de Sarah que deu um sorrisinho de lado percebendo que não seria nada fácil conquistar ele.

Keila e Cameron rapidamente se uniram ao “casal”, fingindo ser amigos indo a uma festa na casa de um amigo. Cumprimentaram uma senhora antes de subirem até o andar onde ficava o quarto de Polignac.

O grupo adentrou o apartamento e iniciou os preparativos para posicionar as câmeras discretas. Um cachorro surgiu, e Sarah prontamente envolveu-se em brincadeiras com o animal. Ela não apreciava as partes monótonas do plano, seu desejo era por ação e aventura, não passar o tempo espionando alguém.

── Você tem cachorro? — Roi iniciou uma conversa com Sarah enquanto instalava a câmera na pequena árvore. A garota o encarou, sem interromper as brincadeiras com o animal.

── Eu tinha um quando era criança, mas ele sumiu e depois nunca mais quis adotar outro — Sarah contou, ela possuía um grande amor pelos animais.

── Depois que esse roubo terminar você pode adotar um — Roi sugeriu terminando de instalar a câmera.

── É — Sarah concordou, não era uma má ideia.

Sarah ergueu-se do chão onde brincava com o cachorro e dedicou-se à sua tarefa, substituindo a lâmpada normal colocando a com câmera no lugar.

── As doze estão ativas, todo mundo pra fora — Ordenou Damian.

O grupo dirigiu-se à porta quando subitamente ouviram o som de chaves e perceberam que ela estava prestes a ser aberta.

── Se esconde — Sarah comunicou a Keila e apressou-se ao lado de Roi em direção ao quarto.

𝐂𝐑𝐈𝐌𝐈𝐍𝐀𝐋𝐒Onde histórias criam vida. Descubra agora