𝟒° 𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎

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𝐀𝐏𝐎𝐒 𝐈𝐍𝐔𝐌𝐄𝐑𝐀𝐒 𝐍𝐎𝐈𝐓𝐄𝐒 assombradas por pesadelos, Sarah finalmente desfrutou de uma noite tranquila, livre de sonhos perturbadores ou lembranças dolorosas da morte de sua mãe. Isso sugeria uma melhoria, com sua mente encontrando serenidade.

Ao ser despertada por batidas persistentes na porta do seu quarto, Sarah murmurou alguns xingamentos e dirigiu-se à porta para abri-la, encontrando seu padrinho parado do outro lado.

── Eu espero que você tenha um ótimo motivo para ter me acordado — Com um olhar sério, Sarah dirigiu-se ao mais velho.

── Preciso da sua ajuda mais uma vez — Berlim afirmou, e Sarah cruzou os braços, arqueando as sobrancelhas.

── Quando você não precisa da minha ajuda? — Sarah inquiriu, seu descontentamento evidente em sua expressão facial.

── O que eu faço pra conquistar uma mulher? Você é mulher então deve saber algo sobre — Berlim afirmou, e Sarah mais uma vez arqueou as sobrancelhas.

── É sério que você me acordou pra isso? — Sarah questionou com indignação.

── Vai Sarah, só mais esse favor e não peço mais nada — Berlim afirmou, e Sarah soltou um suspiro.

── Sei lá, pega alguma coisa que ela gosta e finge estar interessado naquilo, vá com ela aos lugares que ela gosta e se mostre interessado mesmo que não esteja — Sarah comentou mesmo não sabendo muito sobre aquilo.

── Se arruma em dez minutos, vamos ir a um lugar — Berlim avisou.

── Nem pensar, eu vou voltar a dormir — Sarah disse.

── O Roi também vai — As palavras de Berlim despertaram o interesse de Sarah.

── Fico pronta em cinco minutos — Sarah fechou a porta na cara de seu padrinho, correu para o banheiro para um banho rápido e eliminar a sonolência. Escovou os dentes, aplicou uma maquiagem leve, pegou a primeira roupa que viu e foi encontrar seu padrinho.

Sarah se deparou com seu padrinho e Roi, a ausência dos óculos no garoto a intrigou. Juntos, adentraram o carro, dirigindo-se a um bar. Enquanto observavam, Sarah se indagava sobre as intenções de seu padrinho.

── A gente tá esperando o que exatamente? — Roi perguntou.

── Se já viu alguma vez uma mulher no metrô ou no trem e ficou com vontade de saber mais sobre ela? — Berlim dirigiu a pergunta para Roi.

── Claro — Roi respondeu, e houve um breve olhar entre ele e Sarah, enquanto Berlim mantinha seu foco na entrada do bar.

── Foi isso que me aconteceu ontem a noite, exatamente nesse bar — Berlim contou. ── Quero esperar ela voltar e estabelecer uma conversa, dois minutos, dois minutos e pronto.

── Dois minutos não, melhor uma horinha, um café e se conhecer — Roi disse.

── Exatamente esse o segredo, dois minutos — Berlim disse. ── Quando tá fascinado por alguém, se fica obcecado e quando você fica obcecado se fica fudido, você fica vulnerável, você passa a ser só mais um nesse mar de babões mentecaptos que ficam rondando em volta dela pra fazer ela rir e mendigar um encontro, por isso tem que fazer o contrário.

── E como é fazer o contrário? — Roi perguntou.

── Seguir uma estratégia militar, você avança, ataca e foge — As palavras do seu padrinho fizeram com que Sarah arqueasse as sobrancelhas.── Você fica perto dela, tem uma conversa rápida e logo bate em retirada. Você deixa ela espantada quando você é o primeiro homem seguramente em anos que não tá pensando em fazer amor com ela.

── Inteligente essa tática — Roi concordou com Berlim.

── Se fizerem isso comigo eu vou pro próximo, o que não falta para uma mulher é opção — Sarah comunicou aos dois, que trocaram olhares

Berlim desembarcou do carro assim que avistou a mulher que aguardava. Ele instruiu Roi a entrar em dois minutos e representar o papel de um amigo que não o via há tempos. Sarah optou por permanecer no carro, desinteressada na situação.

── Eu não sei porque o Berlim insiste tanto em querer encontrar alguém, todas as vezes dão erradas — Sarah contou o silêncio que estava entre eles.

── Às vezes as coisas dão errado porque não é com a pessoa certa  — Roi perguntou.

Sarah deslocou-se para o banco da frente, posicionando-se ao lado de Roi. Não possuía uma opinião clara sobre o amor ou expectativas definidas, apenas temia entregar-se completamente.

── Mas e como descobrimos se é a pessoa certa? — Sarah questionou, nunca havia realmente aberto espaço para o amor, contentando-se apenas com breves envolvimentos com alguns rapazes.

── Você não acredita no amor, não é? — Roi inquiriu, fitando os olhos de Sarah, que prontamente negou.

── Eu nunca tive ninguém que me amasse, apenas caras que queriam transar e depois jogar fora — Sarah disse.

── Nem todos os caras são assim — Roi falou, enquanto Sarah o encarava.

── Tipo você — Sarah disse

── Como sabe que eu não sou assim? — Roi perguntou.

── Porque eu dou em cima de você e se você fosse assim, teria ficado comigo na primeira oportunidade — Disse Sarah, ela sentia que ele era um bom rapaz.

── Você tem razão — Disse Roi.

── Eu sempre tenho razão — Sarah disse convencida.

Um riso terno escapou de ambos enquanto seus olhares se cruzavam. Naquele breve segundo, o mundo ao redor desapareceu, e a proximidade entre seus rostos tornou-se palpável. Contudo, Roi, com um toque gentil, recuou.

── Já deu os dois minutos — Roi abriu a porta do automóvel saindo dele.

Sarah observou enquanto ele se afastava em direção ao bar. Ele foi o primeiro que não a beijou na primeira oportunidade, deixando-a perplexa quanto ao que sentia e o motivo por trás de sua atitude.

 Ele foi o primeiro que não a beijou na primeira oportunidade, deixando-a perplexa quanto ao que sentia e o motivo por trás de sua atitude

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➳Não vejo a hora deles ficarem, mas ainda tá muito cedo.

➳Eu achei que não conseguiria postar hoje, escrevi rápido então se tiver ruim é por isso.

𝐂𝐑𝐈𝐌𝐈𝐍𝐀𝐋𝐒Onde histórias criam vida. Descubra agora