𝟕° 𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎

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𝐒𝐀𝐑𝐀𝐇 𝐃𝐄𝐒𝐏𝐄𝐑𝐓𝐎𝐔, perturbada pela intensa luz que invadia seu quarto pela janela. Em um breve instante, repreendeu-se mentalmente por esquecer de fechar as cortinas na noite anterior. Seu celular emitiu um sinal, e ao abrir a mensagem de Roi, soube que Damian desejava conversar com ambos.

A jovem ergueu-se da cama para vestir-se, planejavam encontrar-se em um café nas proximidades do hotel. Ela antecipava o discurso repreensivo que aguardava pelo mais velho, e com razão

Sarah deixou o hotel e dirigiu-se ao café, o vento acariciando seu rosto com uma sensação agradável. Ela nutria um amor por Paris e desejava permanecer lá para sempre, mas conscientizava-se de que, após o roubo, precisava manter um perfil discreto para evitar ser descoberta e presa.

── Demorou em — Roi comentou após avistar Sarah, que prontamente se acomodou ao seu lado.

── Não tô com paciência para as suas provocações hoje — Sarah revirou os olhos.

── Não gostou do fora que eu te dei? — Roi fixou o olhar nela, e ela mais uma vez revirou os olhos.

── Eu posso ter qualquer homem que eu quiser e você acha mesmo que eu vou ficar incomodada porque você me deu um fora? — Sarah encarou-o, evidenciando uma mentira. O silêncio instalou-se quando Damian se sentou diante deles.

── Quando vocês pretendiam me contar? — O mais velho perguntou.

── Cara, foi Berlim que me deu essa missão — Roi disse. ── Então não tinha o porquê eu contar para você.

── Eu tentei ligar algumas vezes pra ele, mas por algum motivo ele não atende o celular — Sarah afirmou, ciente de que havia alguma conexão com a mulher daquele dia anterior.

── Primeira vez que saiu em Paris aproveitou bastante em, eu não tô falando na invasão de propriedade na casa do Polignac, tô falando do puxão no padre que você arrastou por dez metros, roubo de carro com violência em um casamento, agressão ao um presidiário, vários veículos danificados em um estacionamento — Damian dirigia suas palavras a Roi, silenciando quando a garçonete se aproximou. ── Vinte seis alarmes disparados e você tá aqui como se nada tivesse acontecido.

── Fomos nós dois, não era uma missão fácil roubar o cálice com aqueles gorilas do lado do Padre — Sarah disse, não deixaria apenas Roi levar a culpa.

── O Berlim sabe que você se machucou nisso? — Damian apontou para o pulso de Sarah que estava enfaixado. ── Se não acontecesse um milagre todos nós estaríamos agora numa prisão de segurança máxima francesa.

Damian depositou a mala sobre a mesa, revelando o cálice. Sarah e Roi trocaram olhares surpresos, indicando que talvez não tivessem falhado tanto quanto a garota imaginava.

── Como você conseguiu? — Sarah perguntou.

── O Padre me procurou ontem a meia noite com uma bengala todo corcunda dizendo que não vai ao Porto e nem a Santiago, e que a gente tava certo sobre a segurança, que uns desalmados tinham tentado roubá-lo — Damian disse deixando Sarah surpresa ── É que ele tá com lombalgia e que a gente continue com as escavações que ele vai pedir uma licença de uma semana porque ele não tem condições nem de rezar a missa.

Novamente, Sarah e Roi trocaram olhares. A garota tentava conter um sorriso por não ter arruinado totalmente o plano. Não saiu como planejaram, mas sim melhor do que podiam imaginar.

── Então agora a parte boa é que a gente tem sete dias pra fazer esse túnel —Damian disse e olhou para Roi ── E você trata de acordar o Berlim.

──Boa sorte com isso — Ao levantar-se, Sarah recebeu um olhar descontente de Roi, que sorriu. Roi se distanciou deles.

── Como você tá? — Damian perguntou a ela.

── Eu precisava disso, sempre quis fazer parte dos planos malucos do meu padrinho — Sarah disse, ela estava feliz e esquecia dos problemas quando estava com o grupo.

── Você não tem o porquê estar aqui, Sarah — Damian disse, em partes aquilo era verdade, mas ela queria estar ali.

── Mas eu quero estar aqui e se eu não estiver aqui quem vai cuidar do Berlim? — Sarah perguntou.

── Do Berlim ou do Roi? — Damian perguntou, Sarah olhou confusa para ele ── Acho que todo mundo do grupo sabe que você tá caidinha por ele, o Berlim tenta ignorar isso, mas ele sabe e no fundo quer que vocês fiquem juntos.

── Mas pra ficarmos juntos, o Roi precisa querer — Sarah falou com um tom mais baixo.

── E você acha que ele não quer? — Damian riu fraco, Sarah o olhou. ── Ele tem medo de não ser o suficiente para você, você cresceu em um mundo diferente do dele, estudou nas melhores escolas enquanto ele se envolvia em encrencas, ele tem medo de não darem certo por serem de mundos diferentes.

── Mas essa é a parte legal, eu quero fazer parte do mundo dele e não do meu mundinho sem graça — Sarah disse sincera.

── Então fala isso pra ele e mostra que vocês não são tão diferentes assim —Damian disse.

Sarah ponderou sobre a situação, indecisa entre persistir na conquista de Roi ou procurar outra pessoa, evitando perseguir alguém que não demonstra interesse por ela. Receber um "não" não estava nos seus planos, mas isso a impelia a mostrar a ele que poderiam ficar juntos. Ela desejava encarar esse desafio.

➳Quem é vivo sempre aparece e aqui estou eu

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➳Quem é vivo sempre aparece e aqui estou eu.

➳O próximo capítulo terão surtos e surtos, tô surtando antes de escrever, tomara que fique do jeito que eu tô imaginando.

➳Eu ando tão desanimada que não consigo nem escrever, mas eu prometo não desistir dessa fic nem que eu poste uns cinco capitulos por mês porque até hoje eu procuro uma fic do Roi que não seja de S/n.

➳Espero que gostem.

𝐂𝐑𝐈𝐌𝐈𝐍𝐀𝐋𝐒Onde histórias criam vida. Descubra agora