𝟔° 𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎

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𝐒𝐀𝐑𝐀𝐇 𝐌𝐎𝐍𝐓𝐎𝐔 𝐍𝐀 𝐌𝐎𝐓𝐎, e Roi subiu logo atrás, segurando-a pela cintura, provocando um arrepio que percorreu todo o corpo da garota instantaneamente.

Os cabelos de Sarah dançavam ao ritmo do vento provocado pela velocidade da moto. A sensação do vento acariciando seu corpo a fazia sentir-se livre, embora uma parte dela desejasse retornar ao passado, à sua mãe. Contudo, a outra parte compreendia que isso era parte do ciclo da vida e que ela precisava aprender a seguir em frente.

Ambos aguardavam o padre em silêncio desde que deixaram o hotel, sem trocar uma palavra a mais. Assim que avistaram o mais velho, prepararam-se para iniciar o plano. Sarah desacelerou a moto assim que viu os dois ex-presidiários..

── Fala sério — Sarah disse, estava tudo planejado para dar certo.

Aguardaram os ex-presidiários se distanciarem do mais velho. Roi prontamente autorizou Sarah a acelerar a moto. Ela passou ao lado do idoso enquanto Roi segurava a bolsa contendo o cálice, arrastando o mais velho por alguns metros.

O padre soltou a bolsa, mas Sarah sentiu um objeto grande e pesado atingi-los, fazendo com que caíssem da moto. Seu corpo doeu ao impactar o chão duro.

── Você tá bem? — Roi perguntou, exibindo profunda preocupação por Sarah.

── Pega a mala — Sarah ignorou a pergunta do rapaz e levantou-se, dirigindo-se à mala.

Um dos ex-presidiários avançava na direção de Sarah, mas Roi o atingiu com um soco no rosto, começando a correr ao lado da garota, que conseguiu agarrar a mala contendo o cálice.

Os dois ex-presidiários tomaram a moto e perseguiram o casal. Sarah sentia seu coração acelerar, pois nada daquilo fazia parte do plano, e se fossem descobertos, o roubo poderia dar errado. Ao passarem por um casamento, Sarah empurrou o motorista do carro e, após lançar a mala para Roi, pegou a chave.

Sarah olhou para trás para verificar se os dois homens estavam seguindo-os e quase colidiu com outro homem que derrubou um galão de água no para-brisa do carro. Dirigir não era o maior talento da garota, mas ela estava tentando. No entanto, acabou atingindo uma mesa e rapidamente freou o carro ao perceber que estavam diante de um funeral.

── Um funeral — Seu coração apertou ao recordar o dia em que teve que sepultar sua mãe.

── O estacionamento — Roi disse, interrompendo os pensamentos de Sarah.

Ambos voltaram seus olhares para a porta da garagem e correram para dentro, procurando um esconderijo. O coração de Sarah parecia prestes a saltar pela boca, como se fosse ter um infarto. Ela ansiava por emoção, mas não estava acostumada.

── Abaixa — Sarah arrastou Roi para trás do carro assim que avistaram a luz da moto adentrando o estacionamento.

Os dois homens começaram a procurá-los, por um momento Sarah temeu que tudo desandasse e eles fossem responsabilizados por arruinar o plano.

── Como a gente vai sair daqui sem eles escutarem a gente? — Sarah sussurrou para Roi.

── Não se alguma coisa fizer mais barulho — Roi sussurrou para a garota. ── Me encontra na vaga 123, vai por lá e faz a mesma coisa que eu.

Sarah concordou silenciosamente, depositando sua confiança nele. Afinal, eram parceiros no crime e precisavam confiar um no outro. Roi colidiu com dois carros, acionando os alarmes. Sarah sorriu e seguiu seu exemplo.

Ao passar por um carro, a garota se assustou quando Roi a chamou.

── Quer me matar do coração? — Sarah sussurrou ficando ao seu lado.

𝐂𝐑𝐈𝐌𝐈𝐍𝐀𝐋𝐒Onde histórias criam vida. Descubra agora