"É você
Que no desespero me devolve a calma
Que brinca de anjo
Pra salvar minha alma
Preenche de amor
Meu coração vazio
Eu e você
Somos fragmentos do mesmo arco-iris
Você vê o mundo pela minha iris
E eu converso e canto
Pela sua voz"
(Eddy b e Samuel)Diego~
"Você acha mesmo que ele vai te dar paz?" Thati perguntou, estávamos sentados no meio do palco no auditório, esperando a professora para começar a ensaiar as cenas.
"Eu espero, de verdade, que sim... Amaury ficou muito puto ontem, não quero que ele se enfie em alguma confusão, mas acho que pode acabar acontecendo, caso Rafael insista." A menina balançou a cabeça, concordando comigo e enfiando um punhado de salgadinho na boca, mastigando antes de voltar a falar.
"Ele é a pessoa mais amorosa do mundo, mas quando se trata de cuidar de você, é até um pouco assustador." Eu sorri, ela tinha razão, Amaury nunca foi de se importar com o que as pessoas pensam ou como agem, nem mesmo com ele, geralmente ele tinha muita calma pata lidar com situações extremas.
"Sabia que ele socou um garoto no colégio por minha causa?" Comentei, lembrando de como ele havia acertado o garoto e do caos que aquilo causou no corredor da escola.
"Tá brincando? Eu realmente não consigo imaginar..." Ela disse, rindo em seguida. "Parece que ele vive em uma constante lombra..." Eu gargalhei, jogando a cabeça para trás e quase me engasgando com o salgadinho que comia.
"Siiiimmm... É com certeza uma boa definição pra ele..." Eu sorri. "Fiquei tão puto quando ele foi pra diretoria, eu fui atrás claro, a gente fazia o que queria naquele lugar..." Sorri, relembrando de como era tão mais fácil as coisas, com menos responsabilidades... Tudo era motivo pra risadas no final.
"Eu acho bonito sabia?" Eu a olhei confuso. "Isso... Esse amor e respeito que vocês tem um pelo outro, mesmo sendo tão jovens, numa idade onde tudo passa tão rápido... Vocês tiveram sorte em encontrar um no outro constância, amor, amizade... É raro." Eu sorri, meus olhos ardendo pela vontade de chorar, emocional de mais por esses dias para ouvir coisas bonitas.
"Eu sei... Todos os dias eu penso na sorte que eu tenho, em ter ele, em ele me ter..." Sorri um pouco bobo, eu estava amando tudo aquilo, não havia como negar.
"E sua sorte tá vindo." Ela disse apontando para minhas costas com o queixo, olhei para trás, Amaury vinha sorridente, com uma sacolinha em mãos.
"Oi..." Ele disse quando se aproximou, deixando um selinho em meus lábios e um beijo na testa da Thati. "Como vocês, fofoqueirinhos, estão?" Perguntou, se sentando ao meu lado e me puxando para seu peito, Thati revirou os olhos, fingindo vômito.
"Bem... Mas o que você tem aí?" Perguntei curioso, Thati bufou.
"Ele devorou meus salgadinhos e ainda quer saber se o que tem aí é de comer..." Ela me dedurou, acusadora.
"Relaxa que o seu já chega." Amaury falou, quando vimos Cauã entrar pela porta, a mesma sacolinha em mãos, Amaury então tirou de dentro da dele um pedaço de banoffe, me fazendo gemer em aprovação, era simplesmente meu doce preferido na minha torta preferida.
"Eu já disse que te amo hoje?" Perguntei, deixando um beijo em seus lábios, no mesmo momento em que Cauã deixava um selinho na minha amiga, que sorria corada, o rapaz vindo até mim e deixando um beijo em minha bochecha.
"Oi Oi..." Ele falou.
"Eu não ganho beijinho?" Amaury perguntou, fazendo um bico grandão, Cauã bateu no mesmo com a mão e se sentou, dando o embrulho pra Thati, havia um cheescake de morango lá, o preferido da garota.
"Grosso." Foi o que o maior respondeu, fazendo todos rir.
"Ihhh gente... Olha quem chegou, com a professora." Olhamos para onde Cauã apontava, vimos Rafael, caminhando tranquilamente ao lado da mulher.
"Se esse moleque..." Amaury começou, ameaçando se levantar, mas eu o segurei.
"Amor... Calma. Ele não vai fazer nada..." Falei. Amaury me olhou confuso, parecendo um pouco magoado. "Eu não estou defendendo ele... Eu o ameacei." O maior possuía uma expressão incrédula, assim como meus amigos.
"Como assim?" Cauã perguntou.
"Ele sabe que eu posso entrar em contato com a família dele e contar sobre o segredinho que ele tanto faz questão de esconder..." Todos concordaram, Amaury beijou minha mão.
"Odeio que tenha que passar por isso." Ele concluiu e eu sorri, tentando acalmá-lo.
"Foi uma consequência de um ato meu." Finalizei, a professora batendo palmas e pedindo pra que todos prestassem atenção. Nós ficamos em silêncio, Rafael ao menos nos olhou.
"Rafael Gualandi, veio me comunicar que por motivos pessoais não fará a peça." Ela começou, eu arregalei os olhos, surpreso pela atitude do maior. "Então ele será substituído por Rafa Vitti, que formará o triângulo amoroso com Diego e Amaury." Eu suspirei, admitindo pra mim mesmo que estava preparado para trabalhar nessa peça com Rafael, mas que seria difícil, alívio tomando conta do meu corpo, Tata e Rafa não estavam ali ainda, não iriam ensaiar agora, mas aposto que adorariam a notícia. Rafael então me olhou sua expressão com um vazio gélido, me fez querer encolher, mas não fiz, apenas continuei normal, nada que viesse dele me afetava mais, ele sussurrou algo no ouvido da professora, que o abraçou. Observei o maior dar as costas e sair do auditório.
"Uma pena ele ter se mostrado assim com relacionamentos... Ele parecia legal." Foi o que Thati disse, eu dei de ombros.
"As vezes pessoas machucadas machucam, espero que ele entenda isso e encontre o amor um dia." Falei, encerrando aquele assunto de vez.
♧
"Eu devo fingir que você não está me escondendo algo?" Perguntei, tirando a maquiagem que estava em meu rosto, Lana, a drag da parada havia me encontrado no Instagram e perguntou se eu tinha interesse para uma festa, eu super concordei, chegando lá conheci pessoas incríveis, como uma garota chamada Lari e um rapaz chamado Bruno, também teve Lennon, que ficou super empolgado ao me ouvir cantar, perguntando se eu tinha interesse em fazer alguns shows e performances, obviamente fiquei de me encontrar com ele para uma reunião mais séria, em um local mais apropriado.
Vi Amaury jogar a cabeça para trás, seu corpo largado em nossa cama, já que o quarto dele acabou virando um quartinho da bagunça e de hóspedes.
"Deve." Eu o encarei perplexo. "O que? Se você tem certeza que eu estou te escondendo algo, pois finja que não. Você é ator, é bom nisso..." Joguei o resto de lenços sujos de maquiagem no lixo e fui até a cama, me aproximando do maior, que me acolheu de braços abertos, seu cheiro de banho recente sendo um dos meus favoritos, me acalmando e trazendo o sono e canseira do dia.
"Tem razão... Você não está me traindo." Falei e ele soltou uma risadinha.
"Claro que não." Argumentou, eu concordei com a cabeça.
"Não foi uma pergunta amor." Não era, nós nos conhecíamos a tempo suficiente para saber como o outro funcionava e uma das coisas que mais conversávamos era sobre nosso relacionamento e sobre querer estar junto, não ser obrigado, se um dia aparecesse alguém em nossas vidas, iríamos ser sinceros, era o mínimo que devíamos um ao outro.
"Você tem certeza que não é leonino?" Eu gargalhei. "Sério... Um ego gigantesco..."
"Tem outra coisa gigantesca..." Falei, subindo em seu colo, suas mãos indo direto pra minha bunda, enquanto eu precionava seu pau com a mesma.
"Diego..." Eu sorri, comecei a beijar sua boca, logo indo para o seu pescoço, sem muita demora, eu precisava dele, Amaury já estava todo mole em meus braços, gemendo como eu queria quando minha língua foi parar em seus mamilos, dando uma atenção especial a região que era tão sensível no maior, continuei deixando beijos e mordidas por seu peitoral, quando estava satisfeito com o resultado e Amaury vazando pré gozo, tirei a cueca do seu corpo, aproveitando para observar o quanto o moreno era gostoso.
"Porra... Você é uma delícia sabia?" Falei, abrindo a gaveta ao lado da cama, pegando o necessário, Amaury olhava tudo mordendo os lábios, sorri ao descer até a altura da sua virilha, segurando seu membro enquanto começava a chupar, eu olhei para cima, sabendo que ele estaria vidrado, sua mão indo para meus cabelos enquanto eu descia e subia, engolindo o máximo.
"Caralho... Essa boquinha infernal..." Ele disse, quando eu gemi contra sua glande sensível, acariciei suas bolas e logo soltei seu pau, babando o suficiente em meus dedos, apenas para voltar a chupa-lo e introduzir um deles em sua entrada, vendo o rapaz se contorcer pela invasão, movimentando e indo mais fundo, o máximo que eu podia, para em seguida colocar mais um... Eu amava Amaury dentro de mim, mas poder foder ele, era meu ponto fraco.
Quando vi que ele estava preparado suficiente para me receber tirei meus dedos a fim de substituí-los, Amaury reclamou, perdido em seu próprio prazer para ter noção ou não de algo, sorri satisfeito, tirando minha própria roupa.
"Vira pra mim amor..." Falei sussurrado em seu ouvido, o maior obedecendo rapidamente, empinando sua bunda gostosa, meu pau pulsou necessitado, um sorriso escapando em meus lábios.
Dei um tapa em sua bunda, vendo o maior ir pra frente com o impacto e a pele morena ficar vermelha, um gemido mais alto saindo de sua boca gostosa, pincelei meu pau em sua entrada, antes de colocá-lo, apenas por provocação. Amaury sempre tinha o domínio de tudo, mas não agora, eu gostava disso.
Após me encaixar dentro dele, esperei um tempo para que o maior pudesse se acostumar, acariciando a pele de suas coxas, como se aquele gesto fosse diminuir seu incômodo, Amaury não era tão acostumado a ser o passivo como eu, ele sempre exigia mais paciência e eu fazia, tudo por ele e para ele.
Sua bunda fez um movimento sutil, um leve rebolado, minha carta branca para começar a me mover, um entra e sai delicioso que fazia nossos corpos suarem e nossas mentes ficarem nubladas em tesão...
O ritmo foi aumentando cada vez mais, incapazes de não ansiar por mais, nossos corpos se batendo, se encontrando, se rendendo, se transformando em um só... Gemi ao ver a forma como Amaury ficou quando acertei sua próstata, fazendo o movimento mais algumas vezes, para vê-lo perdido em si mesmo.
Levantei seu tronco, o apoiando pela sua cintura, colando meu peito em suas costas, mordendo seu ombro enquanto minha mão ia para seu pau.
"Eu... Vou.." Ele disse, arfando e jogando a cabeça para trás, a deitando em meu ombro, lindo...
"Vem pra mim, amor." Foi o suficiente para ele gozar, seu aperto em volta do meu pau me fazendo vir em seguida.
Ficamos em silêncio por um tempo, eu acariciava a cintura do maior com meu polegar, até criarmos coragem para tomar um banho e ir dormir.
"Sabe... Eu fico triste em pensar que perdemos tanto tempo..." Ele falou, já embaixo do edredom, enquanto me abraçava.
"Não... Vamos pensar no tempo que ainda temos." Senti um beijo em meu ombro, não consegui falar mais nada após isso, sonolento de mais para frases coerentes.
♧
"Meu deus! A gente não tem UM DOMINGO EM PAZ." Falei quase gritando, eram oito e meia e a campainha começou a tocar que nem louca, Amaury soltou um gemido frustrado e se levantou, quase caindo, apenas uma bermuda em seu corpo, levantei atrás, pronto para discutir com quem quer que estivesse atrás daquela porta.
"Se comporta!" Amaury resmungou, vendo minha cara de quem queria confusão, esperei ele virar as costas para mostrar a língua.
O maior abriu a porta, eu com a língua ainda de fora, quando meus olhos se arregalaram em surpresa.
"Porque tá com a língua pra fora?" Tio Geraldo perguntou, guardei a língua rapidamente, vendo meus tios e meus pais parados na porta, sorrisos desenhados em seus rostos.
"E porque o Amaury tá todo roxo?" Eu arregalei os olhos para a fala do meu pai, merda, merda...
"Que saudades!" Foi o que falei, indo para frente e os abraçando, forte e apertado, sentindo o cheiro de casa, o abraço foi retribuído e pude perceber que Amaury saiu de seu transe, indo para os braços dos próprios pais, trocamos de lugar, assim que nos acalmamos um pouco.
"Entrem... Vamos entrar..." Amaury falou, nossos pais não haviam vindo nos visitar desde quando Amaury voltou, quem foi até eles foi o maior, eu não os via a alguns meses...
"Não reparem a bagunça..." Falei, mesmo a casa estando organizada, tirando alguns papeis do Amaury na mesa de centro.
"Desculpe vim sem avisar... Queríamos fazer uma surpresa..." Foi tia Fátima quem falou, se aproximando e deixando um beijo em minha cabeça.
"Imagina... Vocês sabem que podem vir sempre tia." Falei, enquanto todos se sentavam.
"Bom... Eu vou tomar banho e podemos sair pra tomar café..." Amaury falou, sorrindo feliz, fazendo um carinho na cabeça do pai.
"Parece ótimo pra mim... Vocês não parecem dispostos a cozinhar..." Mamãe disse, meu pai apenas dando uma risada.
"Você vem?" Perguntou pra mim, eu me levantei no automático.
"Ué, não tem só um banheiro aqui?" Eu arregalei os olhos, meu pai falando com confusão na voz, me sentei novamente, Amaury vazando da sala, sumindo em direção ao corredor. Traidor.
"Amaury deve estar bêbado ainda." Comentei, disso eles sabiam, que ontem havíamos saído para eu conhecer algumas drags e tudo mais. "Quer dizer... Não que a gente fique bebendo..." Comecei, minha mãe ergueu a mão, pedindo pra eu parar.
"Querido, você calado as vezes é um poeta..." Ela disse, fazendo todos rirem.
"Tem razão..." Concordei me afundando no sofá.
♧
"Eu devo perguntar onde está o Rafael?" Meu pai quem falou, Amaury revirando os olhos automaticamente, como sempre fazia quando ouvia o nome do rapaz. Eu suspirei, meu pai não estava sendo inconveniente, os quatro criaram nós dois juntos praticamente, era óbvio que todos tinham essa curiosidade.
"Rafael e eu terminamos..." Esclareci.
"Graças a Deus! Minha nossa senhora ouviu minhas orações..." Eu arregalei os olhos, minha mãe concordava com a cabeça, meu pai apenas sorria, enquanto tio Geraldo repreendia tia Fátima, que tinha as mãos para o céu.
"Fátima, a gente não sabe se foi ele quem terminou." Meu tio disse, me fazendo rir, Amaury olhava tudo sorrindo.
"Fui eu sim tio... Tá tudo bem, até mesmo a comemoração..." Falei girando as mãos no ar.
"Filho, aquele menino não fazia bem pra você... No começo achamos que sua mudança era só falta do Maury, mas depois..." Minha tia continuou, preocupação em toda sua voz.
"Eu estou bem agora, eu percebi também que haviam coisas erradas." Falei, sendo sincero e verdadeiro, os quatro sempre me apoiaram, mereciam saber a verdade.
"E quando você vai falar que está junto com o Amaury?" Isso era minha mãe, sendo completamente sem noção. Amaury ficou vermelho, engasgando com o suco, meu pai dando tapinhas, não tão fracos, em suas costas.
"Mamãe!" Falei, reclamando.
"Ué meu filho... Todo mundo já sabia, até sua vó esses dias perguntou se vocês já estavam vendo o casamento." Amaury se engasgou novamente, sem conseguir falar uma palavra, dessa vez não teve jeito e todos nós caímos na risada, eu sabia que não precisava de explicações, Amaury e eu, juntos, pra eles era o certo, o natural, não havia outra futura realidade e bem... No fim eles tem razão, Amaury e eu é o correto.2 capítulos pro fim e eu me encontro emocionadinha haha
Eu acredito que os próximos capítulos terão passagem de tempo! Eu vou avisando vocês!
Beijos!
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Mirror
FanfictionNem todo o primeiro amor é a primeira vista, nem sempre o reconhecemos a partir do momento em que o vemos, mesmo estando embaixo do nosso nariz. Muitas vezes pequenos milagres acontecem conosco e estamos tão ocupados o procurando, que acabamos não e...