Give Your heart a break

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PENÚLTIMO CAPITULO AAAAHHH
Ele não é triste! A música e o nome do capítulo sou eu endeusando minha esposa DEMI LOVATO! BEIJUS

"Eu sei que você está com medo de ser errado
Como se você fosse cometer um erro
Há apenas uma vida para viver
E não há tempo para perder, perder..."
(Demi Lovato)

Diego~

As notificações no meu celular quebraram o show que eu dava cantando give your heart a break, enquanto Amaury dirigia concentrado seu novo amor, nosso carro e as vezes me olhava rindo, possivelmente pelo meu amor mal compreendido pela Demi, eu apenas ignorava e fingia que ele não possuía uma ficção por Freddie.
Desbloqueei o celular vendo as setenta e três mídias que Tata me mandou, soltei uma risada ao ler sua mensagem.
<Estou até agora fingindo que você não beijou meu namorado, aliás foi lindo!>
"O que houve?" Amaury perguntou, enquanto eu encarava a tela concentrado.
"As fotos da peça ficaram prontas, Tata tá me gastando com o fato do beijo entre o Rafa e eu." Maury fez uma careta de nojo, que me fez gargalhar mais.
"Nem me lembra, foi traumatizante." Eu sorri, concordando com ele. Dezembro havia chego em clima de festa, na primeira semana do mês e última de aula para os bons alunos que não estavam preocupados com as temidas recuperações e DPs, nossa peça de teatro foi apresentada, ganhando um dia extra para o público, o que nos deixou mais felizes que nunca, o sucesso foi tamanho que até mesmo olheiros para produções de televisão e filmes compareceram, a empolgação sendo geral entre todos que participaram.
Rafael, mesmo visto quase todos os dias nos corredores e aulas, finalmente havia entendido o fim, não que ele tivesse uma boa expressão quando nos esbarravamos por aí, mas o fato de não falar nada já era ótimo pra mim, até mesmo uma namorada ele arrumou nesse meio tempo e eu torcia para que ele fosse bom e gentil com ela.
Após o término da peça e com um carro para facilitar nossas vidas, Maury e eu decidimos que passar quase um mês em São Paulo, aproveitando nossos pais, é o que mais precisamos no momento, por isso saímos um pouco depois do meu expediente acabar e pegamos estrada, o trânsito estava infernal dentro do Rio por conta do horário, mas eu não me importava, a gente amava viajar e até mesmo o trânsito se tornava divertido com nossas piadas idiotas e brincadeiras bobas.
Suspirei ao ver que estávamos chegando ao nosso bairro, Maury tinha um sorriso grande em seu rosto e eu não estava diferente, íamos pra casa dos pais dele de surpresa, mamãe ficaria ferrada se batessemos em sua porta uma da manhã, tia Fátima lidaria melhor com isso.
Mas para minha surpresa Amaury não entrou na rua certa, ele continuou reto, rumo a qualquer lugar, nenhum deles sendo nossas casas.
"Mo... Você errou o caminho..." Comentei cantarolando, observando o maior com atenção para ver se não era sono, ou algo assim.
"Não errei!" Ele respondeu no mesmo tom. "Quero levar você em um lugar."
Eu encarei o maior confuso...
"São uma da manhã." Falei, cruzando os braços e constatando o óbvio.
"E daí?" Eu suspirei, ele enlouqueceu.
"Daí que estamos mortos, cansados e pra onde iríamos agora?" Ele me encarou, sorriu e continuou dirigindo.
Revirei os olhos, cansado de mais para ter paciência com as maluquices do Amaury, mas curioso de mais para saber pra onde estávamos indo.
Observei o local ao nosso redor, quando Amaury finalmente estacionou o carro, sem acreditar naquilo.
"Porque me trouxe até a praça de madrugada? Não vamos fumar maconha com sono..."
"Meu Deus! Diego! Você fala de mais... Eu em... Não vamos fumar maconha, nem ficar na praça, vamos ali." Ele apontou com o dedo, observei a parede da escola, estranhei, não havia ninguém nesse horário.
"Me diz que você não quer invadir o colegio..." Não era uma pergunta, estudamos ali por muito tempo, sabíamos como entrar e sair tranquilamente sem ser pegos e pelo local onde estávamos, era a entrada mais fácil para quadra.
"Vai ser legal..."
"Vamos ir presos... Eu não quero perder o réu primário com isso." Contestei. "Ou pior, ter que parar a faculdade porque estou em uma cela." Resmunguei, Amaury revirando os olhos e murmurando algo que não ouvi.
"Vai ser legal." Ele me disse, segurando os dois lados do meu rosto com as mãos. "Você sabe que eu jamais te colocaria em perigo." Eu suspirei, ele estava certo. "Ou você está com muito medo?" Eu bufei, Amaury sabia como me ganhar, eu odiava ser taxado como medroso, foi assim que consegui um joelho ferrado porque inventamos de escalar algumas pedras na praia, furei uma boia enquanto desciamos a corredeira de um rio, bati um carro, pulei de uma ponte, andei em brinquedos suspeitos de parque de diversões, acampamos em lugares que as pessoas diziam ser assombrados e fiquei bebado mais vezes que poderia contar... E algumas outras coisinhas que aprontamos ao longo da nossa convivência. Quer saber, invadir a escola era até tranquilo.
"Vamos logo com isso." Falei, caminhando para o canto da grade da escola.
A escola possuía três entradas, a principal que dava para a diretoria, a do fundo que era um portão de aço que ficava na quadra de esportes e a que ninguém usava, essa era usada antigamente, logo que o colegio foi construído, ela dava pros fundos da biblioteca, era bem simples, subir o portão, pular dele pro teto da biblioteca, que era consideravelmente baixo por conta da caída e pular do telhado para um murinho que havia ali do lado, você teria acesso a toda a escola, menos dentro dos locais que eram trancados e a quadra, que tinha um buraco em sua grade, dava pra entrar.
"Faz pezinho! Sabe que não alcanço a grade." Amaury fez o que foi pedido, peguei impulso para cima, gemendo ao ouvir o barulho que o portão fez ao balançar, logo subi na outra grade e na próxima, jogando meus pés pro outro lado, olhei pra baixo, não parecia tão alto quando eu tinha quinze anos, respirei fundo e olhei o espaço do portão ao telhado. Pulei.
Escutei o barulho do meu tênis batendo na telha, por ser perto do portão e mais baixo que uma das grades, não era tão forte o impacto, então não tinha perigo de quebrar, mas precisava descer de um em um, caminhei com cuidado para o lado e desci rapidamente até o muro, ouvindo Amaury pular e fazer o mesmo que eu, quando estava no chão prestes a ir em direção a quadra, senti uma mão puxar meu braço, o peito do rapaz bateu em minhas costas e sua outra mão cobriu meus olhos.
"Que caralho é esse? Amaury eu vou chutar seu pau!" Ameacei, ele sabia que eu faria.
"Xiu! Não pode ver agora. Só fica quieto e deixa eu te levar." Eu apenas concordei com a cabeça, não ia adiantar nada tentar colocar juízo nesse maluco. Sorri, não podia negar que adorava as ideias malucas dele e participava de todas, mesmo reclamando cem por cento do tempo.
Amaury caminhou comigo, me guiando o tempo todo, pelo espaço que passamos e pela grade que tivemos que atravessar, eu tinha certeza que estávamos na quadra.
"Olhos fechados e sem se virar, por favor." Eu fiquei, sentindo o calor do maior se afastar de mim."Abre os olhos amor." Eu abri, algumas luzes da quadra estavam acesas, nada muito claro, mas ainda sim dava pra ver bem, Amaury estava sentado na arquibancada da quadra, sorrindo para mim.
"Foi aqui que eu vi você pela primeira vez, um ano antes de realmente te conhecer, já que eu era de outra sala. Você não olhou pra mim, estava com seu grupinho de amigos, todos aqueles que eu achava idiotas, havia duas garotas conversando empolgadas ao seu lado e dois amigos seus te olhando de forma maliciosa, você estava naqueles seus tênis vermelhos e concentrado de mais em sua música e seu livro... Então eu pensei que era o típico garoto mimado... Desde aquele dia eu não desgrudei meus olhos de você, era inevitável, mas eu percebi que estava errado, você ajudava todo mundo, conversava com todos e os professores e as tias da cozinha e limpeza te amavam, você iluminava tudo... Eu fui tão cego em não ver que eram meus olhos, eu sabia cada mínimo detalhe seu, até seu mal humor quando não tomava café da manhã, pela fome e por ter esse tempo com sua avó... Eu desisti de uma viagem quando você perdeu seu avô, quando eu te vi dormindo fiquei tentando dizer para mim mesmo que é porque era meu amigo, mas a verdade é que eu só queria te tirar de lá, ter certeza de que estava comendo, dormindo, como se ninguém fosse capaz de cuidar de você como eu. Eu vi você ficar com outros caras, descobrir sua sexualidade e morri de medo a cada novo suspiro seu por alguém, tive ciúmes até mesmo do Harry Styles... Eu fui medroso de um jeito que você jamais seria, mas eu tô aqui, pra dizer que eu te amo mais que tudo, que esperaria anos e anos pra conhecer cada novo jeito, mudança, aventura que você vai viver, eu quero poder ser um dos motivos do seu sorriso, a pessoa que você corre pra chorar, reclamar, contar suas piadas ruins e amar..." Eu já estava chorando, meu coração batendo tão rápido em meu peito e um frio na barriga gigantesco. "Por isso eu te trouxe pra onde eu te amei pela primeira vez..." Ele desceu dos bancos e pegou minha mão, me virando pro outro lado, arregalei os olhos, chorando mais ainda se possível, no meio da quadra, escrito com velas estava uma simples frase, uma que eu esperei anos pra ouvir.
"Namora comigo, Diego Martins... Me deixa ter a honra de ficar com você e um dia te pedir em casamento." Eu gargalhei, ele também, chorando como eu, pulei em seu colo e o beijei como nunca, quando nos soltamos o maior se abaixou e colocou uma aliança em meu dedo, a beijando em seguida, repeti o processo, ainda rindo, feliz de uma forma que não me lembro de ter sido antes, sabendo que eu deveria agradecer ao universo por encontrar minha metade.
"A gente podia entrar aqui?" Perguntei imaginando como ele organizou tudo.
"Nossos professores nos amavam... Eles deram um jeito." Ele respondeu, dando de ombros.
"Você me fez pular o muro a toa?" Perguntei perplexo, um sorriso bobo em meu rosto.
"Adoro ver você todo anão fazendo coisas perigosas." Ele gargalhou da minha expressão.
"Amaury?" Chamei, vendo o maior me encarar. "Eu te notei, naquele mesmo dia, você se distraiu fazendo cestas de basquete e eu passei a aula inteira te observando... Eu te amo." Ele apenas sorriu, claramente emocionado e me beijou novamente.
Talvez a vida ao lado dele seja isso, uma constância de felicidade, mesmo diante de qualquer problema, amá-lo e a capacidade de rir, chorar, brigar junto dele e nunca, nunca querer outra realidade, porque é estar completo...

Nossos corpos estavam cada vez mais juntos, a pele suada era banhada com uma leve brisa que entrava pela janela aberta, enquanto nós buscávamos por mais, silenciosos e perdidos em nosso próprio prazer, mergulhados de mais em nosso próprio mundo para que algo ou alguém pudesse ser mais importante, compartilhando segredos e intimidades que só o amor poderia proporcionar a duas pessoas.
Naquela noite nos amamos baixinho, devagar e tão, tão profundamente que era impossível não se afogar.

Não fui pedida em namoro na quadra da escola, achei lindinha a ideia, mas teve as velas hahaha
E todas as histórias como descer um rio de boia... hahahahahaha
Como a gente vivo e inteiro?
Não tenho ideia!

Espero que gostem desse capítulo fofo! O próximo é o último e é fofo também hahahaha
Beijoooooos!

(Pra quem estuda, não matem aula! Nem subam em telhados aleatórios!)

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