CAPÍTULO V

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    •°•°Narrador°•°•

- assim como nós dois, existe mais nove. Nos tornamos uma matilha. – comentou Sam avistando uma casa, de madeira, com a porta de correr, de vidro e flores por todo lado. – a principio, não sabíamos que poderia se transformar. Não sabíamos que uma mulher poderia se transformar até acontecer com Leah, mas seu sangue mestiço gerou muitas duvidas.

- Sam! – chamou dois garotos postos em frente a casa, correndo em nossa direção, ambos, apenas de bermudas e tenis.

- esses são Embry Call e Quil Ateara, fazem parte de nossa matilha. – apresentou-os Sam. Quil sorria travesso, seus cabelos pretos, não tão grande, jogava uns fios sobre o rosto, não era tão alto, quanto Embry e mais forte do que o mesmo. Já seu amigo, era alto, magro com o nariz arrebitado. - vem, vamos entrar.

- não encara Emily não. – comentou Embry, vendo Sam se afastar. – Sam não gosta.

    A casa, na parte de dentro, era como do lado de fora, exceto pelos três garotos, sentados a mesa e as mobílias.

- oi – disse a mulher, vindo em sua direção a abraçando, seu rosto tinha uma cicatriz, uma cicatriz de garras. – eu sou Emily. Venha, sente-se, pegue um bolinho. – direcionou sua mão a mesa, coberta de guloseimas, pós bater na mão de um dos garotos, que estava na mesa, por pegarem bolinhos a mais.

- esses são Brady Fuller e Collin Littlesea – os dois tinham feições tradicionais de nativos americanos, como todos da tribo, com cabelos pretos e olhos castanhos. – são os mais novos. – disse Sam. - e Jared. - o braço direito.

    Depois de poucos minutos, mais pessoas chegaram, Paul Lahote, seu melhor amigo, Leah e Seth Clearwater, os irmãos. Seth também era uns dos mais jovens, Leah, sua irmã, tinha o jeito de ser a mais seria de todos.

- ha! – gargalhou o amigo pegando-a nos braços, chegando a estralar as costas. – agora voce faz parte da matilha! – disse ele colocando-a no chão.

- é estranho, muito estranho. Por isso você ficou tão...assim? – se referiu ao corpo do garoto.

- eu já era assim, tá.

- não, não era. Era um magricelo. – gargalhou ela.

- tabom, já chega. - gargalhou ele.

    Sam conversava sobre o que Maisie teria que se acostumar, mais a espera era por Billy, que chegara poucos minutos depois de Leah, a mesma não permaneceu na casa, nada mais que dois minuto. A porta foi aberta, mostrando Billy em sua cadeira de rodas sendo empurrado por Jacob, ao vê-lo, a garota paralisou, novamente sem ar, as imagens ao seu redor saíram de foco e apenas a de Jacob permanecia por todos os lados de seus pensamentos, sentia como se tudo o que já viveu não tivesse sentido até este momento, até vê-lo. Como se a gravidade não a importasse e o que a segurava na terra, fosse ele, fosse Jacob, o mesmo apertava as alças da cadeira de rodas com brutalidade, que as quebrou, pasmo, a olhava, lutando, com todas a forças, por aquela mesma sensação. Maisie sentia uma tremenda raiva envolvida com tristeza, quando imagens de Bella Swan passaram pela cabeça do garoto, sentia que estava se sufocando com toda aquela intensidade.

- pare. – pediu ela, olhando para Jacob, recobrando o foco do presente.

- com o que? – perguntou a Jacob, a mesma voz que ouvira quando estava mal, mais cedo.

- sua raiva, tristeza e Bella Swan. – expressão de surpreso tomou conta do rosto do garoto.

- consegue sentir o Jacob sente Maisie? – perguntou Billy cauteloso.

- não é comum em um imprinting. – comentou Sam.

- mas nunca tivemos dois lobos como alvos, muito menos um lobo com sangue mestiço. – disse Billy.

- imprinting, o que é um imprinting? – quis saber a garota.

- é como um amor a primeira vista. – respondeu Seth, entusiasmado. – legal né?

- é como uma recompensa pelo trabalho que fazemos, quando encontramos nossa alma gêmea, é como encontrar nosso mundo, nossa razão de viver. – comentou Sam, em meados, olhando para Emily.

- e é obrigatório, não pode mudar? – perguntou ela, disparada, em certas situações, seu entendimento era rápido, e naquela situação não foi diferente, entendeu que o que sentia não era dela, mas sim do novo ser dentro dela.

- vocês serão o que precisarem ser um para o outro, amigos, parceiros ou o que for, o outro vai prover. – explicou Billy.

- ótimo. – disse a garota pegando um dos bolinhos posto a mesa, tentando controlar sua raiva, que crescia, até o celular de Billy soar alto pela casa.

- oi Frank – falou ele ao telefone. – está bem, até já. Maisie seu pai já está voltando para casa.

- então eu vou embora.

- Paul vai levá-la, mas antes de ir, amanhã temos que conversar sobre tudo isso. – informou Sam.

- tenho aula manhã.

- isso é mais serio do que um dia de aula.

- eu não estou nem ai se isso aconteceu comigo, eu não pedi, tenho aula amanhã e a única coisa que quero saber é como tirar isso de mim.

- não estou pedindo. – a voz de Sam era dura, como um ordem, os lobos presentes se encolhiam ao ouvi-lo.

- e eu também não. – em sua ultima frase, Maisie saiu pela porta, e ao passar por Jacob, seu coração acelerou, mas a garota seguiu em frente, sem olhar para trás.

- ei – chamou Paul, logo após Maisie sair da casa. – não era eu que iria levar você para casa? – perguntou fazendo-a parar. – vamos, entra no carro, é mais rápido e chega antes de seu pai.

- tabom. – falou um pouco relutante

- está mal com o lance do imprinting, não é? – perguntou ele, já na estrada, quebrando o silencio, mas a garota ainda continuava sem dizer uma palavra. – por que não aceitou? É mais fácil do que lutar contra.

- você já teve?

- não, mas parece obvio. Tem outro, não é?

- o que?

- outro garoto, gosta de outro garoto, por isso não quer aceitar Jacob.

- não tem outro garoto.

- então por que não aceitou?

- não precisamos seguir esse negócio só porque falam que temos que seguir. Temos uma vida pela frente. Não preciso disso ou dele.

- eu não entendo, Maisie, ele só pode ser um idiota. – disse ele apertando o volante. – o que ele viu em Bella? – perguntou mais para si.

- não me importo. Esse sentimento não é meu e vou tira-lo de mim. – o garoto, de alguma forma, relaxou, revelando um leve sorriso maroto.

- por que está sorrindo? – Paul sacudiu a cabeça, sorrindo mais ainda.

- agora a pergunta é séria. – comentou ele, desmontando seu sorrido. - como conseguiu passar pela ordem de Sam? Ele é o líder, tem autoridade sobre nós.

- de verdade? Não sei, não senti a ordem dele com senti a de Jacob na floresta, aquela noite.. – disse ela se despedindo do amigo, com um beijo na bochecha, assim que o carro parou. – te vejo depois.

- até depois.

Crepúsculo - Vida e MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora