Crepúsculo - Vida e Morte

CAPÍTULO XXV

    •°•°Maisie°•°•

Eu não sabia o que pensar, a única coisa que lembrava era aquele beijo, leve e sútil, o calafrio correndo em meu corpo me fazendo voltar a realidade, o toque de suas mãos em minha pele. Não vou mentir, queria aquilo novamente, mas não sabia se vinha de mim mesma. Era a loba, com toda a certeza.

- oi – Bella, estava atrás de mim, vendo-me debruçada na sacada, olhando para o nada.

- oi Bella.

- queria te pedir uma coisa. – Bella não era mais inofensiva, o que mais poderia pedir, além de lutar por sua filha?

- a minha cabeça está com uma possível data marcada. – sorrimos.

- poderia ficar com Renesmee, no Charlie, hoje? – ela estava um pouco tensa. – vocês duas parecem ter uma semelhança.

- tudo bem, eu fico. – seja lá o que Bella iria fazer, seu olhar não me deu a chance de negar.

Renesmee e eu, tínhamos sim uma mera semelhança, bem pequena, porém, uma semelhança. O natal estava chegando e assim que ele passasse, os volturi chegarão.

Meu carro parou em frente a casa de Charlie, conseguia notar, a pouca distancia, minha antiga casa, enquanto a criança rodava nos braços do avô.

- nossa, olhe para você! Cresceu quinze centímetro. – dizia Charlie. Encostei no carro. – é sério, uns quinze centímetro. – comentou para sua nova mulher, Sue.

- Tio Jake! – exclamou Renesmee, olhando para o inicio da floresta, ao lado da antiga casa de Bella. Meu corpo gelou, sem mesmo olha-lo. O que estava fazendo aqui?

- vamos entrar, o almoço está na mesa. – informou Sue.

- e temos uma árvore para decorar.

Enquanto observava a criança e os avôs entrarem na casa, Jacob se aproximava.

- o que está fazendo aqui? – perguntou ele, se juntando a mim.

- sou a babá. – respondi, ainda encarando a porta da casa, lutando para não olha-lo.

- então somos dois. – comentou ele sorrindo. O silencio se instalou, naquele ambiente largo de ar livre, que parecia menor. – eu nem sei o que dizer, sobre ontem. – respirou fundo. – sinceramente eu acho que foi... – de certa forma, temi com o que iria dizer. – bom. – soltei o ar, que nem mesmo sentir está segurando. – talvez você ache que seja o imprinting, mas não sinto que seja somente ele. – ele estava me encarrando, porém, permaneci olhando para a porta.

Meu ego gritava para lembrar dos momentos em que ele negou tudo por Bella, mas, algo implorava pela atenção, o desejo de ser ouvida, de ser atendida.

- fui um idiota. – sorri. – por que está rindo? – mal sabia eu o motivo por está rindo em meio aquela situação de desabafo.

- te ver desse jeito, comparando com o jeito que te conheci, dá uma certa vontade de rir.

- o jeito que me conheceu, lembro. Mas não tem graça. – deixei de encarar a porta. – estava sendo sincero.

- não te culpo pelo que fez. – comecei. – não temos culpa do imprinting escolher alguém, como alvo, que não seja a pessoa que queremos.

- Paul?

- talvez. – seu rosto ficou pensativo e ele engoliu pesado. O olhei, seus olhos encarava o chão. No que pensava? Não o mesmo que a mim.

•°•°Jacob°•°•

Eu sabia que Paul estava envolvido, mas ouvi que possivelmente era ele, me deixou abalado. Ela preferiu não está com ninguém e o que eu fiz? A ignorei, por outra.

- meu pai dizia, que o passado não passa de uma escola. – me senti confuso, em relação a sua fala. – para aprendermos com os erros.– seu corpo se virou para mim, fazendo seus olhos fixarem nos meus, entregando-me a resposta. - algo me diz que, possivelmente, estarei cometendo um erro, mas há um outro lado, que diz o contrário.

Meu peito acelerado, não sabia como reagir aquela felicidade, a felicidade de tê-la para mim.

- quando você e Bella se foram, percebi o quão importante você é agora.

•°•°Maisie°•°•

Agora? Agora!? Como pude me deixar levar pelas palavras de Leah, “opiniões mudam”, podem até mudar, mas não tão rápido.

- esquece o que disse até agora. – ordenei.

- não estou entendendo. Maisie, o que aconteceu? – o olhei.

- para mim, não importa o que você sinta, “agora”. – deveria ter ouvido o lado, que dizia ser um erro.

O barulho da porta se abrindo, nos despertando, a pequena criança, que crescia muito rápido, estava parada, nos esperando. Segui-a, caminhando para dentro da casa.

Não demorou para que a noite chegasse, e com ela, Bella, seu rosto estava pensativo e em outro mundo.