— Pode me mostrar sua credencial, por favor? — uma jovem mulher barrou a passagem de Harry no instante em que tentou acessar a área do camarote reservado aos familiares dos jogadores. O jogo começaria em meia hora.
Apesar de ser uma partida qualquer, a casa estava cheia. Em seu colo, Dobby parecia inquieto pela movimentação e todo ânimo ao redor. Para que não ficasse sozinho, Harry o trouxe consigo para o jogo e, como bonûs, assistiria o pai jogar.
— Aqui. Foi o que me passaram — com "me passaram" ele quis dizer "Louis me deu".
Estava um pouco nervoso com toda situação. Além do par de mensagens recebidas de seu ex namorado uma hora antes de sair de casa.
— É familiar ou amigo de qual jogador?
— Louis Tomlinson — hesitou em dizer aquilo, sentia como se todos o estivessem observando minusiconamente.
— Tudo bem — encolheu os ombros — siga por esse corredor até uma sala com portas de vidro.
— Obrigado — havia colocado em sua mente que deveria agir do modo mais tranquilo possível, desse modo não o notariam perambulando pelo setor privativo do Morumbi com o famoso cachorro de Louis Tomlinson.
Ao empurrar as portas de vidro, encontrou-se em um espaço aberto, cuja frente era completamente aberta e a sua vista era totalmente voltada para o campo não muito abaixo. Haviam poltronas enfileiradas, parecendo bem mais confortáveis que os assentos na arquibancada. Um pouco atrás havia um bufê.
Em seus braços Dobby vestia o que parecia ser uma miniatura de camisa do São Paulo. Louis havia encomendado especialmente para seu filhote.
— Harry? — ouviu seu nome ser chamado por uma voz feminina.
A poucos metros de si, haviam duas belas garotas jovens. Ambas muito parecidas, com belos olhos azuis e cabelos cor chocolate. Vestiam a camisa do clube orgulhosamente.
— Sim? — o cacheado franziu cenho.
— Soubemos que era você, porque está com o Dobby — a garota que usava brincos de argola disse — sou a Camila e essa é minha irmã, Carolina. Somos as irmãs do Louis.
— Eu sei, acho que vi uma foto de vocês no apartamento do Louis, mas pareciam mais novas.
— Ele avisou que você viria hoje. Nós estávamos animadas pra te conhecer, Harry — Carolina acenou várias vezes após a confissão.
— Louis falou muito sobre você — Camila completou.
— Isso me preocupa um pouco. Normalmemente ele fala além da conta — o comentário felizmente causou risadas em ambas as garotas. Eram bonitas e jovens, se pareciam a Louis.
Saindo de seus devaneios, Harry observou um casal aproximando-se deles a passos lentos, lhe permitindo poucos instantes para analisar como estes se assemelhavam a Louis minuciosamente. É claro que o jogador ganhara tudo de melhor geneticamente.
— É tão bom poder conhecer você. Louis nos contou tão pouco sobre você, mas elogiou aos montes. Sou Ana, mãe do Louis — disse seu nome, como se Harry não houvesse tentado decorá-lo, juntamente ao de toda família, diversas vezes durante seu trajeto até o Morumbi.
— E eu sou Pedro, o pai do Louis — o homem de meia idade apresentou-se.
— Estou feliz em conhecer vocês. Confesso que estava um pouco nervoso com a ideia.
— Louis mencionou sobre as condições do relacionamento — ela lhe dedicou um sorriso muito amável — nós entendemos o seu lado. Também me preocupo com Louis e os ataques que recebe nesse meio, mas saiba que sempre será muito bem-vindo em nossa família, Harry.
VOCÊ ESTÁ LENDO
entre clássicos
Fanfictiona história entre uma revelação do são paulo futebol clube, louis tomlinson, e o jovem árbitro que foi designado para apitar um disputado clássico, harry styles.