entre clássicos

Sete • Posso Ter um Beijo?

— Acha que o São Paulo tem chances de vencer essa Sula? — alguém perguntou.

Em determinado momento da festa, próximo ao fim, os garotos reuniram-se ao redor de Louis para ouvir suas histórias e opiniões em relação ao clube. Alguns deles não torciam para o São Paulo, porém eram admiradores do jogador.

Sentado à mesa, Louis respondia a cada pergunta com calma. De certo modo, desejava que suas histórias impressionasse não somente os convidados, mas a Harry também, quem permanecia no assento ao seu lado, enquanto comia um pedaço do bolo.

— Eu sempre vou reforçar a grandeza do clube, então é claro que acredito no São Paulo.

— Ao menos um troféu a gente precisa levar esse ano — um garoto moreno disse.

— No mínimo — Louis concordou.

— Por que não aceita a proposta do Corinthians? — outro garoto, de idade igual a de Louis, o perguntou — saíram algumas notícias no Twitter.

— Recebi propostas de alguns clubes, mas não foram convincentes — encolheu os ombros.

— Louis vai jogar no São Paulo pra sempre, esquece — Caio disse.

— Essa é a meta — não evitou rir.

— Droga — o garoto moreno lamentou — meu Corinthians só vacila. A gente vai ser feliz quando Duilio vazar.

— Ai — um menino de cabelos loiros o chamou — você e Harry se dão bem?

— Não — pela primeira vez, desde o início daquela sessão de perguntas, Harry se pronunciou — detesto ele.

— Ele tá mentindo — Louis revirou os olhos — ele me adora.

— Ficou chateado por que o Louis te empurrou em rede nacional? — o mesmo garoto loiro perguntou.

— É claro — o cacheado acenou — ter sido expulso foi o mínimo.

— Já pedi desculpas — Tomlinson esboçou um pequeno sorriso sugestivo, ao virar-se para ele.

— Harry é dramático, não liga pra ele — Caio acenou, como se tivesse certeza daquilo.

— Você é um ótimo irmão — resmungou Harry.

— Não fala assim do teu irmão — o garoto de mesma idade que Louis o disse — na minha opnião ele é o melhor árbitro.

— Obrigado — o cacheado lhe mostrou um sorriso simples.

Louis estranhou o ato.

— Acho que o Louis precisa de um tempo — Caio concluiu — vamos deixar ele em paz.

— E eu vou ao banheiro — Harry suspirou as palavras.

Louis necessitou apenas de trinta segundos e uma desculpa para escapar dos convidados, e seguir Harry até os banheiros, em um pequeno corredor ao fundo do salão.

O cacheado estava concentrado em amarrar os cabelos com a pequena liguinha em seu pulso. Seu olhar sobre a própria imagem no espelho e a atenção que colocara na tarefa, não o permitira ver Tomlinson se aproximando, até que finalmente parasse ao seu lado.

Encostou-se contra o lavabo.

— Você vai ficar me perseguindo agora?

— Só queria um minutinho a sós com você, será que é pedir demais? — o jogador ladeou a cabeça.

— Achei que fossemos ser discretos, Tomlinson.

— Eu só vim ao banheiro. Acha que vão desconfiar pelo simples fato de ter ido mijar?