Um • Cartão Vermelho

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O primeiro tempo, como esperado, estava mergulhado em tensão

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O primeiro tempo, como esperado, estava mergulhado em tensão.

Ambas equipes apresentavam vantagens que as colocavam lado a lado. O placar estava zerado para os dois times, os acréscimos do primeiro tempo aproximavam-se a cada momento.

Louis era um jogador excelente, o melhor de sua equipe e um destaque no campeonato. No entanto, ele enfrentava dificuldades e interrupções ao tentar encontrar brechas na zaga do Corinthians.

Ainda que, em sua humilde opinião, Gil fosse um dos piores naquela posição.

Ouvia Dorival gritar algo à beira do campo, com certeza para o capitão do time, Rafinha. Louis acenou para que James lhe passasse a bola. Se aproximou do gol, o olhar sob o companheiro de equipe que chutou o objeto em sua direção. Dominando a bola, estava a beira da área, antes de algo chocar contra seu corpo.

— Caralho, tá cego? — sentindo a dor do impacto, Louis gritou o xingamento desde o chão.

— Eu fui na bola — Yuri Alberto resmungou.

Louis gemeu de dor, esticando o pescoço para acompanhar alguns de seus colegas de equipe cercarem o árbitro em busca de um pênalti em compensação.

— Foi falta clara — Calleri disse a Harry, tentando soar o mais respeitoso possível com a autoridade em campo.

— Eu sei que foi falta, só tô tentando identificar se é necessário pênalti — resmungou, pondo sua mão sobre o comunicador em sua orelha esquerda.

Ao perceber que sua situação ainda estava em análise, Louis se colocou de pé. A dor pouco parecia importar mediante sua raiva naquele momento.

— O cara me atropelou — gritou para o árbitro.

— Que mentira, cara — Yuri franziu o cenho — eu fui na bola.

— Ele claramente foi na bola — Rojas tentou ajudar o amigo e sua equipe.

— Eu capotei, não tem como ele ter ido na bola — Louis empurrou o jogador Paraguaio.

— Eu tô tentando identificar — o olhou de forma irritada.

— Vem pra cá — Rafinha, capitão da equipe do São Paulo, puxou o colega pelo ombro. Para evitar que Louis fosse penalizado de alguma forma, por culpa de sua língua solta.

Passados alguns instantes, Louis observou o árbitro caminhar novamente até os jogadores e suas expressões de agonia.

— O jogador do Corinthians recebe cartão amarelo — Harry disse, retirando objeto do bolso de sua camisa e o mostrando para Yuri — mas a ocasião não pede pênalti.

— Como não? — Louis abriu a boca em choque — eu caí na grande área.

— Não, a falta foi cometida fora da grande área e você caiu em cima da linha — Harry o disse — o lance foi revisado pelo VAR e não há discussão.

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