A Camélia e o Lobo • jikook

11| espírito guardião

Capitulo 11:
homenagem ao espírito guardião do inverno.

***

JUNGKOOK lentamente estava começando a se arrepender de ter aceito o convite do seu pai para o jantar, apesar de não ter expressado seus pensamentos abertamente.

— Você estava com ciúmes — aquilo não era uma pergunta, mas uma clara afirmando, que seu primogênito estava negando.

O alfa mais jovem tirou os olhos do prato à sua frente para encarar o pai. Heechul desejou ter um espelho em mãos, assim seu filho seria capaz de ver que tipo de olhar estava o direcionando naquele momento.

— O que te faz pensar isso?

— Sou um alfa assim como você, Jungkook, e sou seu pai. Pode não parecer, mas te conheço o suficiente para saber disso — o homem com barba argumentou, tentando pôr algum juízo na cabeça de seu filho.

Jungkook deu um longo suspiro, olhando a porta de entrada da sala de jantar. Quando iam chegar? Qualquer um estava bom, Jimin ou Taehyung, se isso significasse que iam salvá-lo de ter aquela conversa.

— Vocês não estavam íntimos demais? — tentou mudar o foco, jogando o problema de volta para seu progenitor, como uma criança imatura.

— Ele é meu genro — lembrou, fazendo Jungkook se sentir um pouco ridículo.

— Achei que você odiasse os Park.

Heechul encarou seu filho, que o olhava parecendo um pouco desafiador e territorialista além do normal. Jungkook já tinha seus quase vinte e seis anos, mas aparentava retroceder alguns anos em maturidade quando o assunto era seus sentimentos sobre o ômega loiro.

— Você também diz odiar, e ainda assim vai se casar com um — Jungkook quis responder, mas tudo que tinha para falar parecia soar estúpido, então ficou quieto. Como seu filho não respondeu, Heechul continuou falando. — Tenho pena dele, é isso, ele é um garoto inteligente e espirituoso. É um ser humano e não uma marionete do pai. Então não seja ruim com o Jimin.

— Estou fazendo o meu melhor para cuidar dele.

— Eu sei que sim, estou me referindo aos nossos planos para os Park.

— Se ele for inocente, assim que tivermos o que queremos, vou deixá-lo livre para ir.

Heechul encarou o filho, não tendo tanta certeza dessas palavras, mas decidiu se manter em silêncio sobre isso. Taehyung chegou primeiro que Jimin e se acomodou na cadeia de fronte para seu irmão.

— Onde está meu cunhado?

— Jimin vai vir logo.

Taehyung abaixou o olhar para mesa, então disse para seu irmão cautelosamente:

— Coloquei alguém para vigiar Hoseok, sugiro que faça o mesmo com o Park.

Jungkook estava prestes a dizer para o irmão para cuidar de seus próprios assuntos quando Jimin passou pela porta, parecendo alheio às palavras de Taehyung. Todos os três imediatamente se levantaram de suas cadeiras e Jungkook apontou o assento ao lado do seu. Quando Jimin se acomodou, eles também o fizeram.

— Desculpem o meu atraso, houve um contratempo enquanto eu me arrumava.

— Você está lindo.

— Obrigado — Jimin sorriu quando foi elogiado, notando a tensão que havia na mesa. — Por acaso eu interrompi algo?

— Nada para que se incomode. Ao invés disso, vamospiue falar sobre o casamento — Heechul respondeu antes que um de seus filhos tivessem a chance de dizer alguma besteira.