Capítulo 18

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— Você deveria se sentar. — Kara disse, vendo Lena se mexer inquieta, provavelmente seu tornozelo estava doendo.

— Não vamos acabar nunca se eu ficar parando. — Lena disse e Kara suspirou.

— Me perdoa? Eu não deveria ter mexido no que não é da minha conta. — Kara pediu. — Eu só queria mais bolhas. — O riso tanto tempo escasso ecoou dentro do lugar. Era de Lena, quem se abaixou e, se rendendo à dor, se sentou no chão, encostando-se na bancada.

— Você precisava ver sua cara de desespero. — Lena disse, vendo Kara se sentar ao seu lado no chão e jogar espuma em seu rosto.

— Não ria de mim. — Kara disse com veemência, porém esboçava um sorriso. — Não fui eu quem gritou feito uma mulherzinha.

— Qual o problema nisso? Eu sou uma mulherzinha. — Lena disse sorrindo antes de jogar espuma no rosto de Kara.

Se arrependeu quando viu Kara abaixar a cabeça e levar uma mão até os olhos.

— Oh, meu Deus, perdão! — Lena pediu, vendo os olhos de Kara ficarem mais irritados e ela mal conseguir abri-los. — Não passe a mão, piorará. Espere aqui. — Lena pediu, se levantando e indo, mancando, até o lado de fora, voltando em instantes com um balde nas mãos.

A menor se sentou ao lado de Kara novamente e retirou um pano fino lá de dentro, se inclinando e o passando com delicadeza nos olhos da maior, segurando seu rosto com a outra mão.

— Não volte a pôr as mãos nos olhos. — Lena pediu docemente, afundando o pano na água limpa antes de passá-lo outra vez nos olhos de Kara com cuidado. Kara relaxou o corpo instantaneamente ao sentir a dor indo embora.

Os olhos azuis finalmente se abriram, ainda meio irritados, porém sem resquícios de sabão e Lena suspirou ao fitá-los tão de perto.

— Está melhor? — Lena perguntou, passando a outra ponta do pano na testa de Kara, impedindo de cair mais espuma em seus olhos.

— Sim, obrigada. — Kara proferiu, sentindo o pano deslizar por todo o seu rosto. A maior prendeu a respiração quando viu Lena fitar sua boca, contornando, vagarosamente, seus lábios com o pano.

— Novinha em folha. — Lena disse, um pouco mais baixo do que o normal ao perceber que, subitamente, se sentia nervosa.

— Esqueceu de limpar aqui. — Kara disse em um quase sussurro, pegando o pano e o deslizando pelos lábios de Lena antes de aproximar ainda mais seu rosto do dela e fitar seus olhos verdes, que a olhavam de forma intensa e penetrante.

Lena engoliu em seco e, por impulso, umedeceu os lábios, vendo Kara imitar o gesto e logo em seguida fechar os olhos. A menor sentiu seu coração acelerar ainda mais ao agir sem pensar, roçando seus lábios nos de Kara e fechando seus olhos para se entregar ao momento.

— Acho bom ser sério, porque se você me bipou essa hora da noite à toa... — A voz de Imra invadiu o ambiente, parando ao ver a bagunça que estava o lugar e Lena se assustou, abrindo os olhos e indo para trás rapidamente.

Imra não pôde ver o quase beijo, pois elas estavam atrás da bancada e, bem, Lena deu graças a Deus por isso.

— Que merda houve aqui? — Lena ouviu Imra perguntar e sabia que levaria um sermão daqueles.

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O Último PênisWhere stories live. Discover now