— Por Deus, Andrea. Olha a nossa idade. Quem não chupou uma buceta na casa dos vinte e poucos? — Sam perguntou enquanto todas caminhavam baixo o sol ardente. O dia além de quente estava lindo, o céu estava com um azul límpido que contrastava com o verde das árvores e matos por onde passavam.
— Eu. Ewww... — Imra disse fazendo uma careta.
— Fora você! Já te falei que pelo tamanho desconfio que você seja um extraterrestre! — Sam rebateu e Kara começou andar mais atrás.
— Mas a minha teoria ainda consiste em que ela não fez. — Andrea disse. — E amanhã eu que irei na grande cidade. Eu não gostaria de arriscar. — Ela falava de uma lésbica reprimida de seu grupo de estudos que vivia na grande cidade e que era afim de Andrea. — E se ela morder?
— Quem morderia, por Deus? No máximo arrastar os dentes sensualmente.
— Não sei. Não quero arriscar ficar sem minha vagina.
— Ela não fará isso. Qualquer idiota já deve ter chupado uma, na idade dela. Ela tem 18, então tranquilize-se e dê bastante amanhã, alivie essa tensão. — Sam brincou.
— Hey, está tudo bem com isso, sabe? — Lena disse ao ver a expressão constrangida no rosto de Kara.
— Sou uma bendita virgenzona. — Kara resmungou baixo e Lena a olhou.
— Você precisava fugir, por isso não esteve com ninguém, você e eu sabemos disso. — Lena sussurrou e Kara assentiu. — Você sabe muito bem que se anunciarmos sobre você, com ou sem um pênis, vai chover mulher te querendo.
— Vai?
— Vai e você sabe. — Lena disse rindo e, como um espelho, a imagem de Lena fez Kara rir também. — Eu não gostaria de ter concorrente.
— O meninão não ligaria para aquelas mulheres, Lena.
— Será? Só imagino seu pênis com um óculos escuro enquanto passeia feliz entre seu futuro harém. — Lena disse e Kara a olhou.
— Noticia importante: Mulher aparece com pinto ambulante! — Kara brincou baixinho e Lena riu alto.
— Estou ficando boba igual você. — Lena disse, sentindo o vento esbarrar seu rosto suavemente, trazendo o frescor que já sentia falta.
Kara assentiu e respirou fundo ao ver os cabelos de Lena esvoaçarem, e então ela puxou Lena para perto de seu corpo, erguendo Lena no ar antes de girá-la e plantar um beijo em seus lábios.
— Está mesmo. — Kara disse bobamente, soltando Lena. Os olhos da maior foram para as outras, que nada viram e logo ambas correram para alcançar as meninas, que iam na frente.
— E temos que ficar atentos por pedras no meio do mato. — Alex falava com veemência. — Kara se machucou em uma delas.
— E ela está bem? — Andrea perguntou preocupada.
— Sim, já parei de, hm... mancar, obrigada. — Kara disse sem graça e Lena segurou o riso.
— Kara, conte para nós, o que Lena tem feito com tanto creme. — Sam disse enquanto caminhavam.
Estavam andando pelas redondezas na missão de «limpar» o vírus do mundo, queimando os corpos que morreram por ele. Kara havia se oferecido para dizer onde tinha mais, afinal se escondia por ali.
— Essa é fácil, ela passa na menininha dela.
— Em quem? — Imra perguntou confusa e Kara resmungou baixo ao sentir uma cotovelada de Lena.
— Era brincadeira. É um projeto dela. — Kara disse, massageando o lugar onde o cotovelo de Lena havia acertado.
— Você é estranha. — Imra disse, olhando-a seriamente e Kara assentiu, rindo baixinho assim que Imra olhou para frente.
Ela era mesmo. De todas as formas possíveis, mas sempre achara o normal chato, então estava bem com isso.
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O Último Pênis
Hayran KurguQuando por algum motivo misterioso, todos os homens são infectados por um vírus fatal, só restam mulheres no mundo. Os poucos homens que sobreviveram definharam, o que levou as mulheres a matarem cada um deles para evitar o sofrimento. Contudo, sem...