Capítulo 43

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O vento quente fazia as garotas suarem, afinal estavam sem a proteção das árvores, que há muito haviam ficado para trás. O único barulho que escutavam eram o dos corvos que cantavam hora sim, hora não.

Lena sentiu a mão de Kara em seu pulso e se virou, encontrando a expressão de medo no rosto dela.

— Eu falei para pararmos, aqui acaba o matagal. é campo aberto. Não é melhor voltarmos? — Kara perguntou e Lena se virou para ela de vez.

Só estamos avaliando o perímetro. Você já pisou para lá antes?

— Só de noite. É campo aberto, Lena, não gosto de, você sabe, chamar a atenção.

— Ninguém vai tocar em você, eu prometo. — Lena sussurrou, acariciando o rosto de Kara. — Não há ninguém por aqui, mas se houver temos armas.

— Não sei... — Kara disse e Lena voltou a acariciar o rosto da loira sem se importar se as outras veriam ou não.

— Como roubava comida na grande cidade se tem medo de sair em lugares abertos?

— De madrugada. — Kara confessou e Lena suspirou.

— Confia em mim, ninguém vai te descobrir. — Lena pediu e Kara mordeu seu lábio inferior, tendo a voz de sua mãe se repetindo em sua cabeça para não confiar em ninguém, que ela dizia isso para defendê-la, porém Lena sempre a tratara bem, não via razão para não confiar.

— Quero meu strip-tease hoje. — Kara disse para descontrair e Lena riu.

Terá, sua safada. — Lena disse em um sussurro.

— Eu não. Ele. — Kara disse, apontando para o meio de suas pernas.

— Vem. — Lena disse, seguindo as outras que já estavam no campo aberto. A maior sentiu os dedos de Kara se entrelaçarem nos seus e ela soube que aquela era uma forma de Kara se sentir mais segura.

— E se ficarmos aqui nos agarrando enquanto elas vão? — Kara sugeriu. — O mato aqui é bem mais alto do que ali, elas nem veriam.

— Proposta tentadora, mas faz parte do meu trabalho.

— Era parte dele quando vocês achavam que o vírus do ar impedia o cromossomo Y de ficar vivo. Hello! Olha só... — Kara disse, retirando o pinto para fora e fazendo Lena a olhar chocada.

— Alguém pode ver, esconda isso! — Exigiu.

— Viu? O ar não mata ele, pelo contrário, ele está desfrutando do ventinho. — Kara disse, fechando os olhos e sorrindo.

— Kara Zor-el, se alguém mais ver seu pênis eu vou fazer questão de arrancá-lo!

Viu só, amigão? Possessiva. — Kara disse olhando seu pênis murcho enquanto ela o balançava. — Ele está tão caidinha por mim. — Kara disse com a voz mais fina, como se tivesse sido o pênis a reproduzir aquela fala.

— Eu falo pelo seu bem, mas se leva tudo na brincadeira o tempo inteiro, fique sozinha com esse pênis caído então! Tenho mais o que fazer. — Lena disse irritada e Kara arregalou os olhos, guardando seu pênis rapidamente.

— Não, desculpe! — Kara disse rapidamente, segurando seu braço.

— Você toca seu pênis suado e vem pôr a mão em mim?

— Você já pôs a boca e sabe que ele é limpinho, mas desculpe. — Kara disse, removendo a mão do braço de Lena de forma envergonhada.

— Não pode levar tudo na brincadeira sempre, Kara. — Lena disse e Kara assentiu suspirando.

— Eu sei, desculpe. Só queria que entendesse que não faz sentido perder tempo queimando os corpos, Lena. Esse tempo você poderia tentar achar o que tanto quer.

— Eu sei. — Lena confessou desanimada. — Só não posso dizer a elas que já achei o bendito cromossomo Y e por isso tenho que continuar com isso.

— Está bem. — Kara disse, entrando em campo aberto de dia pela primeira vez na vida dela. Lena a olhou surpresa, percebera o medo nos olhos de Kara, mas por ela a maior o enfrentou. — Você vem ou não? — Lena sorriu e assentiu.

— Quem chegar por último nelas fica uma semana com a faxina! — Lena disse assim que alcançou Kara, disparando de correr e ouvindo a risada estrondosa da loira no fundo a seguindo.

O Último PênisWhere stories live. Discover now