O Amor É Uma Maldição - SATORU GOJO

Capítulo 25

-S/n-

Ele disse isso mesmo, ou é delírio meu? Ele disse "Eu te amo"? EU TE AMO? Eu ouvi certo?
Bem, ele não disse em um tom alto, foi um sussurro na verdade. Mas um sussurro quer dizer alguma coisa, não quer!? Eu estou ouvindo coisas?

...............🤍

Aproximadamente 7:00 da manhã.

Eu havia sonhado com aquele "eu te amo" a noite inteira. Eu me revirava de um lado pro outro, no fim eu sempre acabava me pegando a observar sua figura, que era movida apenas pela respiração lenta e profunda de seu sono profundo. Aquilo estava me matando.

Aquele sussurro me fez repensar se a possibilidade de um relacionamento seria minimamente possível.
Eu pensei, pensei e pensei de novo, e de novo. Mas esses pensamentos só me fizeram voltar pro mesmo lugar. Será que um dia vai ter um jeito de isso acontecer?...

......🤍......

Fui acordada com pequenas cócegas molhadas e suaves em minha bochecha. Abri meus olhos lentamente para que eles se acostumassem com a claridade suave, pude ver a silhueta dele ser iluminada pela luz solar que passava pela cortina da janela.

- Bom dia, bela adormecida.

- Hum... Boa dia... - Eu disse com uma voz sonolenta e rouca, esfregando meus olhos lacrimejantes.

- Trouxe seu café. - Ele disse com a voz fina, de forma sorridente, ele pôs a Bandeja em meu colo. - Dormiu bem?

- Dormi sim. - Eu me apoiei na cabeceira da cama. - Eu vou ficar mal acostumada desse jeito.

- Você passou por uma enorme turbulência de sentimentos desde quando colocou os pés aqui. Eu quis fazer um agrado.

- Você é muito gentil. - Admito que olhei pra ele com um sorriso bobo.

- Eu sei. - Ele sorriu de forma convencida. Me dando um selinho. - Não vou deixar você sair daqui nem tão cedo. Você sabe. - Ele disse, ainda perto da minha boca, me dando outro selinho.

- Eu queria ficar por mais tempo, só que meu chefe deixou claro que, assim que meu trabalho por aqui acabasse, eu teria que voltar imediatamente. E meu trabalho por aqui já acabou, Gojo. Eu só vou...

- Shhi... - Ele pressiona o indicador em meus lábios. - Você vai ter tempo o suficiente pra pensar no que fazer. - Ele me cortou. - E aquele cara não pode ter essa autoridade toda em cima de você, ele não sabe de nada. - Ele me conforta.

Eu parei pra pensar o quão importante era minha presença naquele lugar. Não só por conta do trabalho, mas também pelos amigos que aqui estão. Eu sou uma idiota. Como eu pude dar mais importância para as palavras daquele cara, do que pra minha própria felicidade? 

- Eu vou ver se consigo ficar pelo menos mais uma semana e meia. - Eu peguei uma garfada da panqueca.

- Qualé... Uma mísera semaninha e alguns poucos dias não vão servir. - Ele fez um biquinho de criança chorona. - Por mim, vai.