Capítulo Onze

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Ele sempre volta...

- que dor de cabeça de merda! _ resmungo desistindo de colocar a última peça de roupa na mala

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- que dor de cabeça de merda! _ resmungo desistindo de colocar a última peça de roupa na mala. Sento na cama com a mão na cabeça.

- eu te trouxe um remédio _ olho para a porta onde John vem entrando.

- obrigada _ pego o copo d'água e pego o remédio de sua mão.

- que bom que estão juntos. Vamos _ minha mãe chega na porta nos chamando carregando sua mala junto de meu pai.

Não achei que esses 4 dias seriam tão icônicos. Não diria que conheci muito John, afinal ele não me disse nada sobre ele.

Assim que chegamos na entrada do motel paramos para meu pai pagar todas nossas despesas durante esses 4 dias que ficamos hospedados, ele pagou de todos nós.

" - nesta madrugada o dono da boate mais famosa da cidade é assassinado. Não sabem exatamente qual o motivo de tê-lo matado, mas algumas pessoas dizem ser por alguma dívida."

- foi a boate que fomos? _ sussurro para John não querendo que meus pais ouçam.

- infelizmente.

A foto do cara aparece na tela. Eu o conheço?.
Entramos no carro e John dá a partida.

- sinto que conheço aquele homem _ comento com John que dirigi com atenção.

- ele te agarrou naquela boate.

- o que!? E você deixou?

- no começo eu não tinha visto. _ claro, estava conversando com aquela garota.

Por um momento achei que aquela garota que John estava conversando era sua namorada.

- por que está tão sério?

- impressão sua.

Por que John está tão sério? Fiz alguma coisa?

Espera...

- ah, a gente se beijou. _ o olho sorrindo.

- não sei do que está falando. _ uma mão está no volante e a outra está encostada na janela do carro.

- me disse que não tinha namorada antes de me beijar.

- aquele beijo foi um erro. _ me olha logo voltando a olhar para a estrada novamente.

- um erro que você erraria de novo, não é mesmo.

- não. _ respira fundo_ Seu pai vai me matar se souber.

- fica tranquilo, eu não vou contar. Será um segredo nosso.

- assim que chegarmos eu vou me demitir.

- você está novamente com esse assunto? Sei que é algo pessoal, mas por que?.

- minha mãe, ela não quer que eu trabalhe para sua família. Por causa do que aconteceu com meu tio.

- mas o que tem haver? Eu não sou igual minha mãe.

- foi o que eu tentei dizer a ela _ me olha.

Aqueles olhos.

- por que mudou o caminho? Você vai me sequestrar? Eu devia gritar por socorro?.

- o que? Não, eu não vou te sequestrar garota. Eu apenas vou passar na minha casa para deixar as minhas malas, assim que eu fizer isso iremos para sua casa e aí vou me demitir.

Se demitir, só por cima do meu cadáver.

Paramos em frente uma casa simples, porém bem bonita, em sua volta havia várias flores. O lugar realmente parecia bem cuidado.

- fica aqui, e não saia. _ fala assim que pega as malas no porta malas.

Por que ele está me dando ordens? Eu que deveria dá ordens a ele.

- volta aqui, John. Eu não vou te deixar ir.

- o que está fazendo? Volta para o carro. _ tenta me levar de volta.

- eu não quero_ tento me soltar de sua tentativa de me levar de volta ao carro.

- hey! Vocês dois! _ olhamos ao mesmo tempo para a porta onde uma mulher de cabelos um pouco grisalhos nos olhava.

- mãe, eu vim deixar minhas malas. _ John me solta e vai de encontro a sua mãe. O sigo. _ mãe, essa é a Elisa, a garota que eu estou de segurança.

Ela me dá um mau sorriso e entra em sua casa.

Ela não gostou de mim? Qual o problema? Será que sou muito parecida com minha mãe?.

John entre na casa e sem esperar que o mesmo deixe eu entrar eu adentro.

- me escuta pelo menos uma vez e fica aqui. _ me olha e segue a mãe até a cozinha.

Fico observando o ambiente. É uma sala bem pequena, porém bem organizada. Este lugar me parece bem tranquilo.

Sigo até um corredor onde daria até a cozinha e ouço um pouca a conversa dos dois.

- mãe, eu juro que irei pedir demissão. Assim que chegarmos.

- me parece que vai acabar como o seu tio. Essa família é perigosa meu filho. Eu perdi um filho, eu não quero ter que perder outro.

- eu não vou morrer, mãe.

Perdeu um filho? John tinha um irmão?.

Ando até uma mesa onde havia uma planta em um vaso e um quadro com três pessoas. John, a mãe dele e o irmão. Observo com atenção a foto.

A família parecia bem contente na foto. Uma pequena lembrança do passado me vem na cabeça.

"Eu consigo ver um garoto com os braços amarrados em torno da cadeira, seus olhos transmitem horror, ele estava assustado, ficou ainda mais quando Miguel tirou da cintura uma arma e mirou em direção ao garoto."

Meus olhos começaram a arder, provavelmente por causa das lágrimas que iriam vir sem minha permissão. Ponho a foto de volta na mesa e me  seguro nas paredes, meu coração começa a acelerar e rapidamente começo a ficar com falta de ar.

- Elisa? _ ouso a voz de John distante. _ o que foi? _ antes de dizer alguma coisa eu acabo desmaiando em seus braços e não ouvindo mais nada.

Um trauma sempre volta pra te infernizar, mesmo você fazendo de tudo para deixá-lo para trás, mas na verdade você não o coloca para trás de si, você apenas o coloca do seu lado.

De tantas pessoas no mundo, Miguel escolheu justo o irmão de John para matar naquele dia.

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