Capítulo Trinta e Dois

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A mentira...

Abro o portão de casa, meus pais estavam parados do lado de fora, meu pai estava no celular e minha mãe estava de um lado para o outro

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Abro o portão de casa, meus pais estavam parados do lado de fora, meu pai estava no celular e minha mãe estava de um lado para o outro. Caminho lentamente e eles finalmente me vêem, minha mãe vem em minha direção correndo. Eu a abraço e choro.

Me sinto caindo no chão, minhas pernas me abandonaram nesse momento.

- meu Deus, Elisa. o que aconteceu com você? _ minha mãe me pergunta.

Olho pro meu pai que me olha com o celular no ouvido.

- J-John... _ com muita dificuldade digo, eu não queria, meu corpo não queria colocar a culpa nele.

- John? _ meu pai repete o que eu havia dito.

Ele e minha mãe se olham. Ela olha pra minhas coxas e o olha novamente.

- ele abusou dela _ minha mãe diz e põe a mão na boca.

- desgraçado.

Ouso o som de algo longe e apago completamente. Eu tinha feito uma coisa que não tinha volta, talvez John nunca me perdoasse por isso.

Um trauma, ter visto Maria sendo morta não me fez bem. Quando cheguei do hospital não quis comer nada, apenas fiquei trancada no meu quarto durante algumas semanas. Um mês depois fui ao tribunal, e foi bem difícil olhar nos olhos de John e mentir ao mesmo tempo.

Os exames que fizeram em mim foi confirmado que ele tocou em mim, Miguel havia feito o que ele sempre quis. John foi para a cadeia e vai ficar lá durante 6 anos.

Não demorou muito para que todo mundo desconfiasse do por que eu não aparecia mais com meus pais. Mas não souberam de nada, meu pai tratou de deixar tudo bem escondido, para que ninguém soubesse do ocorrido.

Miguel se aproximou da minha família dizendo que era um amigo meu e queria me ver, não demorou para que ele já estivesse quase morando em minha casa. Nos primeiros dias em que vi Miguel eu tentei o afastar de todas as formas, quando ele se aproximava de mim eu o afastava e colocava as mãos no ouvido quando ele tentava falar comigo.

Sempre que eu via ele eu me lembrava da forma horrível como foi morta Maria, minha babá, que nesses momentos difíceis estaria me abraçando e dizendo que a culpa não era minha sendo que era. Eu tinha culpa, se não tivesse desafiado Miguel isso nunca teria acontecido.

Dois meses depois acharam o corpo de Maria em uma floresta longe da cidade, meus pais me deram a notícia, e foi tão horrível fingir que não sabia na frente deles.

Mas Miguel aparecia no meu quarto e me abraçava dizendo que iria ficar tudo bem, e eu apenas aceitava seu abraço, por mais que eu o odiasse muito eu precisava de algum colo, meu corpo precisa de carinho, já que a única pessoa que me dava não irá dá mais.

Quando voltei a ir no primeiro evento com meus pais passei mal e desmaiei nos braços de Miguel, ele passou a ir comigo dali por diante em todos os eventos, desmaiei na frente de todos. E claro que passou na televisão, algumas pessoas diziam que eu estava grávida, outras diziam que eu estava doente. Na verdade eu nem sabia o que eu estava sentindo.

Meu erro talvez foi me aproximar de alguém que não devia, ou talvez amar alguém que no momento não queria ser amado, e eu insistir tanto que ele acabou ficando obssecado por esse meu amor. Mas acho que meu maior erro foi Miguel, conhecer Miguel foi meu erro...

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